The Only Exception

I blew things out of proportion, now you're blue

Capítulo curtinho e meio conturbado rs. Masssss, como não sou maldosa, resolvi o problema logo... Foi só pra dar uma emoção, eu juro.

Próximo capítulo começamos Tóquio! Vou tentar trazê-lo o mais rápido possível, aproveitando que tenho uma "semana do saco cheio" logo mais na faculdade KKKKKK

Como sempre, sintam-se livres para deixarem sugestões nos comentários! Espero que vcs gostem, beijooo

música: Afterglow - Taylor Swift

obs: Um agradecimento especial à @Leitorarecatada, que sempre está aqui apoiando os capítulos e comentando, e confesso que isso me ajudou a querer atualizar mais rápido rs. Obrigada! <3

Rosamaria POV:

Os dias seguintes da consulta com Fernandinho seguiram agoniantes. Meu pé já não doía tanto, mas meu ego?...

Posso dizer que não foi a melhor experiência do mundo ter que fazer treinos adaptados por causa da dor. Claro que eu entendia que isso era para o meu bem, mas a sensação de insuficiência estava me matando. Me sentia como a pior jogadora de todos os tempos, e não podia deixar de notar os olhares de Zé Roberto para mim em vários momentos. Confesso que ficar assim sob observação de todos estava me estressando. E muito.

Num geral, as meninas do time vinham sendo super compreensivas, mas eu sentia que todas me encaravam com pena. Carol, então? Nem se fala. Ela estava tentando me ajudar, e eu era muito grata por isso, mas ao mesmo tempo me sentia sufocada por todo aquele cuidado excessivo junto.

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"Boa bola, Rosa!" Fernandinho exclamou, após eu atacar uma bola em cima de um quadrado de madeira enorme.

Fernando vinha me polpando desde o episódio da crise de dor, mas isso já enchia o saco. Basicamente, ninguém me deixava fazer nada. Era só treino para me preservar... nada de saltos ou qualquer coisa que forçaria meu pé um pouco mais... ou seja: nada de treino normal.

Mesmo que eu tentasse convencer a comissão técnica, Fernandinho ou até o próprio Zé Roberto de que eu estava bem, todos continuavam me poupando.

Suspirei após ouvir o elogio do meu fisioterapeuta.

"Fê, isso nem foi ataque de verdade. Eu tô parada"

Ele me olhou e não disse nada, enquanto lançava mais uma bola para que eu atacasse.

"Por favor, Fê. Me deixa fazer algo." Implorei, depois do ataque "Estamos nessa há três dias"

Estávamos sozinhos na quadra. Ele tinha invertido alguns dos meus horários para que pudesse me treinar sozinho, ou apenas com a companhia de alguém da CT para supervisionar.

"Exatamente. Estamos nessa há só três dias..." Ele me encarou "Semana que vem vamos pra Tóquio, Rosamaria, não tem por que te forçar agora" Ele disse, sério, mas ainda carinhoso.

Bufei em frustração. Eu sabia que ele estava certo, e odiava isso.

Mesmo odiando cada segundo daquele treino, continuei, e, no final, enquanto eu descia do quadrado de madeira, Fernando passou por baixo da rede e veio até o meu lado, colocando uma mão em meu ombro.

"Não fica brava comigo, isso tudo é pelo seu bem, Rosa. Não quero mais você tendo aquelas crises horríveis de dor"

"Eu sei, Fê... Mas não significa que eu tenho que gostar desse treino."

Ele soltou uma risadinha nasalada, balançando a cabeça. "E eu também sei disso."

Eu queria responder, mas estava cansada demais pra discutir mais uma vez. Só assenti, pegando minha garrafinha de água e tomando um gole longo.