Just to prove to each other that we'd do what we said

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Elas estão apaixonadas, galera! Por enquanto, continuamos na vibe super fofa e melosa, bem apaixonadinha. 

Tô pensando em trazer atualizações semanais, o que acham? Tipo, uma ou duas vezes na semana. Enfim, como sempre, qualquer sugestão é bem-vinda nos comentários. Espero que gostem :)

música: Baby Came Home 2 /Valentines - The Neighbourhood

Caroline POV:

Acordei cedo nessa manhã, e me senti bem relaxada, apesar de todo o cansaço trazido pelo torneio. Rapidamente, tive lembranças de tudo o que aconteceu no dia anterior, vendo Rosamaria aconchegada em mim, dormindo tranquilamente. 

Ultimamente, Rosa estava muito insegura sobre tudo. Sobre ela mesma, sobre seus sentimentos, pensamentos e até mesmo sobre seu voleibol. Eu tentava a passar um pouco mais de confiança, afinal, ela precisa reconhecer a mulher incrível que é. 

Ri sozinha vendo que a mulher ao meu lado ainda dormia profundamente, mesmo com o meu despertador que, para mim, não passava despercebido. Ainda bem que alguém nesse quarto consegue acordar! Imagina se perdemos o horário de ir para o aeroporto? 

Não demorou muito para uma lembrança ansiosa voltar para minha cabeça: Hoje era o dia das convocações. Com o cenho franzido de preocupação, peguei meu celular, que estava na mesa ao lado da cama, para procurar aquela maldita lista. Eu não estava tão calma quanto tentei parecer para Rosa, já que eu também estava disputando uma vaga para essa Olimpíada. Se eu desse sorte, entraria nesse time, para, pela primeira vez, poder disputar os Jogos Olímpicos. 

Respirando fundo, achei o que queria. Procurei pela parte de centrais da lista. Ana Beatriz, Ana Carolina, Caroline Gattaz. Soltei um suspiro de felicidade, um suspiro de alívio, e, claro, não consegui segurar algumas lágrimas de emoção. Eu estava convocada para minha primeira Olimpíada! 

Muitas lágrimas depois, finalmente enxuguei minhas bochechas e decidi olhar o resto da lista. Não posso mentir que não estava nervosa por Rosa, afinal, ela poderia disputar vaga com a Sheilla. Mesmo esta estar sendo utilizada como ponteira, todos sabíamos que ela era uma brilhante oposta, e poderia muito bem ser levada nessa posição para Tóquio. Procurei pela parte de opostas da lista. Tandara, óbvio. Rosamaria. Dei um sorriso sincero. Eu sabia que a Rosa conseguiria! Nem acredito que vamos viver nossa primeira Olimpíada juntas. 

Enquanto Rosa ainda dormia ao meu lado, decidi mandar mensagem para os meus pais, Josy e parabenizando outras meninas com quem eu tinha mais amizade. Estava muito feliz por Ana Cristina em particular. Conheço ela desde pequena, e é uma alegria ver uma menina tão novinha chegar tão longe. Bati o olho no relógio e vi que eram 6:20 da manhã. Nosso voo era só às 11:30, então ainda tínhamos bastante tempo. 

Passei mais um tempo mexendo no celular, até ficar entediada. Já eram 7:15. Olhei para o lado e sorri com a visão de Rosamaria dormindo com feição tranquila, aconchegada em mim. Levei uma de minhas mãos até sua bochecha e a acariciei delicadamente. Dei um beijo em sua testa e levei meus dedos até seu cabelo, também o acariciando. Depois de um tempinho, apenas repousei minha mão em sua nuca, fazendo carinho com o polegar. Uns minutos depois disso, o rosto de Rosa demonstrou que ela estava acordando. Apenas continuei ali, a observando. 

Lentamente abrindo seus olhos, Rosa acorda e me encara, levando uma de suas mãos até o meu braço, que estava segurando ela. "Bom dia para a mais nova oposta das Olimpíadas de Tóquio" Eu cumprimentei, com um sorriso sincero. 

Rosa piscou algumas vezes, claramente tentando processar o que eu tinha acabado de dizer. Seu olhar, ainda meio perdido pelo sono, lentamente se iluminou de surpresa. "O quê? Como assim?" Sua voz saiu rouca e confusa, mas seus olhos já brilhavam com uma mistura de expectativa e medo.

The Only ExceptionWhere stories live. Discover now