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Quando estou prestes a chegar a casa sinto alguém a agarrar-me e puxar-me para um canto. Não consegui bem ver quem era, taparam-me logo os olhos. Apenas sei que um deles tinha o cabelo castanho e outro tinha o cabelo preto. Um deles agarrou as minhas mãos atrás e o outro estava a pontapear-me. Tentei gritar por socorro, mas logo um deles me tapou a boca. Apressei-me a morder-lhe o dedo, o que foi má ideia. Eles levantaram-me a começaram a dar-me com uma ripa na barriga e nas pernas. Depois disso, apenas me lembro de ver tudo preto.

"Madisson?" - Ouvi uma voz doce chamar pelo meu nome, o que me fez abrir os olhos.

"Luke? Onde é que eu estou? O que se passa?" - Disse tentando levantar-me, mas estava sem forças.

"Eu encontrei-te à 3 dias inconsciente na parte de trás do teu quintal. Trouxe-te para aqui e só agora acordas-te." - Ele deu-me a mão -  "O que aconteceu?".

"Não foi nada de especial. Apenas escorreguei pelas escadas e fui caindo de degrau em degrau até parar no quintal." - Madisson, essa desculpa foi tão esfarrapada.

"Mad, eu fui buscar-te e trouxe-te para o hospital. Acho que mereço saber." - Ele olhou para mim nos olhos. Os olhos dele têm um efeito muito estranho em mim, nunca senti isto antes.

"Eu... voltaram a bater-me. Mas desta vez não tinha lá ninguém que me pudesse defender." - Baixei a cabeça.

"Isto não pode continuar assim, tens que contar à tua mãe." - Ele acariciou o meu rosto e apressei-me a retirar a mão dele.

"Já disse que a vida é minha. Eu não quero contar e pronto. E agora deixem-me sair daqui." - Coloquei-me de pé.

"Bom... os médicos disseram que não tens nenhum ferimento, mas tens que descansar." - Ele segurou-me.

"Eu descanso em casa. Já agora, eu sei andar ok?" - Dito isto comecei a andar.

"Eu levo-te de carro." - Ele vinha atrás de mim.

"Eu posso ir a pé, deixa-me já disse." - Revirei os olhos.

O hospital era perto de minha casa. Eu pus-me a caminho e cheguei lá uns minutos depois. É possível que tenha demorado um pouco mais do que eu pensava, afinal eu estou dorida. Entrei em casa e subi as escadas de uma maneira inacreditavelmente lenta. Depois deste esforço todo apenas tranquei o quarto e deitei-me na cama. E a minha mãe? O que lhe vou dizer? O mesmo que disse ao Luke. A minha mãe acredita em tudo, não quer saber se é verdade ou não. Estava a vaguear nos pensamentos quando sou interrompida pelo vibrar do telemóvel.

Luke aka Stalker

Chegas-te bem a casa princesa?

Eu

Cheguei, mas era escusado o "princesa".

Luke aka Stalker

Ai sim? Porque?

Eu

Muito gay. Além disso não gosto de princesas.

Luke aka Stalker

Tu podes ser tipo a Pocahontas. 

Eu

Se for ela pode ser, é a única que gosto.

Rapidamente pousei o telemóvel na mesinha de cabeceira. Entrei no meu Virtual e falei com as minhas amigas Virtuais. Contei-lhes porque sinto que são as únicas amigas que tenho, únicas pessoas que posso confiar. Além disso 3 dias sem vir aqui, devo uma explicação. Saí do meu Virtual e fui ao meu facebook pessoal. Não devo ir lá há 1 mês, raramente vou lá porque prefiro 1000x o Virtual, mas apenas vou lá às vezes. Coloquei o email e a pass, entrando assim no facebook. 

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Espero que tenham gostado. Espero que estejam prontas para o próximo capítulo, algo mau vai acontecer. O que acham que vai acontecer? Vou tentar colocar o capítulo amanhã. 

Votem e comentem o que estão a achar ou dêem sugestões, dá muito apoio e motivação.

Se ainda não adicionaram à vossa biblioteca, adicionem.

Até ao próximo capítulo.

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