Mascara

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Ordem sabia que tinha que se despachar, mas já não caminhava a tanto tempo que havia-se esquecido como isso que fazia. Naquele momento sentia-se como um bebé a aprender a andar. A diferença e que ele não tinha uma mão em quem se segurar. Então ele teve uma ideia. Percy estava sozinho passeando-se pelo planeta Chaos. Ordem diminuíu a sua aura, estalou os dedos e as suas roupas foram transformadas em trapos. Lançou um último olhar ao seu espelho vidente e teletransportou-se para a esquina da qual Percy se aproximava. Ordem tornou os seus olhos obsidiana em branco turvo. Ele nao conseguia ver nada. Entao ouviu os passos de Percy que estava a sua frente. Ordem tornou a sua voz rouca e fraca e disse:
"Senhor, por favor uma esmolinha!"

***

Percy estava mergulhado em pensamentos enquanto dava um passeio antes de se reunir com todos os seus aliados na Terra. Estava a passar por uma esquina quando ouviu uma voz profunda mas fraca e rouca e tambem parecia sábia:
"Senhor! Por favor uma esmolinha!"
Percy enpancou de choque. Cronos logo partilhou com ele a sua incridibilidade:
"Um pedinte no planeta Chaos? Já a milenios que eles são logo recolhidos por alguém!"
"Então este deve ter acabado de chegar! E calhou-nos a nós recolhe-lo!"
Percy aproximou-se do pobre coitado e reparou que ele alem de cego ainda tinha as pernas fracas, bambas... como se já nao as usa-se a anos! Percy disse:
"Meu caro senhor! Porque não me acompanha e não me faz companhia durante o lanche? Esta quase na hora! Venha! Acompanhe-me! Eu posso guia-lo!"
"Muito agradecido jovem senhor, mas as pernas durante muitos anos estiveram acorrentadas e já não sei como caminhar... estou cansado de usar as mãos e os braços para me mover. Desde que saí de Fakra estou sempre em movimento... Lamento o senhor nao deve querer ouvir..."
"Di imortalles!! Venha! Eu ajudo-o!"
"Muito obrigada senhor Perseu vos sóis muito bondoso!"
Percy pegou no braço do homem e colocou-o nos seus ombros. O homem apesar de ter as pernas magricelas tinha uns braços de ferreiro. E era bem pesado, mas percy mesmo assim pegou nele em estilo noiva, apesar dos resmungos do homem e dos pedidos que nao fizesse esforços tão grandes. Mas Percy a cabeça de alga que é lembrou-se só pela doce ironia que tinha asas. Então apos as criticas e sermões de Cronos ele levantou voo dando um pequeno salto como impulso e dirigiu-se até a janela do maior quarto de hospedes e entrou lá dentro. Percy entrou na casa de banho e sentou o homem num pequeno sofá feito para aquelas ocasiões e disse:
"Eu venho já não se preocupe sim?"
O homem aniu e Percy dirigiu-se a porta e falou ao guarda mais proximo:
"Preciso que me chame a Cassandra urgentemente e que não deixe entrar ninguem a não ser ela!"
"Sim milord!"
Um guarda colocou-se de um lado da porta enquanto que o outro saíu a correr. Percy entrou dentro do quarto ouvindo Cronos:
"Vais mesmo tentar?"
"Sim! O homem merece uma oportunidade!"
"Vai em frente! Mas tem cuidado!"
"Sim, papai!!"
Cronos deu uma leve gargalhada e nao respondeu mais. Percy entrou na casa de banho e viu o homem sentado na mesma posição que ele o havia deixado.
Percy ajudou-o despir-se e colocou-o na banheira. Quando ia abrir a boca para falar ouviu alguem a tropar a porta e uma voz feminina:
"Chamou Milord?"
Ele saiu da casa de banho e disse:
"Cassandra! Por favor preciso que faças esta cama primeiro de tudo, e depois que enchas este guarda fatos com camisas e calças de algodão!"
"Claro milord!"
"Ah e Cassandra?"
"Sim senhor?"
"Tras um pijama do meu tamanho por favor! Fazes isso sim?"
"Sim milord!"
"Obrigada! Estas livre!"
A jovem empregada fez uma vénia e saíu do quarto a correr.
Percy entrou dentro da casa de banho de novo e ligou a torneira deixando a quente agua encher a banheira. Percy disse ao homem:
"O champoo e o gel de banho estão mesmo atras de si. Se precisar de algo é só chamar sim? Eu estarei a cinco passos de distância!"
"Obrigado milord! Por tudo!"
Percy inclinou a cabeça e saíu da casa de banho.
Ordem olhou sem ver para a porta fechada e disse para si mesmo:
"O teu coração é de ouro Percy. Um raro coração dourado que espalha a bondade pelos corações de todos até os de pedra!"
Ele tomou o seu banho e deixou-se estar deitado na banheira desfrutando da agua quente e da posição deitada afinal ser amaldiçoado não é facil!
Meia hora depois Ordem chamou:
"Milord?"
Tal como prometido Percy estava lá:
"Sim?"
"Será que me podia ajudar a sair por favor? Eu nao consigo sozinho!"
Percy entrou na casa de banho com um roupão e uns boxers muito bem dobrados juntamente com uma toalha bem grande. Mas o que mais iria mimar Ordem eram as grandes e grossas meias mesmo em cima do montinho. Percy olhou para elas e disse:
"Tenho uma reliquia comigo! Umas meias grossas de lã!"
Um grande sorriso aparceu no rosto dos dois. Percy estendeu toalha no sofá e pegou no homem sem se importar de ficar molhado.
Sentou-o no sofá e este começou a limpar-se sem envergonhar-se com a presença do herói.
Percy vestiu-lhe o roupão, os boxers e por fim as quentes meias que o homem sempre sonhou ter... Então Ordem descubriu que nao vale a pena ser poderoso ou imortal sem ter algo bom para se viver, nem que isso seja um par de meias quentes, uma cama, uma montanha de almofadas e uma chavena de chá ou chocolate quente nas mãos. Ordem assim que ficou pronto olhou na direção de Percy. Ele sentia a gratidão a sair dele. Percy então fez algo que o confundiu. Ele pegou nos braços de Ordem e colocando todo o peso do homem em cima de si ele fez com que os seus fios fossem emporrando os pés do homem guiando-os atraves do seu trajecto natural.
Ordem sentiu lágrimas a descerem-lhe pela face enquanto entendia que o seu campeão tentava ensina-lo a andar. O seu campeão era o seu braço de apoio. O seu campeão era a sua familia. Devagar Percy ajudou o homem a sentar-se e depois a deitar-se na cama. O rapaz cobriu-o e nesse momento entrou Cassandra com um tabuleiro cheio de comida. Percy pegou nele sorriu e a empregada saiu com uma pequena venia. O herói pousou o tabuleiro na cama e estalou os dedos acendendo a lareira num fogo pequeno mas que rapidamente espalhou um calor aconchegante pelo quarto. Ordem pegou numa caneca fumegante e perguntou:
"O que é isto?"
Percy sorriu e disse:
"O nectar dos seres humanos! Chama-se chocolate quente!"
Origem gargalhou suavemente apreciando cada segundo passado com Percy.
Os dois riam-se brincavam com a comida e atiravam-na um ao outro na medida dos possíveis. Após as belas tres horas Percy cobriu o homem de novo e disse:
"Eu tenho uma reunião agora! O senhor descance! Bem precisa de uma boa noite de sono! Durma bem!"
"Boa noite milord! O seu coração é de ouro mais puro! A sua familia e amigos devem ter muito orgulho de vós! Afinal tudo fica perdido quando nós assim o desejamos!"
Após estas sábias palavras o homem enroscou-se na cama e adormeceu instantaneamente.
Percy ali ficou sem saber como reagir à fala do misterioso homem.

***

Assim que saiu do quarto Percy disse aos guardas:
"Tratem dele! Se ele necessitar de algo ajudem. Ele é incapaz de caminhar por agora e vai precisar de vos! Não me desiludão! Assim que voltar precisarei de tempo para cura-lo, mas agora tenho uma reunião! Digam a Cassandra para ela preparar a sala de treinos nos meus aposentos."
"Sim senhor!"
Percy deu meia volta e entrou num portal que acabará de criar e que o levaria direito à sala dos tronos do Olimpo onde todos já estavam. Percy convocou um trono sentou-se e disse assim que teve a atenção de todos:
"A profecia falava da reerguida. Quando os amigos mortos chegaram tambem falaram da reerguida. Bem minha gente! Bem vindos a Camelot! Porque a partir de agora temos a original Excalibur do nosso lado! A Excalibur Primer Alfa: a reerguida!"
Com estas palavras Percy juntou as suas duas espadas mostrando a magnifica lamina estrelar.
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Cá esta! Lamento a demora, mas fui acampar para longe da civilização e não tive hipotese de me ligar à net! Mas cá está!
Adoro-vos semideuses do meu coração!!!!

Percy Jackson o hospedeiro de Cronos: A reerguidaWhere stories live. Discover now