Capítulo 1

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"Chamo-me Analu e moro no condado de Kerry na Irlanda, tenho 20 anos e estou no terceiro semestre da faculdade de jornalismo. Vivo na casa dos meus pais mesmo odiando isso. Não vejo a hora de eu ter minha própria casa e me torna totalmente independente, eu amo romances, mas o amor para mim é algo idiota, pensando bem, acho que não nasci pra amar.
Ok! esse é meu blog e eu estou apenas me apresentando, mesmo me formando em jornalismo, também quero ser escritora e nesse blog vou postar algumas de minhas poesias."

_ Analu se aprese e vem tomar café_ e lá vamos nós com mais um dia... Normal.

_ já estou indo mãe, vou só desligar o computador e já desço_ desliguei o computador e peguei minha blusa que estava em cima da cama, desci às escadas já imaginado em como séria à "reunião" familiar de hoje.
Minha mãe Sarah é uma dona de casa de 50 anos e meu pai Bernardo um aposentado de 55 anos. Sou a mais velha de duas filhas, minha irmã Sofia tem treze anos e ela ama coisas românticas, vive falando na minha cabeça para eu arranjar um namorado... Odeio esse lado dela, entretanto não é totalmente irritante, às vezes ela é legal e quando eu preciso sempre me ajuda.

Sente-se a mesa junto com meu pai, minha mãe e Sofia e é nesse exato momento que começa meu sofrimento.

_ Ana ouvi que você tem saído muito com o Breno ultimamente, sabe eu conheço ele desde pequeno e é um garoto adorável! Vocês estão namorando?_ como sempre minha mãe Sarah é a primeira a começar a discussão.

_ Não mãe, Eu não estou namorando o Breno_ ahhh como eu odeio isso.

_ Lhe deixe meu bem, ela ainda é nova pra essas coisas e tem muito o que aproveitar ainda, apesar de que Breno é um bom garoto, ele seria um ótimo genro_ em seguida vem meu pai: O bipolar

E finalmente chegamos na mais irritante, ela a rainha do concurso de "Ana você precisa de um namorado" minha amada ou não irmã Sofia.

_ Eu também acho que ela precisa de um namorado e o Breno não séria uma má ideia, além de que ele gosta dela_ pronto, discussão total.

_ Ele não gosta de mim, quem lhe falou isso? _ ela me encarou e sorriu.

_ Ele, Ele mesmo falou isso.

_ Sério querida? Ele disse isso mesmo?_ minha mãe entusiasmada não se conteu_ Sofia fez sim com a cabeça_ ahhh! viu Ana, ele gosta de você.

Meu inferno de sempre continua, levantei-me da mesa, subi às escadas e peguei minha bolsa, queria me trancar em meu quarto, todavia era impossível, desci novamente até à porta da sala e virei-me em direção a mesa.

_ Tchau pessoal_ falei em um tom irônico_ até depois.

_ Tchau Ana e manda um beijo pro meu futuro genro...Ops, errei, pro Breno_ minha mãe otimista como sempre.

Sai de casa e logo no portão encontro Breno. Ele é meu vizinho e amigo de infância, como minha irmã havia dito, ele gosta de mim, não querendo me gabar, mas ele se confessou quando estávamos no último ano da escola, e eu lhe disse a verdade, que não estava afim de namorar e que agora o que me importava era meu futuro, nós acertamos e continuamos a ser amigos.
Ah! Também fazemos faculdade juntos, porém ele cursa biologia.

_ Oi Ana, pela sua cara acho que foi um inferno hoje também, certo? _ dei um longo suspiro.

_ Me fale um dia que eles não implicam comigo? Acho que nunca né.

Breno sorriu e começamos a andar. Reparei que hoje seu cabelo estava bagunçado, mas bagunçado de um jeito bonito, na verdade Breno era muito bonito, ele possuía olhos verdes e cabelos castanhos claros e tinha uma pele muito clara e por isso era cheio de sardinhas ( que o deixava fofo) como minha mãe comentou, ele daria um ótimo namorado, ainda assim era uma pena eu não gostar dele.

_ hoje você tem prova né? Tinha me dito antes, você estudou? _ em uma coisa ele não era bom, puxar assunto, mas ficava mais fofo tentando.

_ sim, tenho prova hoje e não estudei, por incrível que pareça fiquei a noite toda no blog e esqueci-me de estudar_ me olhou surpreso, na verdade era difícil eu dizer que não estudei para uma prova, sou uma nerd assumida.

_ você esta dizendo que Analu Mcgreey não estudou para prova?_ olhei séria e ele riu_ desculpe, mas isso é algo que não se vê todo dia.

_ ok, ok, eu não estudei para prova, será que eu posso ir tão mal assim por isso? Não esquece que sou uma das melhores alunas da turma.

_ bem se você diz, vamos lá.

Tínhamos acabado de chegar a faculdade e minha cabeça estava girando.

_ vamos nos separar por aqui... Tchau Ana e tomara que seu instinto nerd lhe ajude... Boa sorte.

_ valeu... Espero que ajude.

Breno acenou pra mim e eu retribui o gesto, fui em direção a minha sala e entrei sem olhar para qualquer alma viva que me observava passar, sentei-me na terceira mesa da segunda fileira e quando me viro em sentido a mesa de trás vejo Katherine me olhando com desespero.

_ pelo amor de Deus, fala que você estudou Ana? _ dei um leve sorriso e fiz um gesto de não com a cabeça_ como assim você não estudou pra prova Analu? _ sem me deixar responder, ela continuou_ acabei de ficar sabendo pelo próprio Sr. Willian que essa prova vale 65% da nota do semestre, significando que se você for mal, não ira ficar com uma boa nota.

_ por que você não me disse isso antes Katherine?

_ como eu disse, acabei de ficar sabendo.

Agora é pra valer, eu com certeza vou me dar mal nesse semestre.

Virei-me pra frente e esperei o Sr. Willian entregar a prova, assim que ele colocou sobre a mesa, comecei a preencher às questões que já sabia.

Quando terminei liguei para meu pai vir me buscar, pois estava exausta e ainda por cima tinha que ir trabalhar.
cheguei em casa jogando minha mochila no sofá e subindo para tomar banho, quando sai do banheiro coloquei o uniforme e penteei meus cabelos.

Olhei no relógio e era 14h30min, entrava no serviço as 15h00min e como não era longe, me restava uns 15 minutos a mais. Sentei-me na cadeira diante a escrivaninha, é onde costumo deixar meu notebook, abri-o e entrei no meu blog, decidi escrever mais uma poesia.

"Procura-se

Procuro uma pessoa com coragem para amar, que não confunda amor por atração, que queira ser amigo.

Procuro uma pessoa que não tenha medo de viver, que queira explorar novos horizontes, que sonhe e que queira viver esses sonhos.

Procura-se um ser humano diferente dos outros dessa dessa sociedade.
Que seja tão louco e corajoso quanto a pessoa que está expondo essa poesia. Por mais que essa pessoa possa não existir, eu ainda à procuro, será que um dia vou encontrar?"

Quando terminei de escrever, sai e desliguei o computador.

Isso foi ridículo.

Eu  e  o  Sobrinho  da  Rainha Where stories live. Discover now