II.

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Oi!

Segundo e penúltimo capítulo 🫶

Espero que gostem! E desculpem qualquer erro haha

——/——

— Kelvin?!

Ramiro assistiu enquanto Kelvin deixava os braços caírem do lado do corpo, deixando a calça de lado para olhar para ele com a testa franzida.

— A gente se conhece?

Ramiro abriu um sorriso pequeno, balançando a cabeca.

— Na verdade não. Mas eu conheço a sua voz.

Kelvin inclinou a cabeca para o lado, a expressão confusa ainda presente no rosto enquanto encarava o outro.

— Como assim, a gente não se conhece mas você conhece minha voz? Isso não faz nem sentido, faz?

— Eu sou o Ramiro, vizinho.

O sorriso de Ramiro só aumentou quando ele viu a maneira que Kelvin imediatamente ruborizou, uma das mãos se erguendo para esconder um lado do rosto.

— Ai meu deus do céu.

Kelvin deslizou a mão até que estivesse cobrindo a boca, a cabeca levemente inclinada para trás enquando ele olhava para Ramiro, devido à diferença de altura.

— Me desculpa, eu juro que nunca tinha parado pra pensar que dava pra você me ouvir, com as janelas tão perto daquele jeito.

— Ei ei. — Ramiro se apressou para acalmá-lo. — Eu não disse que não precisa pedir desculpas? Eu gostei de te ouvir, viu. Até senti falta esses últimos dias que você não tava cantando mais...

— Sério? — Kelvin perguntou, ainda um pouco envergonhado, mas com uma pontinha de curiosidade - e talvez orgulho, de ter alguém bem na sua frente dizendo que gostava de o ouvir cantar.

— Sério. Eu não - eu não sei muito de música, não entendo dessas coisas. Mas é gostoso ouvir você cantando.

— Poxa... Obrigado, viu.

— Que isso, é só a verdade.

O silêncio que caiu entre eles se tornou um pouco contransgedor, Kelvin se sentindo tímido e sem saber muito bem o que falar, e Ramiro ainda estava um pouco chocado de encontrar a pessoa por trás da voz que ele havia se tornado levemente obcecado.

— Me desculpa de novo por ter te derrubado, eu tava distraído e não te vi mesmo.

— Ah não, não tem problema, acontece. Você que me desculpa eu ter explodido daquele jeito, eu só - eu não tava tendo um dia bom, e acabei descontando em você, desculpa mesmo, ô Ramiro.

— Nada, que isso, a culpa foi toda minha. Eu - eu pago pra limpar, ou eu compro outra calça pra voce.

— De jeito nenhum, nem pensar! Foi um acidente, não precisa de tudo isso não. — Kelvin respondeu, abanando as mãos em negação.

— Ah, mas eu tenho que fazer alguma coisa, por favor. — Ramiro insistiu, olhando ao redor deles.

— Não precisa, Ramiro, é sério.

— Mas eu quero. — Ramiro virou para olhar para trás de si mesmo, se lembrando de onde havia passado no seu caminho para casa. — Que tal um café na padaria ali da esquina, cê conhece? Eles tem um café muito bom.

Kelvin riu, os bracos cruzados na propria barriga como se estivesse se abracando.

— Cê acredita que era lá mesmo que eu estava indo? Ia pegar um sonho, pra compensar o resto do meu dia.

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