— Estou bem.
O mais jovem confirmou mais uma vez, olhando para a mãe em específico. Rhaenyra parecia um pouco desconfiada, mas preferiu não adicionar nada.
— Bom, eu confio em você. – Ela respondeu suavemente logo depois de um tempo em silêncio, levando os dedos acima de uma das mãos do filho. — Joffrey, pare de enroscar os dragões de madeira no cabelo de seu irmão.
O filho menor citado arregalou sutilmente os olhos enquanto parou onde estava, segurando o pequeno dragão de brinquedo dentro do cabelo branco de Viserys, – este que estava sentado com as pernas juntas acima do tapete, apenas deixando o irmão mais velho fazer o que quisesse em seu cabelo.
— Poxa, seja mais cuidadoso, Vis... – Ele balançou a cabeça enquanto tirava o brinquedo do cabelo do irmão. — As vezes os brinquedos ganham vida e entram no nosso cabelo! – Cantarolou entre uma risadinha e levantou rapidamente, pronto para correr, até sentir a parte de trás do colarinho da roupa ser segurado.
— Por que você não vem comigo?
— Joff, você quer voar em Andrômeda um dia?
— Sim, sim! – Ele juntou ambas as mãos e seus olhos castanhos brilharam. — Por falar nisso, ontem eu e a mamãe voamos enquanto você estava fora! Aliás, onde você estava? Por que saiu? Eu tive que escutar horas de história romântica! – Um biquinho emburrado apareceu em seus lábios e Lucerys fez uma careta.
— Desculpa... – Riu suave, um pouco envergonhado. — Mas foi por uma boa causa. – Piscou na direção de Joffrey. — Que bom que vocês voaram juntos, ainda me lembro da primeira vez que voei com a mãe.
— Ah! Com o tio Aegon também.
Lucerys instantaneamente parou de andar e virou para o irmão menor.
— C-com quem?
— Aegon! O nosso tio desleixado, bêbado, sem noção, cafajeste...
Joffrey continuava citando os diversos adjetivos do Targaryen.
— Para ficar mais fácil de lembrar, o que tem dois olhos!
— Eu sei quem é o Aegon, Joff...
Lucerys disse em um suspiro, – ainda meio confuso. Não é como se ele estivesse completamente surpreso, no entanto, ainda era estranho. Muito estranho e agonizante saber que o irmão mais jovem estava se aproximando de Aegon.
Logo... de Aegon.
— Joff... hm... por favor, tenha cuidado com ele. – Tocou suavemente nos ombros do menor. — Eu não vou pedir para você se afastar porque... você não vai me escutar e vai ser teimoso como sempre, mas sempre tenha os dois olhos bem abertos em relação ao príncipe Aegon, tudo bem? Pode me prometer isso?
Joffrey o olhou por um instante e balançou a cabeça.
— Luke, vocês sempre vem em primeiro lugar para mim. – Ele começou com a voz suave. — Então vou ser sincero com você, eu não acho que ele seja alguém ruim... só acho que... cresceu em um ambiente repressivo, quer dizer, você se torna o que vê ao redor, ele apenas nunca teve uma chance de poder mudar as próprias atitudes. Mas claro, é apenas o que eu acho.
Lucerys ficou um tempo em silêncio mas suavizou a expressão, levando os dedos até o cabelo macio do irmão.
— Por que você tem um cérebro mais avançado que muitas pessoas por aqui?
— As crianças costumam ser mais inteligentes de qualquer maneira. – Tocou a ponta do dedo no queixo e sorriu. — Eu vou brincar no jardim, Luke, nos vemos mais tarde!
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𝐀𝐋𝐌𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐌𝐀
FantasyLucerys sabia que seu fim estava próximo quando viu as presas de Vhagar tão próximas a si, quando escutou os ossos de Arrax se destroçarem perante aos deuses da chuva, e quando tombou para o lado e escorregou de sua sela, ele fechou os olhos e uma l...
