Rhaenyra o ignorou e se aproximou do filho, segurando no rosto dele e deixando um beijo suave em sua têmpora.
— Bom dia, querido.
— Bom dia. – Lucerys respondeu suave. — O que está acontecendo?
— Nada demais...
— Eu digo!
Daemon levantou de repente, gesticulando com os dedos e indo de um lado para o outro, Lucerys cantarolou e sentou em uma das cadeiras de madeira.
A questão em si do motivo na qual Daemon estava estressado, era porque aparentemente o pequeno conselho queria realizar um torneio, igual os muitos que eram feitos no reinado do Rei Viserys. Basicamente, era um torneio para se agraciarem da volta do príncipe Lucerys.
— Eu?
— Não é um absurdo?!
Rhaenyra estalou a língua no céu da boca, – pensativa.
— Eu sei que eu deveria estar tão furiosa quanto, mas olhe bem, já passamos por muito estresse esses dias. Não seria bom dar um descanso? Visenya está agitada e eu estou cansada.
Um suspiro fugiu de seus lábios e ela sentou próxima do filho.
— Além do mais, eu adoraria exibir um pouco do meu filho. Lindo e vivo.
Levou as mãos até o cabelo do príncipe, bagunçando suavemente. Lucerys deu uma risadinha macia.
— Honestamente, parece suspeito. – O príncipe levou os dedos até o queixo e Daemon concordou freneticamente com a cabeça. — Mas... vamos ver os resultados, não parece ruim.
Daemon suspirou derrotado e sentou novamente.
— Tudo bem então.
— Você realmente está bem com isso?
Rhaenyra perguntou com um sorriso enquanto passava a mão acima da barriga.
— Se eu não estivesse, iria fazer alguma diferença?
Lucerys e a Targaryen balançaram a cabeça negativamente, Daemon apenas suspirou pela milésima vez no dia.
— Nos torneios, sempre há doces bem gostosos, isso parece muito divertido. – A princesa comentou enquanto sorria e acariciava a barriga. — Ah, e homens amostrados matando uns aos outros, é claro.
— Nem me lembre.
— Ah, para, você era o primeiro a ir com o peito estufado para o meio da arena, não seja modesto, querido.
— São situações diferentes.
— Não tente me enrolar.
A princesa cantarolou e Lucerys riu baixo.
— Mudando de assunto. Luke, eu escutei... uns barulhos ontem pela noite, logo depois que você chegou. – Daemon ajustou a postura na cadeira. — Aconteceu algo?
O de fios castanhos fixou o olhar no padrasto e logo depois na visão da janela aberta, sorriu pequeno e apertou os próprios dedos um no outro, Rhaenyra o olhou preocupada.
— O que houve, Luke?
— Não foi... nada importante. – Murmurou suavemente e encostou a cabeça na cadeira, enrolando os dedos na bainha da capa. — Confiem em mim, tudo bem?
— Se você diz, não irei tocar mais no assunto. – O príncipe mais velho balançou a cabeça sutilmente. — Mas não preocupe sua mãe.
Ele elevou o olhar até a marca roxa que Lucerys tinha no pescoço, – mesmo escondido abaixo do colarinho da roupa, Daemon tinha os olhos e a intuição muito boa para deixar passar, Lucerys no entanto, ao menos havia percebido até ele o sinalizar sutilmente.
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𝐀𝐋𝐌𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐌𝐀
FantasyLucerys sabia que seu fim estava próximo quando viu as presas de Vhagar tão próximas a si, quando escutou os ossos de Arrax se destroçarem perante aos deuses da chuva, e quando tombou para o lado e escorregou de sua sela, ele fechou os olhos e uma l...
