Lucerys sorriu agradecido.
Mas... aquela explicação ainda o deixava receoso e muito pensativo. Talvez... fosse isso, talvez fosse o resultado de tudo o que ele viu.
— Por que a pergunta, Vossa Alteza?
— Mmh... nada muito importante, é apenas curiosidade.
Levou os dedos até as têmporas e massageou suavemente, sentindo a cabeça doer mais uma vez. As criadas recolhiam as coisas e formavam uma fileira ao sair, Lucerys virou rapidamente.
— Ah! Eu quase me esqueci... qual o seu nome?
A criada sorriu suave e retornou a cabeça na direção do príncipe.
— Eu me chamo Meli, Vossa Alteza.
Meli, a criada, saiu logo depois com as demais, deixando Lucerys sozinho mais uma vez. O de fios castanhos se olhou uma última vez no espelho, traçando os dedos pelas roupas bem ajustadas no corpo.
— Será que Andrômeda já comeu?
Se perguntou levando o dedo indicador até o queixo com uma expressão pensativa, caminhou até a porta e bateu de frente com Sor Erryk, sua testa trombou de repente com a armadura de ferro dele. Rapidamente, o manto branco ergueu as mãos para examinar o rosto do príncipe, Lucerys remexeu o nariz incomodado pela batida e com os olhos apertados.
— Céus! Príncipe, me perdoe. Eu sinto muito.
Os dedos de Erryk quase tocaram o rosto de Lucerys, para analisar se havia algum machucado, mas também mantinha uma distância segura, mesmo que ele quisesse.
— Eu estou bem, por favor, não se preocupe comigo. – Levou os próprios dedos até o nariz, estava tudo certo, foi apenas um choque inicial e ele abriu os olhos suavemente, as íris castanhas encontrando as íris azuis do guarda. — Bom dia, Sor Erryk. – Ajustou a postura e sorriu pequeno, levantando a mão gentilmente.
— Bom dia, Vossa Alteza.
Erryk se curvou sutilmente e segurou na bainha da espada.
— O que faz por aqui tão cedo?
— Agora é a troca de guarda, eu vim ver se estava tudo certo por esse lado do castelo. Novamente, me desculpe por machucá-lo, Vossa Alteza.
Ele abaixa a cabeça, claramente envergonhado. Lucerys apenas esconde o sorriso atrás de uma das mãos.
— Não se preocupe com isso realmente. – Lucerys tombou a cabeça para o lado. — Que tal se redimir me acompanhando até onde a minha mãe está?
O cavalheiro sorriu contido.
— Acho uma ótima ideia, Vossa Alteza.
E assim eles seguiram pelos corredores de pedra, se agraciando com a companhia um do outro.
Quando chegaram mais perto de uma das salas bem postas na Fortaleza Vermelha, Sor Erryk se despediu do príncipe e Lucerys entrou, as vozes antes soando como um sussurro, estavam audíveis. Daemon parecia um pouco estressado e Rhaenyra remexia em uma bola de cristal, Joffrey estava remexendo no cabelo de Viserys. Jacaerys e Aegon estavam no jardim do castelo, Lucerys os viu no caminho dos corredores.
— Ah, mas isso é estressante.
— Já é a quarta vez que você diz isso. – Rhaenyra cantarola enquanto passa os dedos pelos ombros do marido, Daemon apenas revira os olhos. — Eu não acho que é tão ruim, honestamente, precisamos de um pouco de distração.
— Eu gostaria que você me consolasse dizendo que eu estou certo. – Resmungou apoiando o rosto em uma das mãos, Rhaenyra deu uma risada arrastada e se afastou de Daemon assim que viu Lucerys no pé da porta. — Não acho que estou sendo levado a sério.
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𝐀𝐋𝐌𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐌𝐀
FantasyLucerys sabia que seu fim estava próximo quando viu as presas de Vhagar tão próximas a si, quando escutou os ossos de Arrax se destroçarem perante aos deuses da chuva, e quando tombou para o lado e escorregou de sua sela, ele fechou os olhos e uma l...
