|ROMPER SEUS LIMITES|

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Na manhã seguinte Ayra, Melanie e alguns voluntários estavam empenhados na tarefa de retirar dos escombros resquícios do incêndio que poderiam ser salvos. Aquela etapa era necessária pois oque ficasse nos cômodos a seguir seria completamente descartado.

Ayra encontrou algumas louças,  talheres e um conjunto de panelas de cobre. Ela ajuntou os objetos e depois de examiná-los os colocou em um grande saco. Ao entrar no interior da cozinha seu olhar afiado repousou em parte do que havia restado de um armário. Na única repartição havia alguns potes de barro com formatos e estilos diferentes. Todos eles eram coloridos e tinham flores em alto relevo. Eram alegres e originais, Ayra pensou que nunca tinha visto algo tão único.

—‭ Foi um grande estrago, hein?—‭ Ela ouviu uma voz suave e feminina bem próxima de sí.

Ao se virar se deparou com uma mulher pequena com grandes olhos castanhos.

—‭ É mesmo uma pena.—‭ Ela olhou em volta. Ayra percebeu que ela falava sobre o incêndio. Como ela não respondeu a mulher olhou para algo além dela e insistiu:—‭ O que achou deles?

Ayra franziu as sobrancelhas.

—‭ Os vasos. Você gostou deles?—‭ A mulher sorriu mostrando seus dentes arredondados e grandes.

—‭ Ah! Sim, eles são muito lindos.

A mulher se abaixou para olhar de perto uma cadeira quebrada. Quando ela segurou a cadeira e a levantou ela soltou um grito de dor.

—‭ A senhora está bem?—‭ Ayra foi correndo em seu auxílio.

—‭ Minha mão! A minha mão!—‭ Ela mostrava desesperada a palma e os dedos cobertos de farpas de madeira.

—‭ Precisa se acalmar, vamos lá fora e eu te ajudo com isso.—‭ Ayra a conduziu para fora dos escombros.

Depois de algum tempo e um trabalho minucioso de Ayra as mãos da senhora ficaram limpas. As duas estavam sentadas no campo aberto em um canto onde o sol não batia tanto. Madame Gauthier tinha trazido agulhas e material de primeiros socorros e acompanhava tudo de perto.

—‭ Senhora Durant, se sente melhor?—‭ Ela se mostrou ansiosa quando Ayra terminou.

A mulher tinha o olhar vidrado no céu quando perguntou:

—‭ Oque é mais importante a obra ou o artista que a criou?

Ayra e Gauthier se entreolharam.

—‭ Será que a obra poderia perguntar ao artista porquê ele a fez, do jeito que fez?

Ayra não compreendeu o sentido daquelas perguntas mas ficou intrigada com elas. No caminho para o refeitório improvisado a Madame a contou que aquela mulher era Marie Durant uma artista mundialmente famosa nascida naquela região. Contou também que a coleção de vasos na cozinha eram as primeiras obras da dela.

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