Capítulo 12

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Usando o notebook do Kent eu consegui dois empregos estáveis online, ambos pagariam muito bem, tão bem que parecia golpe, mas não era.

Kent tinha câmeras em casa, mas achei melhor comprar as minhas já que um dos empregos era de modelo e eles me queriam como influencer de publicidade, sabia das coisinhas lindas em minhas costas, eu fiz um anúncio no perfil de próprio pra quem está buscando emprego: "Tenho um par de asas bem grandes e tô precisando de emprego, é pague um leve dois já que além de tudo minha beleza vem de brinde" era uma brincadeira descarada, mas uma grande empresa realmente me quis.

Eu não tinha aceitado o lance de ser influencer ainda, disse que pensaria e caso aceitasse, cada resenha que eu fosse dar: sería sincera então era bom que eles mandarem produtos de qualidade, riram, é claro e, concordaram.

Assim segui pro meu outro emprego, quando conclui o curso intensivo e de tatuador e químico especificado em tintas, minha conclusão era, eu daria aulas e ensinaria aos tatuadores fazerem suas próprias tintas, não era algo comum ensiná-los a fazer isso e nem algo comum a se aprender.

Já que o curso pra aprender isso era muito, muito caro, mas eu extorqui, digo, eu convenci meu ex-chefe pagar minha última sessão pra uma marca rica e iniciante que pagou muito bem.

E então fiz os cursos, rapidamente consegui o diploma e licença pra lecionar além de atuar na área, é claro.

Por enquanto eu serviria de professora online, ainda não sabia esconder minha asas.

Alguém bate na porta.

- Que? - Respondo ainda sentada na cama terminando minha agenda semanal.

- Eu estou indo trabalhar, quer alguma coisa? - Questiona agitado, olho as horas, ele estava atrasado, segurei a risada.

- Não, não. Some daqui. - Digo risonha, foi impossível conter bem os indícios do meu estado.

- Okay, tenha um bom dia! - Conclui e sei que saiu feito um foguete.

...

Os entregadores deixaram as roupas e acessórios que me foram enviados pra tirar as fotos e claro que seriam meus depois afinal estavam personalizados para as minhas asas.

Usei as câmeras de Kent e logo peguei os arquivos e as guardei, enviei as fotos e fui pra cozinha caçar doce.

Não achei nenhum do meu agrado.

Me sento emburrada no sofá e então vagando em pensamento eu lembro que tenho dinheiro e agora recebo semanalmente, meu rosto se ilumina, pego meu celular indo direto pros delivers de sorvete, faço a festa e espero.

Depois disso a campainha tocou mais de dez vezes, todas elas eu atendi.

Deixei sorvete pro Kent e as horas se passaram, fiz um arroz de forno caprichado pro jantar e jantei sozinha.

Tomei banho, lavei meu cabelo e não tive muito sucesso com minhas asas, elas não ficavam sujas no sentido de absorver sujeiras ou ficarem desidratadas, pelo contrario, elas funcionavam como meu cabelo que utilizava os nutrientes de tudo que o lhe era proposto interna ou externamente.

Mas ainda assim a poeira se agarrava ali e tinha que lavar entre as penas pra tirar e era difícil pra caralho lavar a frente e o verso desta porra por inteiro.

Me irrito e jogo o sabonete contra a parede, me ergo e sacudo minhas asas sabendo que parte da poeira iria embora, mas não toda, bufo ao ter ciência disso.

Me ergo com as asas agora secas e me seco, a vítima essa noite é um pijama preto de frio, mangas longas que cobriam até minhas mãos, e calças folgadas que por pouco na arrastavam no chão.

Superman... - Ah, e põe "super" nisso, e...caramba! Muito "man" mesmo, uau...Onde histórias criam vida. Descubra agora