Beautiful Things - Rebekah Mikaelson

Chapter 16

Telespectador

Não muito distante da mansão Salvatore, um celular toca.

— Conseguiu? - Connor perguntou assim que pôs o seu celular no ouvido.

— A bruxa já confia em mim, agora é com você. - Shane falava, observando um grimório antigo — Mas cuidado, o que você vai fazer, irá despertar o lobo interior, então tente não morrer ou nosso plano está acabado.

Shane falava de forma séria, quando se tratava do plano, ele era bem rígido com todos os passos, tudo precisava ser feito da mais perfeita forma.

— Para o próprio bem dele, é melhor que não me morda. - Connor falou com ar de superioridade.

Shane sorriu.

— Só não o mate. - pediu, enquanto folheava o livro antigo com o feitiço que ele iria usar assim que Connor terminasse o serviço.

Após isso, a ligação foi desligada, Connor recebeu a localização exata de onde o lobo estava, o que não foi difícil pois ele também sentia a presença de vampiros ao redor, deixando-o intrigado sobre o que um lobo estaria fazendo no meio de três vampiros. 

Allison Elizabeth Forbes

Rebekah já estava a um tempo lá dentro da casa, nessas horas eu gostaria de ter a audição de um vampiro para poder escutar sobre o que eles estão conversando, apesar de que Rebekah irá me contar tudo quando sair de lá.

Não tinha muita coisa para fazer enquanto eu esperava Rebekah voltar, então fiquei dentro do carro, mexendo em meu celular e checando algumas mensagens que eu não tinha respondido antes. Após mais alguns minutos, me encontro sem nada para fazer a não ser observar a paisagem ao meu redor.

— Rebekah, cadê você... - olho mais uma vez pela janela, encarando a porta principal da casa, esperando algum sinal da loira.

Apoio a minha cabeça na porta, pois já tinha parado de chover e a janela estava aberta, comecei a sentir aquele cheiro de terra molhada enquanto a brisa gélida batia contra o meu rosto. Aquela sensação era gratificante.

Então, não muito longe de mim, começo a ouvir algo que me deixa em alerta, um barulho de arbustos se mexendo, como se tivesse algo ou alguém andando por ali. Levanto minha cabeça na mesma hora, a mantendo parada, focando apenas na minha audição.

Ouço outro som, galhos se quebraram no chão, o som estava mais perto que antes, me obrigando a virar a cabeça, tentando ver quem estava se aproximando, mas não consegui ver nada além da casa e as árvores em volta, junto com alguns arbustos. Então um silêncio, no qual eu só conseguia ouvir o vento esbarrando nas árvores conforme ele se intensificava.

Quando ouso pensar que aquele barulho pode ter sido causado por algum animal de grande porte, sinto uma dor aguda crescer em minhas costas, fazendo meu corpo se contorcer, me fazendo gemer por conta da dor. Olho para as minhas costas e vejo um dardo bem no meu ombro.

— Mas o que...

Tiro aquilo das minhas costas e procuro o responsável por aquilo, assim que meu olhos passam pela janela do motorista, que também estava aberta, vejo um homem negro segurando uma arma na mão, apontada para mim. O reconheci na mesma hora, ele era o homem que eu tinha visto dentro de um carro assim que cheguei na cidade.

Antes que eu pudesse lhe questionar ou até mesmo xingar ele, vejo o gatilho sendo acionado novamente, abro rapidamente a porta do carro e saio, em questão de segundos, vejo o dardo voando pela janela, eu tinha escapado por pouco.