Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu chego em casa, exausta das aulas, a fadiga pesando em meus ombros como uma âncora. Deixo-me cair sobre o colchão da cama, deixando as pernas deslizarem até que meu corpo esteja confortavelmente deitado. Sinto-me afundar na maciez, procurando uma posição que traga algum alívio ao meu cansaço.
Deitada de costas, encaro o teto do quarto. Minha mente é inundada por pensamentos turbulentos, relembrando os eventos perturbadores desta semana. Foi, sem dúvida, uma semana assustadora. Mas o que mais me atormenta é a presença ameaçadora do homem que agora parece seguir cada um dos meus passos.
Ele é como uma sombra, sempre presente, sussurrando palavras de aviso em cartas que chegam até mim de maneira sinistra. "Cuidado", "Você está encrencada", são as palavras que ecoam em minha mente, como se um stalker estivesse observando cada movimento meu com olhos famintos.
Meus dedos tremem enquanto seguro as cartas, o papel áspero e as palavras incisivas deixando-me arrepiada. Eu mal consigo acreditar que alguém seria capaz de me fazer sentir tão vulnerável, tão indefesa. Mas aqui estou eu, presa em um jogo de gato e rato, sem saber quem é o predador e quem é a presa.
Seguro as cartas com mãos trêmulas, sentindo meu coração bater descompassado no peito. Cada palavra escrita nelas parece corroer minha alma, arrastando-me para um abismo de medo e angústia. Esse homem, que ousa enviar mensagens ameaçadoras para mim, está lentamente corrompendo minha mente, alimentando meus piores temores.
Pressiono minhas mãos contra o rosto, tentando bloquear o mundo ao meu redor. Arrasto-me de volta para a cama, cada movimento pesado com o peso do cansaço e do medo que me consome. Meus músculos estão tensos, meu corpo clamando por descanso, mesmo que seja fugaz.
Deito de lado, as mãos apertando o travesseiro com força, como se pudesse encontrar segurança nele. Fecho os olhos, tentando afastar os pensamentos sombrios que dançam em minha mente. Tento me convencer de que tudo isso não passa de um pesadelo, que logo acordarei para um novo dia sem o peso dessas ameaças.
Finalmente, o sono me envolve, uma névoa escura que me arrasta para o desconhecido. Horas se passam, mas o descanso é efêmero. Sou arrancada da inconsciência por um grito preso na garganta, meu corpo tremendo violentamente. Ele está lá, na escuridão dos meus sonhos, como uma figura sinistra que se recusa a desaparecer. Agora, até nos confins dos meus sonhos, ele me persegue, transformando meus momentos de paz em terríveis pesadelos.
Não sei como detê-lo. A cada dia que passa, ele se infiltra mais profundamente em minha mente, como um monstro devorador que se alimenta do meu medo. Ele me corrompe, moldando-me como um fantoche à sua vontade.
Duas noites se passaram desde que sonhei com ele, tocando-me de maneira repugnante, como se eu fosse apenas uma peça descartável em seu jogo perverso. Mesmo assim, o medo continua a me acompanhar, envolvendo minha vida em sua teia sombria. Ele me possui, reivindica-me como sua presa, me arrastando para o submundo de seus próprios sonhos.
