17 - tio vampiro

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O homem se agachou, ficando na nossa frente. Meu queixo tremeu e meu coração acelerou com medo dele fazer qualquer coisa comigo. Mas ele apenas acariciou o meu braço e sorriu.

- só viemos buscar a abóbora de doces, tio. - o garoto levantou a máscara, deixando em cima de sua cabeça.

- crianças, o lugar de vocês é lá fora. Procurando doces como se fosse Páscoa. - o homem o olhou e ele concordou com a cabeça. - e quem é você, pequena? - abaixei a cabeça, sentindo meus olhos arderem. - não vou te machucar, Piccolo. - ele segurou meu queixo com cuidado.

- Ela se chama Sofia. É irmã do Matteo. - o garoto respondeu por mim. - o pai dela não deixa ela sair, então fizemos isso tudo nela, para que ela saísse. - o homem olhou todo o meu rosto, parecendo procurar alguma semelhança ou algo do tipo.

- se o pai dela disse para ela ficar lá em cima. Tem um motivo. Vocês não deveriam pegá-la assim. - ele olhou para o garoto. - peça desculpas, Jacob.

- desculpa, Sofia. - o garoto sussurrou.
- mas ela não se diverte naquele quarto, tio.

- Tudo bem. - ele suspirou. - Vocês são mais velhos que ela. Levem-a para procurar doces e a tragam antes da meia noite. Tudo bem?

- sim, sim! - o garoto respondeu rápido.

- podem ir. - o homem se levantou me ajudando a levantar também. - Você é bem bonita, sabia Sofia?

- o-obrigada. - gaguejei limpando as lágrimas na bochecha.

- você gosta do sobrenome Vecchi? - tombei a cabeça pro lado.

- É lindo. - sorri sem jeito.

- Seu sorriso é lindo, sabia? - senti minhas bochechas queimarem. - seus olhos lembram os do meu filho.

- Você tem um filho?

- tenho e ele é assim...- o homem deixou sua mão acima da minha cabeça. - mais alto que você. - eu ri tímida.

- vamos Sofia. Vamos! - Jacob pegou minha mão, segurando a abóbora de plástico com a outra. - tchau tio, Davide! - ele gritou, me arrastando com ele.

- tchau, tio vampiro! - eu dei tchau, enquanto estava sendo arrastada por Jacob.

O homem tinha o cabelo preto e olhos escuros. Sua roupa era um terno preto, com uma capa atrás. A capa era preta por fora e por dentro vermelha. Seu pescoço tinha uma mordida feita de maquiagem. Ele mandou um tchauzinho pra mim enquanto sorria. Vi seu anel de ouro no dedo mindinho brilhar, por conta da luz.

 Vi seu anel de ouro no dedo mindinho brilhar, por conta da luz

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Dias atuais.

Apertei a roupa nas minhas mãos e me virei, olhando para Jacob que estava sentado na cama dobrando as minhas últimas roupas.

- era você. - ele me olhou. - você! - andei até o homem que arqueou uma sobrancelha. - a pintinha. - toquei sua bochecha. - o pânico ensanguentado. Estávamos lá embaixo, na cozinha, quando o tio vampiro entrou e nos encontrou. - ele riu nasalado.

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