Vermelho Carmesim

Capítulo 5

Pov. Narrador 

   Depois do filme, os três dormiram, Eliza até pensou em acordá-los para levar para a cama, mas decidiu deixá-los desse jeito mesmo. De manhã ao acorda Eliza se deparou com uma cena super fofa, ambas crianças dormindo com o dedo na boca, ela até pensou em tirar uma foto, mas teria que se mexer muito e iria acabar acordando as crianças.

   Eliza ficou admirando aquela cena, tudo aquilo aconteceu de repente, porém ela já amava os dois pequenos, aos poucos as crianças foram acordando até porque fazia algumas horas que eles tinham se alimentado, portanto, a mais velha decidiu preparar os dois.

 - Bom dia pequenos - disse Eliza fazendo carinho na cabeça dos dois. - Bom dia - educada como sempre Maia respondeu, bem vejamos já Liam parecia com aquele mau-humor natural do garoto, apenas olhou com expressão neutra e logo voltando a fechar os olhos.

   Eliza já conhecia o humor do mais novo então não se importou, apenas ajudou os dois a sentarem mesmo a contra gosto de ambos que pareciam querem ficar deitados com a "Mãe" e logo trataram ficar com um bico que Eliza queria apertar, mas decidiu não irritar os pequenos.

 
  - Acho que já está na hora que vocês comerem, estão com fome? - os dois mais novos apenas concordaram fazendo um sim com a cabeça. - Preferem comer aqui ou lá em cima? - Eliza percebeu que os dois estavam começando a ficar mais a vontade porque antes eles nem cogitaram serem alimentados fora do quarto, Liam, portanto, respondeu. - Pode ser aqui, tanto faz - Rapidamente Eliza fez uma mamadeira para Liam já que Maia estava sendo amamentada por ela, a mesma sabia que uma hora ou outra ela teria que fazer o mesmo com Liam.

   Eliza sentou já pegando a garota e a puxando para seu colo e entregou a mamadeira para Liam, antes que ele pudesse fazer alguma coisa ela o deitou em sua perna de forma que Maia ficou em seu colo já mamando em um dos seios e Liam ficou com a cabeça apoiada em suas pernas.

   A mais velha sabia que precisaria se alimentar muito mais, já que agora ela tinha dois bebês. Logo a atenção dos dois mais novos e roubada pelo toque do telefone, Eliza rapidamente atendeu já sabendo quem era.

 - Olá Mikaela, tudo bem? Faz tanto tempo -

 - Eliza eu tava com tanta saudade menina, tudo bem por aqui, fiquei sabendo que você tem duas crianças, tive que ficar sabendo por terceiros -

 - Amiga, foi tudo muito de repente, eu queria que você os conhecesse e eu tô morrendo de saudade dos meus afilhados -

 - Então vou arrumar as coisas e pegar o primeiro vôo, e você pode tratar de ir me buscar no aeroporto viu - 

 - Pode deixar peste - 

   Ao desligar a mesma percebeu que os dois tinham parado de mamar para prestar atenção na ligação, ela tinha esquecido como crianças se distraem fácil, ajeitou os dois de novo, o humor de Eliza melhorou cem porcento, ela estava morrendo de saudade da melhor amiga e dos afilhados.

   Após Liam e Maia se saciarem a vampira mais velha tinha que contar oque iria acontecer, pessoas novas normalmente deixava recém-transformados extremamente irritados.

 - Vocês me ouviram conversar no telefone, uma amiga minha virá nos visitar, provavelmente chegará daqui a algumas horas - as crianças já não estavam gostando da conversa e bem se você se pergunta se podia ficar pior a resposta e sim. - Ela se chama Mikaela e minha amiga de infância, ela tem dois filhos, Yan e David são gêmeos e meus afilhados - a cara tanto de Maia quanto de Liam era de pouquíssimo amigos, o menino mais novo já tinha um enorme bico e os braços cruzados e logo se pronunciou. - Por que eles vêm? - Eliza sabia bem o ciúmes que o menino estava sentindo e quis rir, mas se controlou. - Porque ela quer conhecer vocês e eu estou com saudades deles, e acabou essa assunto vão se trocar, coloquem uma roupa confortável para sair, lembrem que está frio lá fora, porque iremos buscar eles no aeroporto - Sabendo que não poderia deixar espaço para discussão ela encerrou o assunto rápido. 

   Cada um foi para se quanto, os dois mais novos com raiva e a mais velha empolgada de ter mais pessoas em casa.

   Passada algumas horas Eliza já tinha se alimentado e só esperava a mensagem confirmando a chegada de sua amiga, agora as crianças tinham uma expressão de poucos amigos além de estarem estressados, o ciúme de ter outras crianças perto de sua mãe os deixava muito estressados.

    Logo veio a mensagem que Eliza tanto esperava.

Após ajeitar os mais novos no carro, ela dirigia em direção ao aeroporto super empolgada.
  

   Ao chegar, ela já os avistou e logo parou o carro perto e desceu para ajudar a amiga, já que além de todas as malas ainda tinha duas crianças que por mais que fossem comportadas ainda eram crianças. 

 - Mikaela, que saudade - disse já a abraçando - Meu Deus, como vocês cresceram, vem me dar um abração meus amores - os gêmeos já sorrindo correram para abraçar a madrinha que além de ser legal mimava demais os dois. - A Eliza esses dois causaram o vôo inteiro viu, não venha mimá-los não, porque nenhum dos dois está merecendo - sabendo bem a função de madrinha Eliza sabia oque fazer.

   Começou a rir e apenas disse que estava tudo bem para as crianças.

   Já os irmãos que estavam no carro ficaram ainda com mais raiva, eles olhavam para aquele abraço com fogo nos olhos mega enciumados.

Agora as duas mães tinham que colocar as crianças todas no carro, Eliza já tinha vindo planejada com um carro de sete lugares, ela colocou as suas crianças nos dois últimos bancos com muito protesto das duas, e logo colocou os dois afilhados no banco do meio. 

   O clima era tenso, até palpável Maia e Liam estavam fervendo com o rosto até vermelho, mesmo estando frio.

   Mikaela apenas sorriu para as crianças de sua amiga, até porque ela não tinha como ir falar com eles, mas percebeu que nenhum deles tinha uma expressão feliz no rosto.

   As mais velhas foram conversando empolgadas na frente, atrás o silêncio reinava, nada se ouvia, não dava para escutar nem a respiração de nenhum dos quatro. O tempo passou rápido e já estavam no condomínio onde se encontrava a casa da família, quando chegaram, Eliza foi tirando as crianças enquanto Mikaela ia retirando as malas.

   Nesse momento, era a primeira vez que Mikaela dava uma boa olhada nas crianças, ela estava encantada com os dois e logo os puxou para um abraço. 

 - Vocês são tão lindos quanto me falaram - apesar do astral de Mikaela, Liam odiou e apenas saiu devagar do abraço, já a sua irmã não teve muito oque fazer e abraçou de volta não querendo ser grosseira.

   A ação de Liam não passou despercebida por Eliza, que discretamente o puxou para dar uma bronca, oque irritou mais o garoto.

   Após todos entrarem, Liam e Maia se sentaram no sofá com os braços cruzados, coisa que Eliza estava odiando e não passaria em branco.  

   Os gêmeos adoravam sua "dinda" como chamavam, e logo correram para o colo dela, deixando os seus ainda mais estressados. Lógico que Liam não aguentou ficar quieto e tratou de chamar a atenção de sua mãe.

 - Eliza! - o grito fez todos pararem e olhar de onde veio, talvez Liam tinha acabado de se arrepender de ter feito isso. - Liam oque é isso? - a voz da mais velha era suave, mas dava para sentir a advertência, o garoto apenas murchou e abaixou a cabeça.

   Ainda sentada e com os gêmeos no colo, ela estranhou a forma que seu menino apenas abaixou a cabeça e não retrucou, ela entendia o ciúme, mas não iria deixar aquilo acontecer. 

   Com a cabeça fez sinal para os dois sumirem, e então os dois subiram com a cabeça baixa. 

   - Eliza não era necessário isso - Mikaela disse entendendo o ciúme das crianças, a mesma era experiente nisso. - Lógico que era onde já se viu se portarem assim na frente de visitas - os vampiros eram extremamente rígidos quando o assunto era educação, ela colocou os meninos no sofá e deu um sorriso a eles. - Bom, enfim, se eles estiverem com fome, tem sangue na geladeira, eu vou cuidar dos meus pestinha - Mikaela até tentou argumentar com a amiga, mas não adiantou. 

   Eliza subiu ao seu quarto onde os dois estavam, ao entrar ela já viu Maia quando lágrimas no rosto e Liam que estava pronto para reclamar. 

   Realmente não era fácil cuidar de duas crianças.