— Não sei não... - hesitei, olhando para Maitê, que parecia entretida em uma conversa com Triz.

— Ah, vamos lá, cara! É só uma partidinha rápida, depois voltamos para a festa! - insistiu Menino, animado.

Acabei cedendo à pressão dos amigos e me levantei do sofá, seguindo-os em direção à sala de jogos.

Piquerez, Veiga, Menino, Endrick e eu finalmente nos encontramos na sala de jogos, o ambiente estava iluminado pelas luzes coloridas dos consoles de videogame, e o som das músicas da festa ainda ecoava no fundo.

— Então, o que vamos jogar? - perguntou Piquerez, olhando ao redor.

— Que tal um torneio de Mario Kart? - sugeriu Veiga, animado.

— Boa ideia! - concordou Menino, enquanto pegava um controle.

— Com certeza! Mas já aviso, sou imbatível no Mario Kart! - brincou Endrick, provocando risadas.

Todos nós nos acomodamos nos sofás e cadeiras, prontos para começar o torneio de videogame.

A dúvida se instalou na minha mente enquanto nos acomodávamos na sala de jogos.

Enquanto me preparava para a competição de Mario Kart, um pensamento persistente martelava em minha cabeça: "Que diabos estou fazendo aqui?".

Talvez fosse melhor ter ficado na festa para vigiar Maitê, especialmente agora que ela está claramente bêbada, mierda "merda".

Enquanto tentávamos nos concentrar na partida, minha mente estava em outro lugar. Endrick, percebendo minha distração, me lançou um olhar perspicaz.

— Cara, você tá com a cabeça na Maitê, né? - ele sussurrou discretamente, sem desviar os olhos da tela.

— É, não consigo parar de pensar nisso. Ela tá claramente fora de si lá embaixo. - respondi num sussurro, tentando não chamar atenção dos outros.

— Acha que ela tá bem? - Endrick perguntou, com uma expressão preocupada.

— Não sei, cara, ela tá visivelmente bêbada, não me sinto confortável deixando ela sozinha. - respondi, franzindo a testa.

Endrick assentiu compreensivo.

—  Você nem pra disfarçar, cara! As pessoas vão acabar notando sua tara pela fisioterapeuta. — Endrick soltou a provocação, e eu fiquei puto, deixando o jogo de lado.

— Isso é só tesão acumulado. — respondi, com um tom de voz mais sério, mas não pude deixar de soltar uma risada ao final.

—  Ríos, cê tá olhando pra ela como um lunático, porra! Toda vez que eu olho pra você e pra loira, eu lembro daquela música... "O quê que eu posso fazer se ela rouba a cena? Se até deitado no colo da loira eu lembro da morena!" — Endrick usou o controle como microfone e começou a rir da minha cara.

Eu peguei um travesseiro do sofá e tentei acertá-lo, mas ele desviou com rapidez, ainda gargalhando.

— Ah, cala a boca, Endrick! — respondi, bufando de raiva.

— Agora falando sério, tô preocupado com as meninas, principalmente com Maitê que já bebeu não sei quantos drinks. — Endrick se sentou ao meu lado e cochichou para que os outros não ouvissem.

— Concordo. Não gosto nem um pouco da ideia de deixá-las sozinhas nesse estado. — Eu me sentei ao lado dele, sussurrando também. — A Maitê não está acostumada com isso, e a Yasmim... bom, você sabe como ela é...

Ele assente concordando.

— Esses caras não desgrudam da gente, mano. Como a gente vai sair daqui sem chamar atenção? Precisamos de um plano bem bolado.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Where stories live. Discover now