Enquanto estávamos olhando as vitrines, um grupo de fãs de Lana Del Rey se aproximou, olhos arregalados de empolgação.

— Você é a Lana Del Rey, não é? — perguntou uma garota, mal conseguindo conter sua excitação.

Triz, sempre pronta para uma brincadeira, decidiu se divertir com a situação. Com um sorriso travesso nos lábios, ela assumiu a identidade da cantora com uma confiança surpreendente.

Os fãs ficaram extasiados, tirando fotos e pedindo autógrafos enquanto Triz se divertia com a confusão, fazendo poses glamorosas e acenando como se estivesse em um desfile de moda.

Enquanto observava a cena hilariante se desenrolar, não pude deixar de rir, admirando a habilidade de Triz em incorporar o papel da famosa cantora com tanta facilidade.

Aquela tarde no shopping acabou se tornando uma das muitas aventuras compartilhadas entre nós, uma história para ser lembrada com carinho e muitas risadas. Com ela ao meu lado, a vida nunca deixava de ser uma emocionante.

Após abraçar Triz calorosamente, nossos risos ainda ecoando pelo corredor, nossos olhares se encontraram em um momento de cumplicidade.

— Você deveria ter me ligado, vaca. — disse eu, tentando manter uma expressão séria, mas falhando miseravelmente diante da comédia da situação.

Triz, com seu sorriso travesso e um brilho de diversão nos olhos, respondeu sem hesitação.

— Se eu tivesse avisado, não seria surpresa, idiota.

Soltei uma risada, incapaz de resistir ao charme peculiar dela. Era típico de nós, trocar palavras afiadas enquanto compartilhávamos risadas e momentos especiais.

Subindo as escadas em direção ao meu quarto, Triz me acompanhou, sua bolsa pendurada casualmente no ombro.

Era claro que ela tinha vindo preparada para passar a noite, como sempre fazia quando nossos planos espontâneos tomavam rumos inesperados.

Enquanto caminhávamos pelo corredor, a atmosfera estava impregnada de um sentimento de irmandade e alegria compartilhada.

A presença de Triz era como um raio de luz em um dia cinzento, trazendo consigo uma energia contagiante e uma sensação de conforto familiar.

Chegando ao meu quarto, Triz se sentou na beira da cama.

— O que rolou no CT hoje? — sua expressão curiosa enquanto esperava minha resposta.

Eu me deitei em seu colo, sentindo o conforto familiar de sua presença ao meu lado.

— Bem, lá no trabalho... foi um dia interessante, para dizer o mínimo. — comecei, pensando em como explicar a confusão que havia acontecido na sala de fisioterapia com Richard.

— Interessante como? Conta tudo! — exclamou Triz, sua voz cheia de entusiasmo.

Respirei fundo antes de começar a narrar os eventos daquele dia, explicando como Richard parecia com ciúmes de mim e do Piquerez juntos.

Eu me lembrava claramente da expressão de confusão em seu rosto na sala de fisioterapia.

Triz soltou uma gargalhada, seus dedos brincando com meus cabelos enquanto eu continuava a contar a história.

Suas risadas eram contagiantes, e logo estávamos ambas rindo alto, incapazes de conter nossa diversão diante da situação absurda.

— Você não pode deixar Richard ficar sozinho por um minuto, não é mesmo? — comentou Triz, sua voz entre risos.

— É, parece que ele sempre arranja uma maneira de nos deixar a sós. — concordei, ainda sorrindo com as lembranças daquele dia louco.

Ao revelar a Triz o quase beijo com Richard, uma mistura de emoções tomou conta de mim. Deitei-me em seu colo, sentindo seu olhar curioso sobre mim enquanto eu tentava encontrar as palavras certas para explicar a situação.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora