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⠀⠀⠀⠀⠀NAILEA DEVORA, desfrutava do luxo
e da opulência no Upper East Side, cercada por
uma vida glamorosa como uma das socialites
mais proeminentes da elite. Contudo, um trágico
acidente de carro alterou o cu...
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013. THE DEMONS ON EARTH ✷ CHAPTER THIRTEEN
AO ATRAVESSAR A SALA DE ESTAR, meus passos ecoam no ambiente tenso. Minha mãe está lá, envolvida em uma conversa ao telefone, sua expressão ansiosa revelando a gravidade da situação. Seus olhos se erguem ao me notar, e um breve momento de surpresa passa por seu rosto antes que ela rapidamente tente esconder a preocupação. Decido me sentar no sofá, fingindo estar distraída com o celular, enquanto escuto fragmentos da conversa de minha mãe. Sua voz traz um tom tenso e urgente, e percebo a tensão em cada palavra enquanto ela se despede da pessoa do outro lado da linha.
━━ Vou ter que sair, filha! ━━ Ela diz enquanto veste uma jaqueta formal, sua expressão carregada de preocupação ━━ Cuida da sua irmã ━━ Observo de relance enquanto ela coloca a pasta da investigação do meu pai em sua maleta. Se ela está levando a pasta, algo na investigação estaria progredindo. Acomodo-me no sofá, tentando parecer despreocupada, mas meus sentidos estão alertas para todos os seus movimentos suspeitos e cautelosos. Respiro fundo, tentando acalmar os pensamentos agitados, enquanto distraio minha mente cutucando a pele solta do meu dedão.
Ouço o eco dos seus saltos altos ecoando pelo piso de madeira maciça de carvalho francês, seguido pelo rápido clique da porta se fechando e pelo ronco do carro saindo da garagem. Corro até a janela da sala de estar para observá-lo se afastando gradualmente. Aquele assunto já me havia tirado noites de sono, a ideia de que todos os traumas da minha vida foram tramados por uma única pessoa só aumentava minha angústia. Retorno ao meu quarto, ainda com a mente vagando longe de mim, e tranco a porta. Sento-me na cama, absorvendo todas as informações que havia coletado, que ainda eram poucas, deixando-me intrigada.
Ao vasculhar o quarto com o olhar, meu olhar recai sobre o computador, que repousa na mesa de estudos, com a tela aberta. Um impulso inexplicável me leva naquela direção. Sigo meu instinto e abro o FaceTime, encontrando a única pessoa que sei que posso desabafar naquele momento. Sem hesitação, faço a ligação, ansiosa por compartilhar o peso que carrego em meu coração.
