12 - quarto?

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- esse é o seu quarto! - Jacob abriu a última porta do corredor.

- meu quarto? - arqueei uma sobrancelha, dando um passo para dentro do cômodo.

- seu irmão... - ele desviou o olhar, como se estivesse pensando. - ele vai vir. Aqui você tá segura, confia em mim. - Jacob sorriu sem mostrar os dentes, recuando um passo. - boa noite. - ele fechou a porta com cuidado.

Suspirei pesado. Era como se um peso tivesse sido tirado dos meus ombros. Passei os olhos pelo quarto enorme. Paredes cinzas, cama de casal...andei até a cama de casal, vendo um pijama de cetim branco.

confia em mim, eu te amo!

Era o que estava escrito em um papel, ao lado da muda de roupa. Respirei fundo e deixei o bilhete no mesmo lugar. Peguei o pijama, indo em passos cuidadosos até a porta do banheiro do quarto.

Abri com cuidado a porta, colocando primeiro o pé direito. Dei uma olhada no cômodo escuro e acendi a luz, não abaixando a guarda. Tranquei a porta atrás de mim, dando uma bela olhada no banheiro. Andei até a pia de mármore e deixei as roupas ali, pegando uma toalha limpa de baixo da pia, dentro do armário.

Me olhei no espelho, respirando fundo. A maquiagem um pouco borrada, por conta do choro da saída do baile, o vestido do mesmo jeito de quando sai de casa e os cabelos um pouco bagunçados. Desfiz o nó das costas e fechei os olhos, agradecendo em sussurros, por conta do alívio que percorreu o meu corpo.

O vestido caiu no chão e um arrepio percorreu o meu corpo. Com uma única peça íntima, passei os meus olhos pelo o meu corpo, no reflexo do espelho. Procurei por qualquer mancha roxa ou vermelha. Eu sabia que teria algumas.

Senti meus olhos arderem, mas engoli o nó que se formava em minha garganta e me despi completamente. Andei até o box ligando o chuveiro, colocando na água quente e sem hesitar, me coloquei de baixo da água, sentindo a água quente percorrer o meu cabelo e corpo, me trazendo uma sensação de alívio.

Depois de passar dez minutos - ou mais - sai do banheiro e deitei na cama, me enrolando no edredom parecendo um burrito. A luz do quarto apagada, o barulho do ar condicionado e da chuva fraca do lado de fora da casa, me deixava com sono.

Lutava para me manter acordada, sentindo meus olhos pesarem a cada segundo. Eu queria ver Matteo. Queria vê-lo chegar e me afundar em seus braços enormes e quentes. Eu queria o meu irmão.

E em meio a batalha, a porta do quarto foi aberta de vagar, deixando a luz do corredor entrar no quarto escuro. Ela foi fechada e passos se aproximaram da minha cama. Senti a cama afundar e meus olhos foram fechando aos poucos.

- boa noite. - alguém sussurrou, deixando beijos em meu pescoço descoberto.
- monstrinha!

Meus olhos foram fechados, e a única coisa que senti antes de apagar de fato, foi o cafuné em meus cabelos.

Meus olhos foram fechados, e a única coisa que senti antes de apagar de fato, foi o cafuné em meus cabelos

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