Samuel observava cada gesto, cada olhar e cada risada da garota e depois de semanas ele conseguiu enxergar sua Diana. Aquela Diana que tinha um brilho nos olhos e que cativava todo mundo e não só ele, como todos da roda perceberam e isso fez com que o grupo se animasse mais.

Eles sentiam falta da garota e isso estava estampado no rosto de cada um, até mesmo no de Simone que era recente no grupo, mas sabia a importância que a mais nova tinha entre eles.

Eles perderam as contas de quantas músicas cantaram e só resolveram parar ao ver que já amanhecia. Diana se levanta e segue até Sérgio, ela o abraça e beija seu rosto, o rapaz retribui e troca olhares confusos com a namorada quando o abraço demora um pouco mais que o normal.

- Feliz aniversário, Sérgio! Seu presente chega amanhã, venho te entregar pessoalmente.

- Meu presente é você, pitchula... Promete não sumir?

- Prometo. - ela responde e ele assente e beija sua testa. - Eu vou indo.

- Mas já? É cedo, pitchula. - Aninha fala e Bento da risada.

- Literalmente, são cinco da manhã. - ele fala e leva um beliscão da namorada.

- Estou cansada, mas mais tarde apareço por aqui. - ela fala pegando o telefone do irmão. - Posso usar?

- Claro, vai ligar pra quem a essa hora? - ele pergunta abraçando a namorada que já estava tremendo graças ao tempo que começava a esfriar.

- Vou pedir um taxi. - ela avisa e ele nega.

- Eu te levo.

- Não precisa, Dinho. - ela digita o telefone. - Todo mundo bebeu e eu não quero que ninguém dirija assim.

A garota se afasta e eles a observam falar no telefone, logo ela se aproxima novamente e devolve o aparelho para o irmão.

- Eu liguei para o Jorge, nosso vizinho, ele vai me levar. - ela avisa.

- Tem certeza que não quer dormir aqui? - Cláudia pergunta e Diana nega, a mais velha sentia um aperto no coração.

Esse mesmo aperto que todos ali presentes sentiam, principalmente Samuel.

Ao ouvir o portão do vizinho sendo aberto, Diana começa a se despedir dos amigos e dessa vez foi diferente. Ao contrário de um simples cumprimento, ela abraçou um por um e deixou um beijo no rosto de cada um, os surpreendendo.

Ela sai da casa e o vizinho já estava estacionado, apenas a esperando.

- Tchau, galera. - ela sorri e abre a porta do taxi, entrando no mesmo, mas ao ver o olhar perdido de Samuel a encarando, ela desce do carro e segue até o mesmo, segurando seu rosto e o beijando.

"Beijou sua mulher como se fosse a última."

O beijo que o grupo viu foi diferente de qualquer interação entre o casal que eles já haviam visto antes, era um beijo de amor, um beijo de paixão e desespero. Samuel puxava e segurava Diana contra seu corpo como se não fosse a soltar nunca mais e se perguntasse para qualquer um do grupo, eles arriscariam dizer que foi digno de um beijo de cinema.

"E cada filho seu como se fosse o único."

Ao finalmente se soltarem, Diana entra no taxi e se despede mais uma vez dos amigos e apenas com o olhar. Ela gravou os olhares de cada um, sentindo seu coração acelerar conforme ia os encarando.

"E atravessou a rua com seu passo tímido."

O motorista da a partida e ela se encolhe no banco e respira fundo, da o endereço para o rapaz e passa a viagem inteira em silêncio, perdida entre seus próprios pensamentos.

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu