Capítulo 01: A Criatura

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20 de janeiro de 1996
1 hora da manhã...

           Dona Luzia, uma senhora agricultora de aproximadamente sessenta anos de idade; despertou naquela madrugada para beber água. Sem acender as luzes, ela caminhou até a cozinha, onde uma luz forte chamou a sua atenção, mas logo se apagou. O gado da fazenda estava agitado e isso fez Seu Manoel acordar.

           Dona Luzia ainda estava na cozinha quando Seu Manoel chegou e indagou:

— O que está fazendo acordada a essa hora? O que aconteceu?

— Não sei. Acho que deve ter alguém na fazenda, os gados estão agitados demais e tinha uma luz lá fora — Respondeu a senhora, olhando pela janela da cozinha, ainda com as luzes da casa apagadas.

           Seu Manoel foi até o armário, de onde retirou uma espingarda e disse:

— Vou cuidar disso.

— Tome cuidado, homem! Não sabemos quem são e se estão sozinhos ou não.

           Nesse momento, uma forte luz iluminou toda a cozinha e o casal mal conseguia enxergar alguma coisa. Aos poucos, ela perdeu intensidade e a dupla conseguiu finalmente ver o que era. Pela janela, conseguiram ver algo no céu, próximo à casa. O objeto estava voando de forma lenta e se afastava da fazenda. Uma espécie de fumaça saia do objeto, parecia estar caindo. Ele possuía algumas luzes externas de baixa intensidade, mas logo se apagaram também.

— Mas o que é isso? Parece um submarino — Comentou Seu Manoel.

— Submarino não voa.

           Decidido, Seu Manoel saiu para fora de casa, mas já era tarde. O objeto voador não identificado já não estava mais lá. O gado também havia parado de fazer barulho e, agora, tudo estava tranquilo novamente.

           Ainda naquela madrugada, Fernando estava dirigindo pela rodovia, quando avistou também, um objeto no céu. De início, ele achou que poderia ser algum avião apresentando falhas, com isso, o objeto saiu do seu campo de visão, fazendo Fernando sair da rodovia e entrar em uma estrada de terra.

           Era uma madrugada fria, e Fernando estava disposto a encontrar o até então, avião. Após alguns minutos dirigindo pela estrada de terra, algo chamou a atenção do rapaz. Ele logo desligou as luzes do carro e estacionou.

           Foi quando ele flagrou algo peculiar: Cerca de cem metros mais à frente, ele conseguiu avistar alguns carros da polícia militar. Ele decidiu se aproximar e chegou em uma espécie de pequeno morro, que dava acesso a mata da região. Havia um helicóptero do exército e alguns caminhões também. Ele percebeu a grande movimentação de militares que estavam recolhendo alguns destroços que estavam espalhados pelo chão.

— Ei você! O que você está fazendo aqui?! — Questionou um policial ao perceber a presença de Fernando.

           Fernando não conseguiu responder de imediato, pois estava muito curioso com a ação dos militares.

— Desculpa, estava apenas...

— Saia logo daqui! Essa é uma área restrita, não conte nada para ninguém sobre essa operação militar, ou será preso! ANDA, saia logo!

*

           Na manhã seguinte, o quartel dos bombeiros de Varginha estava agitado. Dois bombeiros conversavam enquanto observavam seus companheiros atendendo aos vários telefonemas que estavam recebendo de moradores.

— Escutem, tenho uma missão para vocês — Disse o comandante para a dupla. — Como podem ver, estamos recebendo várias ligações de moradores que afirmam estar sendo atacados por uma estranha criatura.

Varginha 1996: A ConspiraçãoWhere stories live. Discover now