1. (Único)

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"Eu disse aquilo, e o deve ter machucado, eu sei. Nós havíamos tido uma briga, por palavras ditas por mim, Wilbur Soot.
Quero tanto me desculpar, eu preciso me desculpar, eu preciso dele, preciso de Alex Quackity. Me desculpe, meu anjo, não falei por mal, eu juro."

20:47.
    O cacheado havia acabado de colocar seus calçados, quando saiu de sua casa correndo e ficou impacientemente procurando por algum taxi em sua rua.
Assim que Wilbur finalmente encontrou algum, o castanho sinalizou e entrou no mesmo.

    – Me deixe na rua Las Nevadas, número 185, por favor.
Respiração desregulada e visualmente nervoso. Ele estava ansioso, amedrontado, tinha medo de seu amado rejeitar suas desculpas.

    – Ei, motorista, eu faço músicas, meu coração não pode ser quebrado...! Se puder, vá o mais rápido que o senhor conseguir.
O cacheado disse ao motorista do carro.

    Chegaram no destino final sem demora, Wilbur desceu do carro, indo em direção uma casa muito bem conhecida pelo mesmo.
Ele batia na porta, esperava.

    – Quackity, por favor, meu anjo...

    Demora. Muita demora.
Após um tempo, chovia, e já eram 00:00.

    – Estou em sua porta há tanto tempo, são 00:00 e chove, cadê você?
Talvez você tenha ido embora a tempos e eu não tenha percebido por ser tão devagar...
Dizia, levemente rindo de si mesmo, tentando se distrair do fato que ele estava nervoso, muito nervoso.

    Se escorava na porta, e começava a falar sozinho, ou pelo menos achava não estar sento ouvido.

    – Esse táxi talvez eu tenha me deixado errado. Talvez essa é mesmo sua porta? 185. Eu não errei o endereço...

    Ele começava a derramar finas lágrimas, se esforçando ao máximo para não fazer nenhum mínimo barulho.

    – Esse choro não é falso, então por que não se importa? Até Roier está ai dentro...não tem mais espaço para o seu coração?

    Seguia esperando nervosamente na porta da casa de Quackity. Até que, por Wilbur passou a vizinha de seu amado.

    – Olá, tia Valquíria! Que horas são?
O cacheado disse.

    – Oh, olá, Soot! Novamente esperando por Alex? Melhor ir para sua casa, querido...

    – Ah, sim... Bem, foi bom te ver novamente, tia Valquíria!

    – O mesmo para você, Will! Trate de se resolver com Quackity, ele o ama infinitamente, só está chateado, não se abale por isso, ok?

    Wilbur apenas acenou positivamente com a cabeça, vendo a vizinha sumir de sua visão.

    "Que se foda." O castanho pensou, olhou para a porta em que estava escorado, chutou-a. Se distanciou, mão no coração, ele sentia uma dor, inexplicável, não sabia o que dizer. O taxista já havia ido embora, não tinha mais volta.
Ele pensa novamente, decide tentar mais.

"Toc, toc, toc." mais três batidas.

    – Se fazem de mortos é?...

    Ele batia o pé desapontado no tapete de Alex, encostava na parede.
    Repentinamente, uma vibração, era o celular de Quackity, do outro lado da porta, combinando com Wilbur, que estaria tremendo por conta do frio.
    Soot estava prestes a desabar em lágrimas, quando ouviu as chaves se abrindo. Ele se levantou, fazendo postura e limpando suas lágrimas ao ficar em frente a porta. Tal que continuava fechada, mas abrindo.
    Uma onda de pensamentos atordoava os dois homens. Mas finalmente a porta é aberta, e o castanho pode ver. Alex, ele estava com seu peito... Vazio? Wilbur não sabia explicar, mas, era como se o coração do mesmo tivesse sumido. Ele estava tão cansado...as olheiras eram aparentes, assim como o olhar de preocupação de Soot ao ver o rosto de Quackity.

    – Olá, Wilbur.
O de cabelos negros pronunciou, o que fez o cacheado lembrar o que o mesmo foi fazer.

    – Meu amor, o que houve? Você me parece tão...cansado, suas olheiras tão profundas e você, tão magro...

    – Bem, Soot, acho que perdi meu coração.

    – Me desculpe, Alex. Eu te darei um novo, mas eu preciso de mais uma chance para isso. Por favor, me perdoe. Eu prometo que não disse aquilo de propósito, querido... Eu estava muito nervoso com tudo que estava me acontecendo, e me descontrolei. Sei que isso não me dava nem me da o direito de dizer aquilo para você, por isso venho aqui me desculpar, mas talvez seja tarde pelo seu perdão...
Eu te amo, Quackity. Me desculpe, meu anjo.

    Wilbur não ouviu nada, Alex não disse nada. E o silêncio se fez presente, e as expressões dos dois homens eram de tristeza, arrependimento. Mas, repentinamente, Soot sentiu algo...era um beijo sendo depositado em seus lábios. E depois, um beijo sendo separado, e uma porta fechada. O castanho não sabia o que aquilo tinha significado, mas esperava ser perdão.
    Ele olha para seu relógio, 00:15. Nenhum taxi estava na rua, o cacheado voltava andando para sua casa, a chuva caía, mas, quem se importava?

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sóporqueeuvicieinessamusica:3

Qualquer correção que deve ser feita, ou, dúvida é bem vinda 🤓☝️

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⏰ Last updated: Apr 24 ⏰

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00H15 (𝚝𝚗𝚝𝚍𝚞𝚘)Where stories live. Discover now