gelo e fogo a dança dos dragões

Red Keep

— "a rainha do povo". É assim que Rhaenyra está sendo chamada em todos os sete reinos — dizia o lorde Otto — precisamos fazer algo a respeito

— fazer oque? Devo enfeitiçar a população para não gostarem daquela puta? — Alicent pergunta irônica — essa maldita viagem que Rhaenyra inventou, era justamente para isso, ela quer que o povo a ame — ela falava

— e está conseguindo minha rainha — lorde Lannister disse — ela é aclamada por todos os lugares que passa

— não só pelos lugares que passa — continuou Larys Strong, o filho mais novo de lorde Lyonel havia conseguido a confiança da rainha e do lorde mão e já ajudava os dois em seus planos — nas terras fluviais a população já é apaixonada pelo "jovem deleite do reino" — falou em ironia — Eles a vêem como um símbolo heróico. Uma frota com o estandarte Targaryan e Velaryon livrou a costa e os largos rios das terras fluviais, dos piratas que os assolavam. Os soldados desses navios espalharam em cada taberna, bordel e pocilga das terras fluviais, que eles foram enviados até lá por Rhaenyra. E tem mais, eles conseguiram capturar outros navios, que agora fazem parte da frota dela, fora o ouro que eles tiraram dos piratas, e não foi pouco ouro

— isso é ridículo. Aquela garota insolente enviou navios para batalhar dentro do nosso reino — Otto falava

— seu incompetente  — Alicent gritou em direção ao pai, deixando todos surpresos — ela fez oque nós deveríamos ter feito. Você como mão do rei deveria ter aconselhado ele a se livrar dos piratas nas terras fluviais, seria menos um feito nas costas daquela puta — Alicent diz — agora temos que lidar com o problema da Rhaenyra sendo exaltada como heroína

— não levante a voz para mim — Otto disse com a garota, que agora era uma rainha, ela só o olhou e riu em escárnio — ela ter o apoio da população não a ajuda em nada, ela precisa do apoio dos lordes, ela precisa de um exército, e isso ela não vai conseguir no meio do povo sujo e pobre de nenhum dos sete reinos —

— meu inteligentíssimo pai — Alicent disse em uma falsa calma — por favor, tente governar um reino sem o apoio de seu povo. — ela disse para o velho — não dá. É impossível. — ela concluiu

— vossa graça tem razão — o Lannister disse — se botarmos em prática o plano de colocar o príncipe Maekar no trono, não podemos ter toda a população dos sete reinos a favor da princesa Rhaenyra. Temos que ter o apoio deles

— e como sugere que façamos isso? — Otto perguntou

— a princesa Rhaenyra viaja por aí, salva reinos de invasões piratas, faz caridade e agracia a população por onde passa com a sua presença — ele diz — oque você faz, vossa graça? Me perdoe, mas a quanto tempo seus súditos não vêem o seu rosto nas ruas de Porto real? Rhaenyra faz com que as pessoas a amem, já vossa graça, a população nem a conhece

— ele tem razão minha rainha — Larys diz

— agora terei que me misturar com aquela gente suja e fedorenta das ruas de Porto real? — ela pergunta de maneira retórica — jamais. Não vou me misturar com aquele povinho

— se vossa graça quiser ter pelo menos o apoio do povo da capital, tem que tentar — Jason Lannister disse

Alicent para e pensa um pouco

— quantos orfanatos existem em Porto real? — alicent pergunta

— quatro — Otto responde — um bem antigo, construído no início do reinado de jaehaerys, por ordem de Alyssanne, outro construído por Aemma, e dois foram feitos a pedido da princesa Rhaenyra a cerca de dois anos atrás

— bom, então já sei oque farei — Alicent diz e vai em direção a saída do escritório de seu pai

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