Under The Willow Tree | Draco Malfoy

Capítulo 4: Ele Provavelmente Merecia Isso

Draco Malfoy | 3° Ano

Ele piscou e abriu os olhos, sendo logo cercado pela luz do sol. Ele podia sentir o calor em sua pele, envolvendo-o e cobrindo-o como um cobertor de segurança e conforto. Draco podia ouvir claramente o zumbido das cigarras em algum lugar próximo, e ele sabia que devia ser por causa do início do verão, mas de qualquer forma, ele não se importava em qual estação do ano ele estava, mas ele estava muito mais interessado em saber onde ele estava e quem era a garota loira ao lado dele.

A luz do sol parecia pálida em comparação com esta garota loira. Os dois estavam deitados lado a lado na grama espessa sob um salgueiro de cores vibrante. Deve ser final de primavera, Draco concluiu.

Draco desviou sua atenção dos galhos balançando acima dele e do sol que aquecia agradavelmente todo o seu ser. Em vez disso, ele focou sua atenção na garota ao lado dele. Ele não conseguia ver o rosto dela já que ela estava olhando para algo do lado contrário ao dele, mas a risada da garota soou melodiosa aos ouvidos de Draco.

Ele ergueu a mão e tocou os fios de cabelo dourados que se espalhavam pelas costas dela e então ele notou um par de brincos pendurados nas orelhas da garota. Ele estendeu a mão para inspecioná-los mais detalhadamente, mas ela moveu a cabeça antes que ele pudesse fazê-lo. Ele pensou que poderia haver sóis pendurados no metal do brinco e ele acredita que nada poderia combinar mais com ela. A luz do sol era seu acessório porque ela brilhava tanto quando o sol.

- Draco, o que você está fazendo? - Ela soltou uma risada. Ela começou a virar o rosto para olhar para ele, mas Draco foi então tomado em uma escuridão repentina.

Draco sentou-se em sua cama em seu dormitório, respirando ofegante. A escuridão praticamente preenchendo todo o seu quarto contrastava fortemente com seu sonho, e ele tinha certeza de que era uma piada de mau gosto, só para mecher com ele. É claro que ele gostou da experiência de ter o sol lhe aquecendo só para ser jogado no frio novamente.

Ele arrancou as cobertas bufando e caminhou até o banheiro, sem se importar com quem ele acordaria no processo. Ele fechou a porta do banheiro e foi até a pia. Ele jogou um pouco de água fria no rosto, mas não funcionou para apagar a saudade que permanecia depois daquele sonho. Ele ficou furioso por nunca ter visto o rosto daquela garota loira.

Draco gemeu e secou o rosto em uma toalha. Sua pele estava quente e bronzeada, e ele franziu a testa ao pensar isso.

Meu sonho impactou na vida real? Não, não, isso não é possível, é?

Ele apoiou os cotovelos no balcão d pia e colocou o rosto nas mãos. Claro que é possível, ele concluiu. Eu sou um bruxo, então quem sabe que piadas cruéis o universo pode pregar em mim.

Agora, seus pensamentos não paravam de girar em torno daquela garota loira que ele não tinha como encontrar, e mais uma vez, ele sabia que aquela era a forma do universo de puni-lo. Ele sabia que provavelmente merecia isso.