Uma coleção de gatinhos (Oneshot Bajifuyu)

Capítulo único.

Nota: Créditos aos criadores das imagens.
Desculpe quaisquer erros.

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Eu gostava muito de gatos, muito mesmo. Se fosse a minha casa veria que é quase um gatil. Mas eu não sabia que o Chifu também gostava tanto desses bichanos.
Certo dia a gente estava conversando sobre o que cada um gosta e ele deixou escapar que gosta de felinos. Nesse momento é claro que um sorriso de satisfação saiu de meus lábios e desatei a falar sobre meus gatos, ele me pediu para ver e então combinamos que ele viria na minha casa hoje, mas ...isso aqui está uma bagunça para receber um...amigo.

Eu precisava ser rápido, havia ração espalhada por todo lado, um cobertor jogado no sofá, a louça para lavar. Arregacei as mangas e comecei a limpar a casa. Quando terminei suspirei de satisfação, estava tão limpo que parecia um espelho.
Depois de tudo fui fazer uns biscoitos e café para esperar Chifuyu, quem disse que não sou prendado? Na verdade fiz curso de improviso.

Não demorou muito, ouvi alguém bater na porta, fui abrir e lá estava ele, Chifuyu sorriu ao me ver e eu não era diferente.

- Vamos, entre e fique a vontade.

Sei que ele só veio ver meus gatos, mas quem sabe ele não aproveita um pouco mais aqui, não é mesmo?

- Você limpou toda casa?

- Ah você notou? Limpei sim, também fiz biscoitos e café, me acompanha?

Perguntei sorridente, vi ele olhar um pouco a casa e logo me devolveu o sorriso.

- Claro, sabe que eu amo biscoitos caseiros?

- Não?! Isso é sério? Aposto que nem sabia que eu fazia, não é?

Perguntei removendo uma almofada do sofá para ele sentar, como assim ele o fez.

- Mas onde estão seus gatinhos?

Perguntou Chifuyu curioso, afinal ele veio só para isso, não é?

- Já já eles devem aparecer, eles ficam meio tímidos com estranhos
E bem, você não costumava vir mais aqui.

- Desculpa, acho que acabei ficando sem tempo e, você também com essa coisa toda de gangue.

Cocei a nuca compreendendo, é verdade. Ainda mais sendo capitão de uma divisão.

- Mas vou trazer o café, já volto.

Fiquei um pouco constrangido quando falamos sobre termos nos distanciado, realmente não foi só culpa dele. Mas agora estou tentando nos reaproximar. Eu senti falta disso, mas se falar sobre, ele pode pensar que sou muito emocionado.

- Ah oi, amigo, seu nome qual é?

Disse Chifuyu abaixando um pouco para alisar um gatinho amarelo que passava se esfregando em suas pernas.

- Esse é o Manteiga.

Disse quando voltei a sala, já com uma bandeja com duas xícaras de café e um prato com biscoitos quentinhos, recém saídos do forno.

- E aquele outro escondido alí embaixo da estante é o Café.

- Você é bem criativo pra nomes, Baji-san.

- Ah, você acha? Eu só dei a eles nomes de coisas que eu gosto.

Disse levando uma mão até minha nuca coçando, meio sem jeito. Eu acho que penso um pouco demais em comida quando vou dar nomes aos meus mascotes.

- Bom, está servido, espero que goste.

Disse vendo ele abrir aquele sorriso fofo que me aquecia o coração e se abaixar para pegar a xícara de café e em seguida um biscoito. Esperei ele provar e dar um veredicto.

- Hum, está delicioso!

- Obrigado, é receita de família, que bom que gostou.

Respondi já todo bobo, enquanto também bebericava um gole do meu café.

- Porque nos distanciamos mesmo?

Eu não esperava essa pergunta vindo dele, fiquei estático por um momento e pensei um pouco, acho que foi depois que...eu havia até me esquecido. O dia que Chifuyu se declarou para mim...olhei para baixo e pensei, ele não deve mais gostar da  mesma forma mas, eu não soube como reagir naquele dia...

- Porque você não me respondeu aquele dia? E está fazendo isso de novo.

Ele me colocou "contra a parede" dessa vez. Levantei a cabeça o olhando surpreso, ele parecia mais decidido a saber a resposta do que aquele dia, ainda me lembro, ele estava tão tímido. E eu recém havia sido nomeado capitão da primeira divisão. Eu não queria desviar meus pensamentos, planos e tinha medo de que um possível relacionamento atrapalha-se nosso desenvolvimento na gangue, até porque trabalhávamos juntos. Também tinha aquele pequeno receio de não sermos aceitos, era mais por ele do que por mim. Não era comum esse tipo de casal entre as gangues, quando nem mesmo Draken e Manjiro se assumiam.

- Acho que foi por medo, de que não nos aceitassem ou, acabasse interferindo nas missões. Eu não sei, só estava preocupado com você, nem era comigo, não me importava muito de ser rejeitado pela gangue ou zuado por aí, mas eu não sabia como seria com você...

- Eu sei me virar, você podia ter dito a verdade.
Mas sabe, eu nunca te esqueci.

Aquilo entrou como uma flecha no meu peito, ele nunca me esqueceu? Eu fui tão covarde e mesmo assim...larguei a xícara sobre a mesinha de centro e peguei nas mãos dele, tão calejadas pelas brigas, tantos socos que já deram, e mesmo assim acho tão lindas.

- Me desculpe por ter sido um covarde? Eu posso tentar me redimir... De alguma forma?

Acho que ele não vai mais querer tentar, mas se me deixar pelo menos estar ao seu lado, já me satisfaz.

- Eu não estou zangado, se estivesse não estaria aqui agora. Na verdade, tem algo que você pode fazer.

– Sim, o que? Me diga qualquer coisa que eu faço, me deixa recuperar o tempo perdido...

– Me aceitar como seu namorado...e segundo pai de seus filhotes.

– Filhotes, que filhos?

Perguntei confuso, eu não tenho filhos, nunca nem me relacionei com garota nenhuma, afinal, eu também não tirei o Chifuyu da cabeça.

– Ora, estou falando dos seus gatinhos.

Respondeu o loiro me fazendo rir, enquanto um gato malhado de branco e amarelo e um círculo preto envolta do olho subia no colo dele.

– E esse, qual é o nome dele?

– Chifuyu.

Disse o fazendo relembrar do que eu disse sobre dar aos meus gatinhos nomes de coisas que eu gosto.

– Ah e minha resposta pra sua proposta é sim. Parabéns, agora você também tem filhotes pra cuidar. Mas não se preocupe, pois quem vai cuidar de você, sou eu.

Disse pegando nas mãos do loiro com um sorriso no rosto, enquanto ele afagava o gatinho com o nome dele.

                                                               Fim.