— E namoro, algum interesse especial no momento? — ela perguntou, olhando-me diretamente.

Pausei, sentindo o peso da pergunta, e respondi com cuidado:

— Ah, estou só me focando em mim mesma por agora, mãe. Namoro não é prioridade no momento, prioridade é a minha faculdade.

Ela pareceu aceitar minha resposta, acenando levemente.

— Isso é bom. É importante se conhecer bem antes de se envolver seriamente com alguém — ela disse, continuando a comer.

A conversa desviou-se para outros tópicos, como planos para o futuro e comentários sobre eventos familiares recentes. Participei ativamente, aliviada por minha mãe não aprofundar mais em minha vida amorosa.

Após o jantar, ajudei a limpar a cozinha, ainda pensando sobre a tarde com Puma. Subi para o meu quarto depois de tudo limpo, e enviei uma mensagem para Puma:

— Chegou em casa bem?

Ele respondeu rapidamente:

— Sim, e obrigado por hoje. Precisamos ser mais cuidadosos, mas valeu cada segundo.

Sorri para a tela do celular.

Depois de confirmar que Puma tinha chegado em casa seguro e trocar algumas mensagens com ele, eu me virei para o monte de livros espalhados pela minha mesa. O primeiro semestre da faculdade de medicina estava quase acabando, e eu realmente precisava focar.

Peguei meu livro de anatomia, que estava aberto na página sobre o sistema cardiovascular. Eu sabia que tinha que entender isso direitinho, então comecei a fazer anotações e desenhar esquemas no meu caderno, tentando fixar tudo na memória. Estudar medicina é super puxado, mas eu tô determinada a me sair bem.

Fiquei várias horas ali, alternando entre o livro e as minhas anotações, totalmente focada. Era um saco ter que estudar tanto, mas eu sabia que valeria a pena no final. Entre um diagrama e outro, minha cabeça até dava uma viajada, pensando no Puma, mas eu logo me forçava a voltar para os livros. Eu quero muito ser médica, então não posso deixar nada me distrair muito, nem mesmo um romance. Assim, fui até tarde da noite, fazendo o possível para me preparar para as provas.

Sábado
09:00 Da Manhã.

Sábado de manhã e meu celular vibrou com uma mensagem que já fez meu dia: era o Breno, já jogando aquele plano top pra cima de mim. "Bora passar o fim de semana no Rio? Vai ser foda!" Ele sempre tem essas ideias de última hora que são as melhores, não tem como negar.

Respondi na hora, super animada: "Com certeza! Que horas a gente sai?" Nem acreditei que estava topando isso com tão pouca antecedência, mas às vezes é isso que você precisa, sabe? Uma escapada da rotina pra esquecer da vida.

Logo depois, Breno me ligou e falou todo empolgado: "Pensei em pegar a estrada por volta das três da tarde. Dá tempo de você se organizar?" Ele sempre faz tudo parecer fácil e divertido.

"Claro, vou arrumar minhas coisas agora mesmo," falei já correndo pelo quarto, pensando no que levar. Puxei a mochila de sempre e comecei a enfiar um biquíni, um short, umas blusinhas, chinelos, claro, um montão de protetor solar.

Enquanto eu arrumava minha bag, não parava de pensar no quanto seria legal descansar um pouco, curtir a praia, dar umas risadas com o Breno e quem mais fosse se juntar. Breno é aquele tipo de amigo que sempre faz tudo ficar mais leve e divertido, mesmo que a gente só esteja sentado na areia olhando o mar.

(...)

Quando bateu três horas, ouvi a buzina do Breno e desci correndo, já sentindo a vibe do fim de semana. Joguei minha mochila no porta-malas, dei tchau pra minha mãe e pulei no banco da frente.

Lance BandidoМесто, где живут истории. Откройте их для себя