•Capítulo 4•

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Ayume Martins.
19:00 Da Noite.

Após uma tarde inteira de sexo, fui acordada pelos suaves toques na porta do quarto. A luz do entardecer já filtrava pelas cortinas, tingindo o ambiente com tons de laranja e vermelho, revelando o contorno de Puma, ainda profundamente adormecido ao meu lado, seu braço ainda em volta de minha cintura.

— Querida, está tudo bem aí dentro? — A voz de minha mãe atravessou a porta com uma mistura de preocupação e curiosidade.

— Estou bem, mãe! Só estava tirando um cochilo. —respondi rapidamente, minha voz um tanto abafada pela pressa em não revelar o que realmente ocorria ali dentro.

— Preparei o jantar. Desce quando estiver pronta. —ela informou, já se distanciando da porta.

— Estarei aí em alguns minutos! — eu disse, esperando ouvir seus passos se afastando antes de me voltar para a tarefa urgente à mão.

Olhei para Puma, cuja respiração ainda era tranquila e ritmada, sinal claro de que o sono o mantinha alheio ao meu dilema. Com suavidade, mas com uma certa urgência, comecei a sacudi-lo suavemente pelo ombro.

— Puma, acorda. — sussurrei. — minha mãe está em casa. Você precisa vazar.

Ele piscou, confuso, antes de a realidade o atingir. Rapidamente, compreendeu a situação e se sentou, esfregando os olhos.

— O que eu faço? — ele perguntou, olhando em volta como se procurasse uma rota de fuga.

— Pode usar a janela do meu quarto para sair. Vai dar no quintal dos fundos, e de lá você pode pular o muro sem que ninguém veja. — expliquei, enquanto ajudava a reunir suas roupas que estavam espalhadas pelo quarto.

Ele assentiu, vestindo-se rapidamente e movendo-se em direção à janela. Abri-a com cuidado, verificando antes se não havia sinal de minha mãe ou de qualquer outra pessoa por perto. Puma lançou-me um olhar agradecido e preocupado.

— Nos vemos depois? — ele murmurou, uma nota de esperança misturada com a preocupação em sua voz.

— Claro. — sussurrei, dando-lhe um rápido beijo. —Me manda uma mensagem assim que chegar em casa.

Ele acenou positivamente, e com agilidade, escalou a janela e desapareceu. Fechei a janela cuidadosamente, arrumando rapidamente o quarto para eliminar quaisquer sinais de que alguém mais estivera ali.

Respirando fundo para compor-me, desci para juntar-me à minha mãe no jantar, coisa que era bem estranho um jantar a essa hora.

Ao entrar na cozinha, vi minha mãe servindo a comida nos pratos. Ela me olhou brevemente e comentou, com um sorriso suave:

— Demorou um pouco no seu cochilo, não foi?

— Sim, eu estava realmente cansada. Acho que precisava recuperar o sono — respondi, tentando manter a calma enquanto me sentava à mesa.

Ela assentiu, passando-me um prato.

— Espero que você esteja se sentindo melhor agora que descansou. O jantar está simples, fiz seu prato favorito, espero que esteja do seu agrado.

— Está perfeito, mãe. Obrigada — disse, sorrindo, tentando focar na comida.

Enquanto jantávamos, minha mãe continuava a conversa, passando de assuntos triviais para algo um pouco mais pessoal:

— Então, querida, como estão as coisas com os amigos? Alguma novidade?

— Nada de novo, realmente. Todos estão ocupados com suas coisas, sabe como é — respondi, mantendo meu tom neutro.

Lance BandidoWhere stories live. Discover now