- Nem sempre temos um final feliz, mas às vezes é na escuridão que encontramos a luz que nos guia adiante.
Amigos de infância com sentimentos despertados. Um amor intenso e genuíno, no entanto, quanto uma tragédia terrível os separa de maneira brut...
Sorri para Heitor enquanto caminhamos observando o sol se pôr sobre o horizonte, tingindo o céu de tons amarelos e rosados. A nostalgia se misturava com a sensação de aventura que sempre sentíamos ali. As lembranças voltavam em nossas memórias.
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Flashback ～～～～ 10 anos antes.
Maya: Anda logo, Heitor - exclamou, seus olhos brilhavam de entusiasmo.
Heitor: já estou indo, já estou indo - falou correndo segurando uma caixa grande de metal e um monte de objetos dentro - Fala logo pra que toda essa pressa? E tudo isso aqui.
Maya: Vamos montar uma cápsula do tempo! - Heitor parou por um momento, confuso.
Heitor: não vai chamar os outros? - perguntou confuso.
Maya: André e o Miguel não param de jogar bola, Amanda e Esther quando eu acordei já tinham saído com a mamãe e a tia Caty pra cidade, só sobrou você, vem logooo - puxei Heitor pelo braço com força.
Chegamos embaixo da árvore ipê-rosa, próxima ao lago de patos. Pegamos a cápsula e começamos a enchê-lá com os objetos que trouxemos: desenhos, brinquedos, fotografias, uma corda que usamos para fazer uma cabana, e outras coisas importantes para nós.
Finalmente, enterramos a cápsula debaixo da árvore e prometemos que um dia voltaremos para tirá-la.
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Com pás em mãos, começamos a cavar em volta da velha árvore, nossa risada encheram o ar enquanto procurávamos.
Maya: Tenho certeza de que enterramos mais perto do tronco da árvore! - insisti pela quinta vez.
Heitor: Eu juro que foi por aqui - argumentou do outro lado, com um metro de distância do tronco.
Maya: Você só pode ter problemas de Amnésia! - Exclamei, surpresa quando Heitor me pegou desprevenida e começou a fazer cócegas na minha barriga.
Heitor: Tenho é? Sabe uma coisa que eu não esqueço? Repita - Disse com uma expressão ameaçadora, mas com um sorriso cafajeste nos lábios.
Me virei para encará-lo, e nossos lábios se encontraram em um beijo apaixonado. Por alguns minutos, esquecemos completamente o propósito pelo qual estávamos ali.
Mas logo nos lembramos da cápsula e voltamos nossa atenção para ela.
Finalmente, encontramos o metal da cápsula, e desenterramos com cuidado.
Sentamos na grama macia, abrimos a cápsula e fomos inundados por uma enxurrada de memórias.
Ficamos ali, um bom tempo, relembrando cada momento como se fosse ontem. Fotos desgastadas pelo tempo nos transportavam de volta à inocência da infância, onde sorrisos puros iluminavam nossos rostos. Bilhetes amarelados traziam à tona palavras de amizade e promessas feitas em meio a risadas e segredos compartilhados. Pequenos objetos, tesouros preciosos, agora guardiões de lembranças tão vívidas como se tivessem acontecido apenas ontem.
Heitor: Tive uma ideia - olhei para ele curiosa - quer fazer outra cápsula? Só que dessa vez com cartas um para o outro.
Meu coração se encheu de emoção, eu assenti com muito entusiasmo.
Maya: mas só vamos poder abrir as cartas daqui um ano, e juntos! - Heitor assentiu.
Heitor: na carta vamos falar o que sentimos um pelo outro, nossos pensamentos, segredos e nossos sonhos mais profundos. E no futuro, poderemos nos lembrar de como nos sentíamos nesse momento, no auge da amizade e do amor.
Era mais do que apenas cartas; era uma maneira de deixar um pedaço de suas almas para o outro, um presente intangível que transcendia o tempo e o espaço.
Heitor: Eu vou buscar papel e caneta, já volto - assenti e ele foi buscar as coisas para que nós pudéssemos escrever.
Por um instante, me perdi em meus próprios pensamentos, apesar de todos esses momentos felizes que estávamos compartilhando juntos, Heitor estava diferente, parecia que ele carregava um mistério oculto atrás de um sorriso cativante. Era como se houvesse uma parte dele que ele não compartilhava comigo, mesmo que tentasse disfarçar.
Fui dispersa de meus pensamentos quando Heitor me deu um beijo na bochecha.
Heitor: tá aqui - jogou um caderno, uma caneta e um envelope nas minhas pernas.
Cada um começou a escrever sua carta. E um silêncio leve percorreu.
Quando terminamos, colocamos as cartas dentro da cápsula, junto com todas as outras coisas que tinha, guardando lembranças de diferentes fases das nossas vida.
Eu e Heitor nos aproximamos, o calor entre nós se intensificou, ele me encarou com desejo ardente, sem dizer uma palavra ele me puxou para mais perto, nossos lábios se encontraram em um beijo voraz.
Heitor: vamos para casa, Maya? Para o quarto, especificamente - ele sussurrou, com a voz carregada de desejo.
Eu assenti, também tomada pelo desejo.
Quando chegamos em casa todos estavam no cercado olhando os cavalos.
E quando finalmente chegamos em casa, nos entregamos um para o outro.
Enquanto nos entregamos ao calor do momento, nossas roupas viraram um obstáculo, um lembrete irritante de que ainda havia algo nos separando. Com mãos ágeis e determinadas, nos livramos das restrições do tecido, revelando as peles que ansiavam pelo toque um do outro.
Heitor me deitou suavemente sobre a cama, seus olhos devoravam cada curva do meu corpo, com uma luxúria incontrolável, ele explorou cada recanto, provocando suspiros de prazer que ecoavam pelo quarto.
Estávamos finalmente em um único movimento, cada toque, cada suspiro era uma explosão de paixão ardente. Não havia espaço para nada além do calor dos nossos corpos e a batida acelerada dos nossos corações.
Juntos alcançamos o ápice, nos perdendo um no outro em um amor ardente que nos deixou ansiando por mais.
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