𝘚𝘖𝘉𝘙𝘌𝘕𝘈𝘛𝘜𝘙𝘈𝘓 --( 𝘒𝘐𝘓𝘓𝘜𝘈 𝘹 𝘖𝘊 𝘎𝘐𝘙𝘓)

𝗖𝗮𝗽í𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟯𝟬: Gente Estranha

— E eu sou Jason! Irmão gêmeo de Adam! — O outro garotinho se juntou ao lado do irmão gêmeo, Adam, e ambos sorriram, a única diferença deles é o crachá que tem em suas roupas.

Na blusa de Adam há um crachá com seu nome, e no do Jason tem o seu.

— Gêmeos? Jura? Eu nem...iria perceber. — Murmuro com um sorriso confuso, enquanto observo eles e os outros.

Pra mim tudo aqui é igual, só muda o gênero e a idade.

Uma garota dá uma risada compreensiva.

— Eu sou Olívia. — Ela se apresenta com um sorriso animado.

— Prazer, Olívia.

— O prazer é todo meu.

A garotinha mais nova se aproximou mais, aquela que perguntou se eu estava bem, ela se aproximou até pegar minha mão e a apertar de leve, com as bochechas coradas. Meu coração derrete ao encarar os olhinhos puros e brilhantes, como os meus, violetas.

— Eu... Eu sou Annie! — Ela exclamou, o cabelo roxo tinha uma trança presa com um laço azul claro.

Respiro fundo, sentindo o coração amolecer de uma forma arrasadora— Agora sei do porquê Jack nunca quis me dar sermão na infância— Abro um sorriso carinhoso, passando a mão pelos fios roxos da mais nova.

— Que nome lindo, Annie. — Annie sorri ainda mais com o elogio, e meu coração derrete na mesma velocidade.

— Obrigada. — Ela balbuciou, e a garota mais velha pós a mão no ombro dela.

— Eu sou Maya! — Uma outra garota desceu da árvore, erguendo os braços, se jogando contra mim, passando os braços ao redor dos meus quadris, quase me derrubando.

— Toma cuidado, Maya. — Um garoto avisou. — Sou Andrew, e esse é meu irmão Stanley.

Ele sorriu e puxou um garoto mais novo, o Stanley.

Quanta criança ainda falta? E por que eles se parecem uma cópia fiel minha?

— Sou Scott, irmão de Annie. — Ele coça a cabeça, um bocejo desanimado escapa dos lábios dele.

— E eu sou Amber, irmã mais velha de Scott e Annie. — Ela se aproxima, colocando a mão em meu ombro com muita intimidade.

Você pode ser bonita, principalmente por se parecer comigo, mas eu não te dei essa liberdade.

— É você mesmo.. — Ela murmura, seus olhos violetas pareciam mais vazios do que os dos outros, você não encontra algo certo quando a encara. Você só se perde naquele naquele olhar vazio.

Engulo em seco, os olhos violetas me analisam com um carinho que nunca recebi de alguém que não seja meus familiares. Ela me encara como se pensasse em como foi minha vida miserável, e pude encontrar lamentação na aura que ela emana.

Que deprimente e lindo

Amber pega meu rosto, colocando uma mão em minha bochecha, erguendo o rosto que tanto se parece com o dela. O polegar alisa minhas bochechas coradas pela situação vergonhosa.

— É você mesmo, ouvi ele falando de você uma vez. — Ela desvia o olhar, observando as coisas ao redor como se conferisse algo, então retorna a me encarar.

— É o quê? — Quase engasgo, sentindo minhas bochechas queimarem, e desvio o olhar.

Nem te conheço

— Ah! Que falta de respeito! — Ela deu um tapa na própria testa, soltando meu rosto.

— É! Que falta de respeito. — Murmuro piscando incrédula.