Visitando o hospital

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A dor erradicava para meu pé direito, já senti esta dor uma vez, tinha dez anos, estava na educação física e tropecei em um buraco tão pequeno que parecia idiotice, a dor era forte, mas não doía como quando alguém quebrava o osso. Sabia que foi só uma torção, esperei um pouco e voltei a me levantar. Por alguns segundos fui meio carregada até o elevador do prédio, Jessy queria rir da minha cara, mas percebi que estava segurando o riso porque sabia que a xingaria. No elevador, estava um silêncio, eu olhando para sua cara e ela para minha, a risada que saiu de sua boca fez com que corasse meu rosto de vergonha, ela sabia que sempre fui desastrada e estabanada. Nossa risada foi interrompida por um trovão tão alto que senti que ia acontecer algo. O elevador para a a luz que havia dentro apagou.
- Ah não! Caiu a força! Merda!
Peguei o celular e liguei a lanterna. Quando a olhei, não parecia mais ela, estava com o rosto tão pálido e seus olhos perderam o brilho. Percebi que estava ficando nervosa e desesperada.
- Amor calma! O que mais precisamos agora é isso, me ajude aqui! - fui até a porta do elevador e comecei a gritar por ajuda, não demorou muito para Jessy perceber que eu estava certa e começou a gritar.
Não tenho certeza, mas acho que ficamos cinco minutos gritando, mas não adiantava, ninguém estava nos escutando. Naquele momento eu comecei a ficar nervosa, no entanto não podia, coloquei a mão em seu ombro tentando dizer o mais calma que tínhamos de esperar. Me sentei no canto e a chamei para ficar comigo. Dava para ver que estava querendo chorar de tão nervosa, mas sentou-se ao meu lado para esperar. Quando toquei em sua mão cheguei a me assustar, tremia muito.
Desde quando a conheci descobri uma coisa que a acalmava, mexer em seus cabelos, foi o que fiz.
- Amor, encosta aqui. - não demorou para perceber que queria acalmá-la, se abaixou e deitou a cabeça em meu ombro. Passou dez minutos e vi que Jessy cochilou, mas começo a passar mal, fiquei ofegante, com muita falta de ar. Não pensei duas vezes e acordei Jessy:
- Amor, - respirei fundo - acorda e me ajuda! To passando mal!!!!
Passou mais cinco minutos e minha visão começou a ficar turva, me encostei na parede e dei mais um grito. Possivelmente passou-se mais alguns minutos quando eu me deparei com uma coisa em minha boca, estava deitada em algum lugar, não lembro de chegar ali, vi um homem de quarenta anos na minha frente e Jessy falando que ia ficar tudo bem e que estávamos a caminho do hospital. Não lembro de mais nada acontecer...

Love Be Here ( romance lésbico )Where stories live. Discover now