Num mundo onde as escolhas são luxos raros, duas jovens lobas cada uma com poderes especiais, têm seus destinos entrelaçados desde o nascimento.
Lutas que terão que enfrentar a partir do momento que encontram seus destinados companheiros, ambos Al...
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As lembranças do que aconteceu ecoam em minha mente. De repente, o rugido de seu lobo ressoa na minha memória.
" Companheira!"
Minha respiração fica presa na garganta, e minhas pernas parecem congelar no lugar. Ele me observou com um olhar longo e ficamos em silêncio, apenas os olhos falando.
Talvez fosse surpresa, talvez uma emoção indefinida.
Não saberia dizer se ele estava feliz por encontrar sua companheira, mas o choque era evidente em meu olhar. O poder que fluía do meu companheiro era triplo do que senti com o outro pela manhã, deixando-me paralisada no lugar.
Quem poderia ser ele? O primo do Supremo? Acho que não, poder que fluía dele era muito forte. Já que eu encontrei com o próprio mais cedo, sendo ele companheiro de Alana.
Na pressa, chegamos em casa, assustadas. O ambiente ficou carregado com a tensão do que acabara de acontecer. Sem trocar muitas palavras sobre o ocorrido, cada uma se dirigiu silenciosamente para o seu quarto.
Aqui estou, inquieta, tentando desvendar os acontecimentos enquanto busco algum conforto no silêncio do meu quarto.
Subitamente, um ruído corta o silêncio, e meu corpo reage instantaneamente. Salto da cama, ficando em posição de ataque. A porta do meu quarto é empurrada com força, fazendo um estrondo quando atinge a parede.
Que merda é essa... murmuro interiormente ao ser surpreendida pela entrada brusca de Lana
- Vamos dormir juntas hoje! Tem como você dar uma ajudinha? - pergunta, com a cabeça curiosa adentrando meu quarto.
Seu olhar encontra o meu, e pela expressão em seu rosto, percebe que sua tentativa de "invasão" não foi a melhor ideia, o que a faz começar a rir.
- Desculpa, Lissa. Essa não era minha intenção assustar você. - continua rindo. - Pensei que você sentiria meu cheiro.
- Isso nem passou pela minha cabeça, mas também não lhe dá o direito de fazer o que fez no meu quarto. - aponto para o quase estrago causado pela porta.
- Largue de ser chata e vem me ajudar.
- É sério?
- Eh! Acabei exagerando na hora de trazer as coisas e houve um pequeno acidente.
Caminho para fora do quarto e vejo a coberta jogada no chão, junto com o travesseiro, e o colchão encostado no guarda-corpo. Não só encostado, mas também com seu forro todo rasgado e uma das pontas do guarda-corpo, próxima ao corrimão, completamente destroçada.
Fico perplexa diante do cenário caótico, sem conseguir conter uma risada nervosa.
- Isso aqui está mais para uma destruição em vez de um pequeno acidente.
Lissa, com uma naturalidade surpreendente, tenta justificar o ocorrido.
- Não tive culpa, o forro do colchão acabou ficando preso, e não pensei na hora quando dei um chute. - Sua explicação soa inacreditável.
