Capítulo 5

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Passei mais de uma hora diante do guarda-roupa, ponderando sobre a escolha do traje perfeito para o dia

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Passei mais de uma hora diante do guarda-roupa, ponderando sobre a escolha do traje perfeito para o dia. Acabei optando por uma calça social preta, uma camisa branca de tecido macio e um blazer preto que conferia um toque de elegância ao conjunto. Para manter uma abordagem mais casual, escolhi calçar meus tênis brancos favoritos.

 Meu cabelo, que normalmente fluía solto, decidi prendê-lo em um coque despojado, permitindo que alguns fios se soltassem para criar um efeito mais natural.

Uma maquiagem rápida, realçando meus traços, seria o complemento perfeito, mas o relógio não estava a meu favor, pois já estava atrasada para o trabalho.

Saí de casa apressada, acompanhada por Alana, e seguimos em direção ao seu carro. Ao chegarmos na empresa, uma cena de corre-corre nos recebeu. Esta semana havia começado agitada, especialmente com o retorno do Supremo à cidade. 

Todos estavam apreensivos, sem entender exatamente a razão por trás dos recentes ataques da Alcateia Lua Nova. Além disso, no ambiente corporativo, o chefe estava exigindo uma apresentação detalhada de todos os projetos desenvolvidos durante sua ausência.

Enquanto caminhava em direção ao elevador com Alana ao meu lado, compartilhamos nossas preocupações em voz baixa.

— Precisamos fazer o máximo para não sermos percebidas por ele — comentei, referindo ao supremo.

— Sim, e o mesmo vale para o seu primo. E torcemos para que ele não tenha descoberto sobre nós ainda. — diz Alana. — afinal ele é o Supremo, nada se passa aos seus olhos. 

Desde que chegamos à cidade, nossa mãe, Amélia, decidiu não nos registrar oficialmente neste território, preocupada com nossos poderes e com um perigo que nunca explicou completamente. Como resultado, vivemos afastadas da cidade, numa região que não pertencia a nenhuma alcateia ou clã em particular.

— Vira essa boca pra lá, Lana. Nossa mãe pediu para sermos cautelosa e mantermos tudo em segredo. É o que vamos tentar fazer.

— Mesmo que eles sejam nossos companheiros? Tenho certeza de que nossa mãe mexeu os pauzinhos para que pudéssemos trabalhar nesta empresa sem levantar suspeitas.

— Ainda não temos certeza de que eles são nossos companheiros. Não devemos tirar conclusões precipitadas. Nosso foco agora é passar despercebidas por eles até nossa mãe voltar de viagem.

— Certo, Lissa. Qualquer coisa de diferente me avisa, e cuide-se — diz Alana com um olhar de confiança enquanto a porta do elevador se abre, e ela segue para o seu setor. Também me despeço dela e aguardo para chegar ao meu próprio destino.

Ao sair do elevador e seguir em direção à minha sala, a atmosfera de paz que antes dominava o ambiente se desvanece instantaneamente, dando lugar a duas sombras que se colocam à minha frente: Estella e Katrina.

Logo na minha primeira semana de trabalho aqui, acabei esbarrando acidentalmente em Katrina e derramando meu suco sobre ela. Desde então, ela nutre um rancor evidente contra mim.

Lunas Entrelaçadas: A jornada do DespertarWhere stories live. Discover now