capítulo 1: farewell

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Aproveite como se estivesse saboreando sangue de seus lábios. E não os deixe penetrar em sua mente... os dominando para sempre. Depois daqui será um caminho sem volta.

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Pela manhã, já não foi exatamente um dia comum no orfanato. Fomos acordados às pressas, todas as garotas foram mandadas irem para o banho, inclusive eu.

-andem... - a diretora junto as suas funcionárias, começou a bater de porta em porta no corredor. -levantem e vão para o banho.

Ninguém sabia o que estava acontecendo. O internato em um minuto virou um desastre - tudo começou a dar errado: a diretora perdeu todas as encomendas dos novos uniformes, uma das garotas adoeceu.

Do meu quarto se ouvia seus gritos ao telefone, parece estar furiosa com a loja em que ela pediu os uniformes.

[...]

Enquanto saia do chuveiro e passava pelo corredor para meu quarto, minha atenção foi chamada a um dos quartos do corredor, com a porta meio aberta. Me aproximei quando percebi que o assunto parecia ser importante, me encostei a orelha a porta e uma das garotas disse a outra:

-sim... Eu ouvi a diretora conversar ao telefone nesta madrugada - sussurrou. -e claramente ouvi ela dizer que a rainha queria adotar uma menina.

A garota começou a dar pulinhos e bater palmas de alegria.

-porra! - soltou a outra garota, desacreditada -não acredito que eu posso ser adotada pela rainha...

-claro que você não vai, garota. - interrompeu a outra -tem muito mais chance de mim ser adotada pela rainha do que você.

Ouvi passos se aproximar da porta e então me afastei, me encostei na parede ao lado fingindo esperar alguém no quarto ao lado.

Elas saíram do quarto e passaram por mim me encarando com a mesma cara que a Ailly faz quando está com raiva de alguém. Deixei as passar, para mim poder retornar ao meu quarto, fecho a porta atrás de mim e então começo a pular. Mordi os lábios tentando segurar a emoção meu coração acelerava de tanta alegria.

Podia não ser verdade que a rainha poderia certamente me adotar. Ou ser verdade de que a rainha passaria nesse orfanato. Minhas mão tremiam de nervoso por ser uma das candidatas a ela. Me controlo beliscando o pulso e ando até minha cama - pequena e enferrujada, o colchão velho e fino, que se deitando sente o estrado que suporta o colchão.

Retiro meu uniforme do baú aos pés da cama e me arrumo, parando em frente ao espelho ao lado da cama de Cathy um espelho quebrado: a parte de baixo com visão de um pedaço da cintura para cima. Não dava para ver nada além de cores, pois o espelho estava velho e desgastado: cheio de riscos e manchas.

Mas pude ter uma visão de como poderia ficar se visse a rainha no salão do orfanato - a saia desbotada, amarela e preta, e um uniforme com o nome grande no peito esquerdo do orfanato - Ereto minha postura e solto meus cabelos castanhos, que caiem em meus ombros.

-não - murmurei a mim mesma, quando vi que estava muito bagunçado e estranho.

Estiquei o elástico e puxei todas os fios para amarrar um coque... Um coque digno a realeza, para pelo menos eles repararem em mim. Prendi um coque simples e me virei de lado no espelho, tentando o arrumar. Mas o desprendi por não gostar ainda do jeito que eu quero, e tentei de outra forma: deixar solto, mas, com dias mechas da minha franja presa atrás com um elástico.

Diante De Seus Olhos Where stories live. Discover now