Sofia Martínez, é como um anjo, que deixa qualquer um apaixonado. Não só pela sua beleza, mas pelo jeito que a garota tem de tratar as pessoas à sua volta. O sorriso que tem em seus lábios, mesmo que debaixo da sua máscara encantadora, Sofia carrega...
Revirei os olhos tentando esconder o meu sorriso, o que fez Matteo suspirar pesado e olhar para a rua deserta a sua frente por breves segundos, antes de seus olhos encontrarem com os meus.
- não quero que você vá embora. - sua voz saiu baixa, me destruindo aos poucos. - Eu queria que você seguisse os seus sonhos. Se casar com um cara foda, que te daria todo o amor do mundo e seria pai dos seus filhos.
- eu não quero ir...- desviei o olhar para as minhas mãos. - não tô pronta pra casar, ainda mais com um homem que eu nunca vi na vida.
- relaxa, tá bom? - ele acariciou a minha coxa. - eu tô tentando manter a calma com isso tudo.
- Você mataria o nosso pai? - meus olhos foram pro garoto, que passou seus dedos em seu cabelo negro, o jogando para trás.
- com toda a certeza do mundo. - ele falou rápido. - Ele é horrível. E eu sei que mesmo que ele seja nosso pai, e mesmo que ela tenha feito mil barbaridades com você...você se importa com a vida daquele miserável. - Matteo revirou os olhos, levando sua cabeça para trás, a erguendo para cima e fechando os olhos.
Sim. Eu realmente me importava. Ele era sangue do meu sangue. E sim, eu admito também que desejei a morte dele todos os dias. Mas ele ainda era o meu pai.
- você deveria odiar ele. - Matteo tirou o mesmo maço de cigarro do bolso. - diferente da máfia italiana. Ele sempre traiu nossa mãe de baixo do nosso nariz. - ele riu anasalado. - eu já reparei nas olhadas que ele sempre te deu, quando você começou a formar um corpo Sofia. - Matteo levou seu cigarro até os lábios. - do jeito que ele lambia os lábios, como se você e as mulheres que ele já levou pro escritório dele, alegando que estava resolvendo assuntos. Ele via você como se fossem um pedaço de carne. - o moreno acendeu o seu cigarro, e meu corpo tremeu. - Você deveria não se importar. Ele não se importa com você, não se importa com a gente. Ele meteria um tiro na cabeça do próprio filho, só porque ele tentou tirar a irmã mais nova de um casamento forçado.
- você me tiraria do meu casamento? - cruzei meus braços, por conta do frio.
- com toda a certeza Sofia. Você é o meu mundo. - Matteo soprou a fumaça devagar, parecendo relaxar o seu corpo no banco vermelho da BMW.
Matteo continuou com os olhos fechados, não querendo manter contato visual comigo. Virei meu rosto olhando para janela do carro.
- eu sei que você desejou a morte dele. - a voz de Matteo era calma, me fazendo fechar os olhos e suspirar pesado.
- sempre desejei. - confirmei fechando os olhos.
- Maria.
- Maria? - virei o meu rosto, olhando pro garoto.
O cheiro da fumaça tóxica da droga entrou em meu nariz, me fazendo tossir. Matteo soltou a fumaça lentamente, abrindo os olhos. Seus olhos castanhos escuros encontraram com os meus, enquanto eu pedia para que ele continuasse.
- Maria é a mais velha da casa. Ela ouviu e viu tudo o que aconteceu nessa casa durante anos. Tudo oque as paredes escondem.
- você acha que tudo o que ele fez, foi por algum motivo do passado? - engoli em seco.
- Você acredita nisso? - Matteo negou com a cabeça, soltando uma risada irônica. - espancar a própria filha até ela não aguentar andar? - ele jogou o cigarro pela janela, e cruzou os braços. - eu sei o'que você sentiu, sof.
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