இ 02 | Correr Para Sobreviver

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Além de tudo, ele amava a sua família. Sua mãe era uma fêmea incrível que já fez tanto para as outras fêmeas. Às vezes, Jimin se pegava pensando que, se um dia ele se tornasse o fêmea de um líder, gostaria de ser tão bom quanto a sua mãe. Claro que não seria idêntico a ela, já que tinha a sua própria opinião e não aprovava certas coisas; mas queria lhe dar muito orgulho.

No entanto, se ele fosse um fêmea desesperado para encontrar um companheiro, faria o macho sofrer antes mesmo da união oficial. A verdade é que o seu pai é um macho muito ciumento e super-protetor, assim como todos os seus irmãos que parecia terem puxado esse lado do mais velho.

Quando era apenas um filhote com menos de doze verões, Jimin gostava de brincar com os machos um pouco mais velhos, e fazia isso propositalmente na frente de seus irmãos, deixando-os em alerta e cheios de ciúmes, era engraçado vê-los apenas ameaçando um filhote já que não podiam bater nele.

Mas todas as vezes que um macho tentava se aproximar de si com intenções de prometer cortejá-lo ao se tornarem adultos, Jimin o peitava – como sempre via os seus irmãos fazerem quando discutiam –, e o ameaçava de que, se ele tivesse tal ousadia, o próprio fêmea quebraria os chifres deles. Sempre funcionou, já que o fêmea conseguia ser assustador quando queria.

Esse era um traço do fêmea que o seu pai e irmãos adoravam ver. O caçula da família poderia ser pequeno e aparentar fragilidade, mas era forte e muito corajoso. Sabiam que quando ele encontrasse o seu macho, seria algo verdadeiro e singelo; mas enquanto o temido dia não chegava, eles continuavam rodeando o pequeno e enxotando qualquer engraçadinho.

Quando entrou na cozinha onde tinha uma mesa enorme de madeira onde todos tinham o seu próprio lugar, ele se surpreendeu ao ver que até mesmo os seus irmãos estavam inquietos, mas o mais surpreendente foi ver todos os seus doze irmãos sentados à mesa.

— Bom dia papai — disse ele enquanto ia ao mais velho e deixava um beijo em sua bochecha e tinha o seu gesto retribuído.

— Bom dia meu brotinho — ele deu dois tapinhas suaves no topo da cabeça do caçula.

— Aigoo, não, eu acabei de arrumar — ele resmungou com o típico biquinho nos lábios, então, seguiu até a sua mãe que se sentava ao lado de seu pai na ponta da mesa. Também beijou a bochecha dela.— Bom dia mamãe.

— Bom dia bebê — ela alisou os seus cabelos e sorriu.

— A reunião da família começou cedo e nem me avisaram — ele comentou enquanto seguia até a única cadeira vazia que era a sua. A mesa estava farta, como sempre, e ele não hesitou em já encher o seu prato com bolinhos de morango e biscoitinhos de canela com banana.

— Um engraçadinho está vindo para cá — resmungou Caleb, o segundo irmão mais velho. Ele mastigava o pão como se estivesse transbordando de raiva.

— Filho, não fale assim dele! — ralhou a sua mãe. — Pelos deuses, parece que eu não os eduquei corretamente!

— Você educou-os muito bem, querida, não se estresse — disse Namjoon, acariciando a mão de sua esposa. — Coma um bolinho, sim?

Jimin franziu o cenho, levemente confuso.

— Quem está vindo mesmo? — ele murmurou enquanto pegava a jarra com o leite quente.

— O Líder bastardo do Norte…

— Caleb! — sua mãe quase gritou.

— Desculpe — ele não pôde evitar revirar os olhos. — Jeon Jungkook está vindo. — Respondeu com amargura.

— Aquele oferecido… — Jihon, o filho mais velho, fechou as mãos em punhos encarando com ferocidade para o bolo em seu prato.

— Hum… quanto ódio — Jimin sorriu maldoso. — Cuidado para não infartar, hein.

Paraíso Particular | JIKOOKWhere stories live. Discover now