Longa diversão

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Naquela noite o pequeno Liam se divertiu como a muito tempo não fazia, o homem havia levado junto da chupeta, alguns lanchinhos.
Comeraram então: sorvetinho, bolacha, uma maçã que foi dividida para os dois e um toddynho também divido para ambos.
Riram muito, brincaram com a areia e se balançaram no balanço.

Logo já havia chegado a madrugada, 3h da manhã, o céu começava lentamente a clarear e ambos sentiam seus olhinhos querendo fechar.

O homem percebendo o cansaço que se aproximava, tocou a cabeça do jovem rapaz:

"Vamos para casa, descansar, ao anoitecer nos encontramos novamente."

O pequeno amavelmente sorriu enquanto coçava seus olhinhos e segurava o ursinho, girou sua chupeta na boca uma vez, e mais uma, isso era um doce "sim" que só ele podia entender, porém o homem também entendeu e sorriu, acariciou os cabelos bagunçados novamente e assim ambos se despediram.

~☆~

Uma semana havia passado, 6 doces encontros noturnos para brincar e rir e cantar.

Liam, agora em casa e novamente para a vida adulta, se preparava para voltar a trabalhar já que estava de férias. Levantou-se as 10h da manhã, preparou um belo café com pão, banana e canela e de extra comeu um pouquinho de morango, não estava com fome, de fato javia comido muito com seu amigo.

Por falar em amigo, o menino até agora não havia perguntado o nome do homem, o que ele faz ou porque dele nunca perguntar nada para o Liam. Liam era um bebê quieto que de vez em quando falava o que gostava ou apontava para algo no parque e sorria girando a chupeta duas vezes, uma para a esquerda e outra para a direita.
  O homem era um adulto silencioso que ria, afagava seus cabelos e cantava belas canções.

Ambos pouco interagiam sobre sua vida pessoal e isso não os pertubava, Liam quando pequeno não queria falar de problemas e o homem aparentemente encontrava nisso um certo conforto.

Porém agora, Liam estava grande e sozinho em casa pensativo. Queria conversar, desabafar sobre como era dificil manter uma rotina estável morando sozinho e ainda sendo pequeno, sobre como algumas vezes sua regressão era impura porque lembrava de coisas desconfortáveis do passado e sobre como gostava tanto de cogumelos que encima do armário do quarto só havia isso, mais de 30 pelúcias de cogumelos sem contar imagens, desenhos e miniaturas.

Agora, o pequeno grande Liam tinha sua consciência mesclada, queria regredir mas também ser adulto, queria desabafar e brincar e estava perdido.
Suspirou, em seu rosto um misto de felicidade e confusão, ficava assim quando estava no meio-termo. Um rosto confuso, emoções vergonhosas e consciência adulta. Era divertido imaginar, olhar para coisas coloridas e desejar toca-las, era estressante sentir vergonha de fazer isso e tentar se desvencilhar da sensação.

O pequeno grande leãozinho suspirou novamente, agora decidido a se desestressar. Foi para o quarto e pegou sua bolsa amarelinha, um pingente de ursinho e uma roupa bonitinha.
Saiu de casa, foi passear e espairecer um pouquinho.

Pequeno EncontroWhere stories live. Discover now