FALLIN FOR YOU, matt sturniolo

seven | não é um encontro

SETE | ELLE MORGAN

Peço para Matt me esperar enquanto tomo um banho rápido e troco de roupa. Por sorte, sempre me deixam usar os chuveiros da escola, então não vou precisar ir para casa e atrasar ainda mais o nosso passeio.

Ver Matt interagindo com as crianças foi minha perdição. Eu o beijaria no meio delas apenas por ele ser um fofo. Alguém deveria prender Matthew, nenhum homem tem o direito de ser tão gentil e fofo ao mesmo tempo que é um grande gostoso.

Coloco um short soltinho e uma blusa de manga curta, deixo meu cabelo cair pelas minhas costas e ajeito minha franja antes de sair.

Matt está encostado no carro, ajeita a postura assim que me vê, noto um sorriso se formar no seu rosto.

— Uau, se você for o meu presente, saiba que eu adorei — ele brinca, solto um riso.

— Você tá andando muito comigo, sabia?

— Apenas falando a verdade — ele diz em tom baixo, quase tímido. Eu vou pular em cima desse garoto em algum momento.

Jogo minha mochila no banco de trás antes de entrar. Matt já está ansioso no banco do passageiro. Não é difícil notar que ele está acostumado a ser o motorista, por algum motivo, não saber onde está indo o deixa nervoso.

— Gosta de animais? — pergunto.

— Claro, quem não gosta? — ele responde tranquilo.

— Sei lá, pessoas duvidosas? — falo, Matt concorda com a cabeça — Tem uma fazenda, bem tá mais para um sítio, é meio longe, mas eu adoro ir lá. Me acompanha?

— Você andou me stalkeando mesmo — Matt brinca, dou de ombros. Sei como agradar meus amigos. — Por que essa ideia?

— Você fez algo que eu gosto, posso retribuir o favor e eu amo animais fofinhos — falo animada.

— Você sabe mesmo como impressionar, não é Estelle? — ele diz com um sorriso no rosto. Meu nome soa tão mais bonito saindo dos seus lábios.

— Eu só quero impressionar você, anjo — digo baixinho, apenas para ele ouvir, por que é verdade.

Não me esforço para impressionar as pessoas, mas sinto que preciso quando se trata de Matt. Queria que ele me disse fazendo o que amo, quero que ele veja uma apresentação minha, quero que ele saiba quem eu sou de verdade.

É estranho porque não sou assim com mais ninguém.

Ligo o carro, Matt pede ligar o rádio. Não tenho tempo para pedir para esperar, apenas do carro ser de Daisy, sou eu que cuido das músicas. Quando a voz do Zac Efron invade o carro cantando Bet On It, quero me enterrar e me esconder no centro da terra.

Parece que não posso ver uma vergonha que já quero passar.

Matt segura um riso, ele deixa a música tocando e eu pressiono os lábios. Ele está me torturando.

— Pode colocar as suas músicas — falo.

Ao mesmo tempo, Matt pegar uma música do High School Musical tocando no rádio é um ótimo teste. Não posso gostar de um homem que não aprecia a obra cinematográfica que é esse filme.

— High School Musical? Não parece a sua cara — ele provoca.

— O que seria a minha cara, Matthew? — pergunto e ele abaixa a música.

— Sei lá, aquelas clássicas chatas de balé — ele dá de ombros brincando, eu abro minha boca sem acreditar nas suas palavras.

— Ah não, esse estereótipo é horrível — falo indignada — Você vai conhecer a minha playlist de músicas da Disney agora mesmo. Você vai conhecer o meu pior Matthew Sturniolo.

— Pode mandar, Estelle Morgan — Matt provoca de volta. — Aposto que conheço todas e as minhas são mais vergonhosas.

Enquanto eu dirigia, Matt ficou analisando a minha playlist e adicionando as músicas dele. Soltei um riso quando Alvin e os Esquilos apareceram cantando.

Ao sair do mundo Disney, ele me deu liberdade para colocar Big Time Rush a todos volume. Enquanto eu gritava ao som da música de mesmo nome, tenho certeza que vi Matt me gravando com o celular de relance.

— Starstruck é tipo um dos melhores filmes do Disney Channel — comento enquanto Something About the Sunshine tocava.

— Nunca vi e Lemonade Mouth é o melhor — Matt comentou.

— Isso é um crime, Matt, temos que assistir esse filme — falo me segurando para não cantar o refrão de novo. — O filme é a maior fanfic de todas, terei que te obrigar a assistir.

— Então teremos um segundo encontro?

— Isso não é um encontro — digo e tento me concentrar na estrada.

Matt não diz nada. Estamos quase chegando, deixo a música terminar e Matt não parece animado para escolher a próxima. Será que disse algo de errado?

Deixei claro que não era um encontro desde o início, eu só queria sair com ele. Só queria ficar um tempo só com Matt sem todos na volta.

E se ele quiser ter um encontro, quem sou eu para negar? Matthew me aos seus pés em qualquer momento, ainda bem que ele não sabe disso.

Estaciono próximo a entrada. O rádio continua ligado.

— Matt — começo sem ter certeza do que dizer.

— É bonito aqui — ele diz, olhando ao redor com a janela aberta.

Matt respira fundo, seus ombros relaxam. Parece que é a primeira vez que estou vendo ele respirar.

— Sabia que você ia gostar, anjo — a frase sai tão natural.

Foda-se a natureza e tudo mais, eu só quero ficar aqui vendo Matt se sentindo relaxado.

Ele tira o moletom azul claro, ficando apenas com uma regata preta, a corrente prata cai em seu peito. Eu realmente poderia ficar aqui presa com ele.

Kiss the girl na versão da Ashley Tisdale toca baixo no rádio. Poderia ser um sinal para beijar o garoto.

Matt se vira para mim com os olhos azuis brilhando, um meio sorriso no rosto. Ele percebe que eu fiquei encarando e suas bochechas ganham um tom avermelhado.

Eu quero muito beijar ele.

— Tem algo de errado comigo? — ele pergunta em tom de brincadeira.

— Sim — digo, me aproximo dele e sussurro: — Seus lábios estão longe dos meus.

Um sorriso malicioso surge no rosto de Matt. Aumento o volume do rádio.

— Beije a garota, Matthew.

Ele não perde um segundo. Seus lábios encontram os meus, minhas mãos vão para o seu rosto. Sua pele está quente, sinto meu corpo esquentar conforme ele vai aprofundando o beijo. Deixo sua língua encontrar a minha, tudo se encaixa tão bem, meu corpo responde a cada movimento de Matt.

E eu queria ele ainda mais perto.

— Achei que beijos eram apenas para encontros — ele provoca ao se separar, ainda me mantendo perto.

— Não se empolga, isso ainda não é um encontro anjo — respondo.

— Admito que ficou fraco quando você me chama assim — Matt assume, sorrio. Desse jeito não vou sair do carro mesmo.

— Vamos lá, anjo — desligo o rádio e abro a porta do carro.

Eu fico fraca apenas de ver você, Matt, e não sei como ainda não notou.