Nascido em uma família de atletas, era de se esperar que o último filho da família Choi fosse como seus pais e irmãos.
Sendo um clichê nerd ambulante, Soobin era péssimo em qualquer tipo de esportes ou exercícios físicos, mas isso nunca impediu seu...
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#NerdNaQuadra🏐
Esquecer era a melhor opção.
Soobin não era exatamente o rei da discrição, deixou bem na cara o que se passava em sua mente sempre que me olhava, era algo que ficava nítido em seu olhar deslumbrado e a maneira boba como agia quando conversávamos.
Não o conhecia tão bem, não o conhecia nem um pouco, e mesmo assim consegui perceber que aquele não era seu normal.
As frases aleatórias, os sorrisos meio encantados, meio nervosos, e a fixação em olhar pra minha boca e depois agir como se não estivesse fazendo isso, nada disso parecia ser algo que compusesse sua personalidade.
Era até engraçado, um pouco fofo.
No primeiro momento, Soobin definitivamente não fazia meu tipo, mesmo que fosse bonito como o restante de sua família.
O desleixo com as roupas e o próprio cabelo eram coisas que não me atraíam, mas aquele jeitão nerdola abestado e engraçado era algo a se levar em consideração.
Desde que entrei para a faculdade, tomei a decisão de curtir ao máximo, porque antes precisava focar totalmente nos estudos para conseguir entrar pra faculdade e sair de casa.
Não que tivesse muitos problemas com meus pais, só coisas normais que todo adolescente tem, como um pai que tentava moldar a minha vida a imagem da dele.
Então costumava conhecer gente nova em todas as festas, passar a noite com umas, apenas beijar outras, e depois continuava com a vida até outro alguém aparecer e o ciclo se repetir. Era divertido e ninguém saía machucado.
Mas Soobin não era o tipo de pessoa para passar uma noite depois tchau, dar abertura para alguma coisa era ter consciência de que aquele cara se iludiria fácil e você não ligava a mínima, e isso não fazia o meu estilo.
Se eu acabasse magoando alguém, jamais me perdoaria.
Por isso sempre tomei muito cuidado na hora de "escolher" com quem ficar, buscava pessoas que me olhassem do mesmo jeito que olhava para elas: basicamente como um pedaço de carne no açougue.
Nada muito romântico, mas romance nunca foi o meu forte mesmo.
Conseguia notar um quê de fome no olhar dele, mas claramente tinha algo mais, como uma criança fissurada por um brinquedo novo com o qual ficará obcecada por muito tempo. Muito tempo.
Apesar de notar seu claro interesse — que ainda não conseguia identificar se era romântico ou um fascínio momentâneo — me permiti me aproximar, prometendo a mim mesmo que não tentaria qualquer investida, mesmo achando que isso não fosse uma missão tão difícil assim.
O quão enganado estava.
Porque a curiosidade de Soobin instigava a minha, sua maneira natural de falar coisas sem sentido era engraçado e fofo e me dava mais vontade ainda de manter uma conversa com ele.
