1. Esportes radicais

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#NerdNaQuadra🏐

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#NerdNaQuadra🏐

Não tenho nada contra esportes, mas talvez eles tenham tudo contra mim.

Olá, eu sou Choi Soobin e sou tão atlético quanto um coala.

Desde que nasci sempre estive cercado por pessoas ativas, minha casa era o antro dos esportes e não existia um ser humano ali dentro que não praticasse ao menos alguma coisa, envolvendo bola ou não. Isso até eu vir ao mundo.

Na minha primeira foto em família estamos todos numa arquibancada, vendo o jogo de baseball do meu irmão mais velho. Eu tinha meses de idade, mas já estava usando um macacão personalizado do time do meu irmão e um boné que poderia muito bem me matar asfixiado.

Quando dei meus primeiros passos, meu pai determinou que já estava na hora de me ensinar a ser como o resto da família.

Futebol, basquete, baseball, vôlei, tênis, hockey, golfe, atletismo; tudo o que fui forçado a praticar até os doze anos, quando todo mundo percebeu que eu era uma negação em qualquer coisa do gênero.

Quebrei a perna três vezes e o braço quatro, lasquei um dente, desloquei o ombro, consegui um arranhão na cara e até quebrei a janela do vizinho com um taco de golfe, tudo isso até meu pai entender de uma vez por todas que eu deveria ser algum experimento alienígena para ser tão diferente da família inteira.

Choi Soobin, O Diferentão.

Sei que a prática leva a perfeição, mas para isso a gente precisa querer praticar e eu definitivamente não queria.

Claro que continuei acompanhando meus pais e irmãos a suas atividades esportivas, mas não me empolgava tanto quanto eles. Comemorava quando o time de basquete de um deles ganhava, adorava ir a pizzaria e me encher do máximo de fatias de pizza de espinafre que eu conseguisse, mas não era atraído para toda aquela glória.

Como um bom estereótipo de personagem diferentão das histórias, claro que eu precisava ser o nerd com ótimas notas, então espero que ninguém se importe que esse seja meu traço de personalidade.

Era engraçado ver a diferença gritante nas fotos de família, todos musculosos e atléticos, enquanto eu era o mais alto dos filhos, sem qualquer massa muscular proeminente e com óculos quadrado de armação preta. A história da vida de muitos.

Por ter crescido com um pai ex-jogador de vôlei e uma mãe fisioterapeuta esportiva, sempre sofri uma leve pressão para me exercitar mais, principalmente por passar muito tempo trancado no quarto jogando on-line. Era chato e fazia eu me sentir péssimo, afinal, meus irmãos eram os filhos com medalhas, corpos atléticos, uniformes de diversos esportes e eu só tinha uma medalha das olimpíadas de matemática.

Sinceramente? Eu me sentia patético.

Mas havia chegado a hora da grande virada.

Com vinte anos e uma bolsa de estudos, nada poderia me parar. Só o fato do meu pai trabalhar na faculdade que eu estudaria.

Match PointWhere stories live. Discover now