Melanie Milles
Cadê ele?
Porra!
Olhei ao redor dali mais a única coisa que eu via era a floresta.
Cristhofer está lá?
Mais por que ele não veio até mim??
Isso é confuso, muito confuso.
Eu preciso ir lá, preciso!!
Peguei a caixa de primeiros socorros que estava no chão e enrolei minha enorme ferida com a atadura molhada.
Depois olhei a mala, abri e estava tudo seco, peguei uma roupa de lá e enrolei o pequeno gato ali.
— fica aqui tá bom? Eu vou buscar o Cristhofer.
O gato apenas falou "miauu" e eu saí dali.
(...)
A mata machucava meus pés e pernas, mais eu não me importava, já tinha passado por coisas piores.
A floresta parecia infinita, eu escutava sons de pássaros e de macacos.
Cristhofer estava me preocupando, ele tem poderes, como não veio até mim?
No caminho de tudo aquilo, escuto passos de animal atrás de mim.
Se eu morrer, é culpa sua Cristhofer Scarlett!
Olho para trás, e vejo uma onça poucos metros longe de mim, minhas mãos estão tremendo agora, meu corpo está suando e eu me sinto pálida.
Muito pálida.
O que eu faço?
Correr? Morrer?
A primeira opção é melhor.
Sem olhar pra trás, começo a correr rápido, dessa vez meus pés estão doendo muito mais eu não posso parar, é vida, ou morte agora.
Correndo ali, me sinto livre, me lembro de quando eu era criança correndo dos cachorros dos meus vizinhos.
E me vejo sorrindo enquanto corro, mais logo o desespero vem novamente.
Olho pra trás vendo a onça correndo atrás de mim e rugindo alto.
No meio da correria, alguém tampa minha boca e me puxa dali.
Para um local da floresta, só que mais fechado.
Olho para a onça que me procura, mais nada.
Então ela vai embora.
— foi por pouco. - escuto uma voz cansada, de um homem.
Cris!
— Cristhofer! - vou até o mesmo e dou um abraço forte nele.
— você tá me sufocando!
— desculpa.
Saio de seus braços e olho para Cristhofer, que está intacto.