CAPÍTULO 4

346 20 7
                                    

GUTA

Hoje eu acordei sabe que o dia não seria fácil, tomei um banho gelado, sentei na minha cama acenando minha maconha e relaxando. Hoje tinha tudo para dar errado, eu poderia morrer, fazer minha mãe chorar e porra, ela ia ficar malzona comigo.

Mas já era tarde, em momentos assim que eu percebo o mal caminho que eu mesma escolhi. E eu sou tão filha da puta, me conheço tão bem que eu sei, que se amanhã eu acordar no conforto da minha cama, vou continuar seguindo minha vida, vadiando, usando droga, fazendo orgia e apontando uma arma na cara de quem vier bater de frente comigo.

Afinal é a vida que eu escolhi.

Depois de mais um dois baseado, sai do quarto colocando a minha camisa e vi minha mãe lavando uma louça na cozinha. Cheguei de fininho atrás dela, coloquei os dois braços no seu pescoço e abraçei ela dando vários beijos no seu rosto.

— Te amo meu bebê - ela falou e eu sorri.

— Te amo também minha gata - eu tenho um ciúmes dessa mulher, ela é a única na minha vida, acho que ninguém nunca vai vai ter o máximo do meu coração que nem ela tem, e não é só porque é minha mãe, é porque ela é tudo, pai, amiga, irmã. Tudo.

— Eu já Orei por você tá, eu não sei oque tá acontecendo, mas eu te vi aflita hoje de manhã e achei que seria bom, por mais que eu faça isso todos os dias.

— Relaxa, tu sabe que eu sempre volto - ela concordou,  beijei mais uma vez a bochecha dela e me afastei. Fui até a geladeira pegar uma água.

— Sua namorada me mandou mensagem, perguntando se voce estava em casa, disse que não te ve desdo baile de sábado, brigaram de novo?

— Tu tá preocupada? Achei que não gostava dela - bebi a água, minha mãe se virou para mim, cruzo os braços e se encostou na pia, ali eu já sabia que ia vim esporro.

— Eu realmente não gosto, mais também não gosto de ver minha filha por aí comendo qualquer pessoa, sem nem saber o nome dela - sorri - você acha isso bonito Augusta? Acho que ninguém vai te criticar só porque tem um pau entre as pernas? Não, você é mulher do mesmo jeito, as pessoas falam demais.

— Qual foi mãe, e eu lá ligo porra? - estralei a língua negando com a cabeça - deixa que falem.

— Eu Ligo, você acha que eu quero ficar na fila do supermercado e ouvindo o jeito que essas meninas que você transa fala de você, é cada coisa augusta - segurei a risada, e ela estava brava mesmo - você fez sexo com quatro meninas de um vez só?

— Tu sabe que eu gosto de exagero mesmo - ela veio até mim me ameaçando bater e eu corri para o outro lado da mesa - que isso dona Eloisa.

— Você tá usando camisinha Augusta De Paula?

— Claro mãe, tá maluco? Não é qualquer uma que vai gerar meu herdeiro não. - ela respirou fundo.

— Eu quero tanto que uma mulher descente apareça na sua vida e te deixe igual uma cadelinha na cola dela, eu torço por isso - neguei.

— Uma para mim não dá, tua filha tem um mostro que só se satisfazer com várias a cada noite, não dá eu não sei ser fiel.

— Eu sinceramente não quero mais falar com você sobre isso, toma vergonha nessa sua cara - ela passou por mim me dando um tapa forte nas costas e foi para sala, eu fiquei gemendo ali pelo ardido.

Eu tinha chegado na boca fazia uns quinze minutos, tinha mais de dez reunimos ali, todos com equipamentos, calote armas em tudo que é quanto do corpo e a balaclava na cara, eu tinha deixado a minha na cabeça, quando a gente entra no carro eu ajeito ela no rosto.

Hoje nois íamos assaltar um banco, no máximo sair com cinquenta mil de lá, da última vez foi foda, saímos sem confronto com a polícia, hoje eu já não sei se vamos ter essa sorte.

Olhei pro patrão concentrada, nessa horas eu temo pela minha vida, então sem brincadeira, e silêncio e concentração, depois qua a missão tiver pronta nois comemora.

Geral na máxima atenção olhando pro Abelha, ele dizia estratégia e pedia atenção de todos muito. Se tem uma coisa que o abelha ia odiar, era cair por que bicho burro deixou de fazer sua parte, e coisa boba, então ele batia na cara de quem estava de palhaçada e esculacha mesmo.

O plano inicial era o seguinte, três grupos, um de três, que ia ficar responsável em distrair os policiais, vão meter bala na delegacia que tem perto do banco, o intuito é chamar viatura pro lado contrário do que nois ia fugir, o segundo grupo com dois, ia ficar responsável por rondar nossa rota de fuga, os cara ia ficar rodando a área com um carro e na hora da fuga ia pegar outro. E o último grupo era o meu, de cinco, responsável por explodir e pegar o dinheiro todo daquela merda.

— É isso, nois vai voltar com todo mundo vivo e os cinquenta mil no porta malas do carro - concordei - Vamo sair duas da manhã, quero ninguém chapado até lá, e ninguém sai daqui também.

Conferi se minhas armas estavam com bala, sem deixar nenhuma com pente vazio, fumei um baseado com liam enquanto, verifiquei os carros com o abelha também, tudo certo.

Quando deu duas da manhã nois saiu, passei o fuzil no peito e desci a balaclava no rosto, um moletom escondendo as tatuagens e entrei no carro.


No radinho nois mantinha o contato com um de cara grupo, o Grupo que estava na DP, só estava esperando a ordem do abelha e ele só estava esperando o responsável que colocava as bombas no vidro dizendo que estava feito. Demorou uns cinco minutos, até o cara mandou um jóia e o abelha pedir para eles meter bala na DP.

— Sobe o Drone - falei pro moleque do meu lado, ele tirou o Drone da bolsa, colocou ele no chão e não demorou muito o bagulho já estava no céu em uma altura razoável para ver pelo menos duas ruas perto do banco - se tiver Verme por perto tu fala - ele concordou.

Esperamos o grupo da DP falar que já estava na fuga, e o grupo da fuga falar que estava sem polícia na rota, tudo certinho, eu fiz um sinal pro Abelha que liberou a explosão.

Eram vinte minutos até alguém da DP chegar aqui, então esse tempo foi acrescentado já que os caras estavam ocupados. Mesmo assim aceleramos o processo, levamos no máximo quinze minutos pro carro tá cheio, e ainda coube mais no nosso carro, mandei dois irem com o carro de dinheiro para favela, e falei no radinho pros caras da fuga trocar de carro, e ir para favela também.

Agora com o dinheiro já na favela nois só precisava se juntar com o outro grupo, ia todo mundo para casa. Já estava todo mundo preparado, os caras que agora estava na fuga, estavam vindo para cá, então eu entrei no carro com liam e o abelha foi no outro sozinho.

Quando escutamos o barulho da polícia e vimos as caras chegando na mair velocidade, nós já meteu bala fazendo a polícia recuar pela surpresa, nessa o abelha ja tinha entrado em fuga também, e o Liam acelerou enquanto eu atirava, estamos em uma distância boa, era só pegar o caminho que o dinheiro foi que nois ganhava essa.

CONFLITOS Where stories live. Discover now