*Capítulo 76*

1.1K 155 36
                                    

Por favor, por favorzinho! Votem e comentem bastante pro engajamento da história voltar :)
Amo vcs<3

pt.2

RK

Depois da noite de ontem com a Júlia, fui embora assim que ela dormiu nos meus braços. Ficar prolongando a despedida só ia doer mais em mim e nela, por isso preferi deixar ela sem ao menos dizer um tchau. E eu sei que ela prefere assim também.

Tomei um banho antes de partir, à medida que a água gelada caia nas minhas costas, ardia cada vez mais e só me ajudava a continuar lembrando e pensando nela.

Eu sei que a minha escolha foi egoísta, eu sei que eu poderia ter tido um outro futuro se eu quisesse. Mas eu já sou marcado. Pela polícia, pelos meus inimigos. O país inteiro me conhece e sabe o que eu fiz. Seria um inferno viver a vida me escondendo e fugindo. A Júlia não merece isso, mas ela não consegue ver. Aquela garota merece o mundo, e ela não vai conquistar ele se tiver do meu lado.

Ela consegue conquistar tudo que ela quiser sozinha, eu não tenho dúvidas disso.

Vesti uma camiseta e bermuda pretas, calcei meu tênis e peguei meu fuzil colocando ele atravessado nas minhas costas. Acionei os caras que iriam comigo na missão. VH tinha me oferecido suporte e dito que se eu precisasse, ele poderia mandar mais homens comigo na missão. Eu recusei.

A guerra com o Barão acabou, mas isso não significa que acabou tudo. Barão tinha aliados que agora saíram no prejuízo, VH com certeza tá na mira de vários e esse não é o momento certo pra ter soldados fora do morro. Ele precisa deles aqui à disposição. Fora que, a polícia tá sendo um pé no saco. Tão ameaçando subir o Vidigal todo santo dia, nunca se sabe quando eles realmente vão fazer o que estão prometendo. Não quero que muitos venham comigo porque a segurança do morro e da minha família tá acima da minha. Não posso correr o risco de ter soldados mortos ou presos só por virem na missão junto comigo.

Sair da favela seria uma missão foda, a polícia tá rondando todas as entradas e saídas vinte e quatro por quarenta e oito. Não tão dando um tempo, mané. Eu e VH tamo na mira, eles só estão esperando a primeira oportunidade pra nos prender ou nos matar. E a situação tá na mesma no morro do Alemão. A parada é eu ir lá, buscar meu irmão e vir a milhão, porque se não...

Em menos de vinte minutos, eu e os três soldados estávamos saindo da favela. Fui de carro blindado porque nunca se sabia o que podia acontecer. Os três foram de moto fazendo a minha escolta, um na frente e dois atrás.

De longe, dava pra ver que uma das entradas do Alemão tava suave e sem nenhum monitoramento. Aproveitamos a brecha e fomos a milhão entrando por ela mermo e seguindo até a casa que me mandaram informações que o meu irmão está.

RK: Qualquer movimento estranho, vocês me acionam na hora. - Falei pros dois caras que iam ficar rondando pelo lado de fora da casa monitorando, o outro iria entrar comigo.

Foi um trabalho do caralho pra pular o muro alto daquela casa, mas eu consegui em questão de segundos. Já tava acostumado com isso depois de tantas missões que o MT me dava. A casa era enorme e cercada de muros, mas parecia abandonada. Eu não consigo acreditar que o desgraçado do Barão teve coragem de deixar o próprio filho de seis anos sozinho nessa casa por tanto tempo. Meu coração palpitava de medo de como eu ia encontrar o moleque.

Se ele tivesse morto, eu não ia saber o que ia fazer e nem como ia ficar... Apesar de não ter convivido com o menino, eu considerava ele. Era sangue do meu sangue.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Mar 30 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Por Nós [M]Where stories live. Discover now