Tracer 97

26 - Epílogo

Win Zhan olha por cima do ombro, examinando a sala.

"Você não pediu ao garçom para cantar para mim, não é? Eu deveria estar preocupado?"

"Não! Isso teria sido uma ideia divertida. No próximo ano, então. Mas eu tenho presentes."

Meu estômago faz outro mergulho e rola. Estou apavorado, mas desta vez não é por causa da altura.
Alcançando a sacola de compras, eu puxo duas caixas lindamente embrulhadas, cada uma com uns oito centímetros de comprimento. Lu na Fetch me ajudou com este projeto. Eu devo muito a ela.

"Ok, estes parecem idênticos. Mas esse aqui é pesado..." Eu aponto para uma caixa. "E esta é a leve. Qual você quer abrir primeiro?"

Eu encontro os olhos de Wim, esperando que ele não saiba que estou nervoso.

"Hmm!" Seus olhos dançam. "Este aqui."

Ele alcança a caixa leve.
Eu rapidamente cubro a mão dela com a minha.

"Não, desculpe. Abra o pesado primeiro."

Win ri.
"Você perguntou! Ok, tudo bem."

Ele desliza a caixa pesada em direção a si mesmo e puxa a fita. Eu sorrio quando ele levanta o topo para revelar...

"Ai Meu Deus!" Ele grita, levantando o troféu perdido da caixa. "Eu pensei que isso estava perdido para sempre!" Ele coloca na mesa, atordoado. "Como você encontrou isso! Liguei para a empresa de táxi. Eles foram tão inúteis..."

"Sim." Admito com um suspiro. "Eles eram. Lu tentou novamente. Ela passou horas nisso. Mas então eu liguei para a Associação de Comerciantes de Toronto e perguntei se poderíamos pedir uma nova. Eu falei doce com eles."

"Isso foi tão legal da sua parte." A alegria brilha em seus olhos.

"Pode ir para minha nova mesa."

"Exatamente."

Win vai receber o escritório de Mick quando ele abrir a filial Rosedale em novembro.
Ele e Mick cronometraram sua expansão para acontecer durante a temporada de hóquei, para que ele e eu pudéssemos passar muito do verão juntos antes que sua vida ficasse mais louca durante a abertura. E Lu vai ficar no antigo escritório de Win, junto com uma promoção para gerente de locação.
Lu me lembra disso o tempo todo, porque ela sabe que me faz revirar os olhos.

"Por 'doce conversa', presumo que você tenha que doar algo para a fundação." Adivinha ele, rindo.

"Algum dinheiro pode ter mudado de mãos, sim."

Ele se levanta e se move em volta da nossa mesa para se sentar ao meu lado, envolvendo os braços em volta do meu pescoço.

"Muito obrigado Tracer. Isso foi realmente uma coisa linda e trabalhosa para fazer. Eu não preciso do troféu, mas..."

"É legal ter isso." Eu termino.

"Com certeza é."

"Isso, uh, pode ser legal ter também." Eu pego a outra caixa em direção a ele.

"Hmm..."

Ele levanta e dá uma pequena sacudida. Não há som algum.
Ele puxa a fita e solta outro monte de cetim na mesa.
Win abre a caixa para encontrar um rolo de papel bastante considerável. Ele começa a desenrolá-lo para chegar ao presente no centro.
Eu paro de respirar.
É fácil dizer quando ele vê a pequena bolsa de cetim com a insígnia do joalheiro, porque todo o corpo dele fica imóvel. Ele pega com os dedos trêmulos e alarga a boca da pequena bolsa, deslizando o anel de ouro branco em sua palma.

"Oh, amor." Diz ele em um tom abafado.

"Você gostou? Quero dizer..." Limpo minha garganta. "Podemos nos casar? Você será meu esposo?"

Quando Win se vira para mim, está com lágrimas nos olhos.

"Qualquer dia da semana." Ele declara.

"Sim?" Eu o esmago para mim.

"Essa é a melhor notícia de todas.
Quase vale a pena rodopiar aqui em cima na agulha da morte."

Ele ri no colarinho da minha camisa.

"Quero dizer, os restaurantes não devem girar."

Estou balbuciando agora, mas estou muito feliz por não poder parar.

"O anel é lindo." Win diz, e eu recuo para vê-lo sentado no centro da palma da mão. Ele está olhando para ele com admiração em seu rosto doce.
"Eu mal posso acreditar que isso é real."

"Oh, é real."

Win sorri para o anel e, em seguida, desliza lentamente para o dedo.

"Que tipo de casamento você quer ter?"

Win procura meu olhar.
"Eu não preciso que seja um evento grande e pomposo. Para um segundo casamento pode parecer um pouco estranho."

"Não é estranho comemorar quando você está finalmente fazendo algo certo." Eu digo.

"Este é um bom ponto."

"Mas ainda podemos dar qualquer tipo de festa que você quiser."

Eu puxo-o para um beijo. E então um segundo beijo. E mais um só por sorte.

"Bunny?" Eu sorrio contra seus lábios.

"Mmh?"

"Eu nem preciso mudar seu apelido. Você ainda vai ser Bunny depois que nos casarmos. Era pra ser não é? Nosso destino."

Ele ri.

"Era para ser!"
Isso era, sim. E eu o beijo de novo apenas para dizer a ele que concordo.
Sim era pra ser…

(...)

Obrigada à todos que acompanharam. Espero que tenham gostado. ❤️
E simmmm, eu preciso de um final maiorrrrrr. Sorry. Queria nuncar abandonar Meu Tracer e seu Banny.
Até a próxima.