Nanami.

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Eu liguei.

O que eu ouvi depois do alô foi uma risada, o desgraçado sabia que eu iria ligar. Depois de pensar cheguei a conclusão que eu seria muito, muito burra se não entrasse no jogo com eles. Estávamos em um flerte interminável desde que colocaram os pés no clube, não tinha visto eles com mais ninguém e nem nos eventos. Eles despertaram minha curiosidade e eu não era uma mulher que me deixava passar vontade. Agora eu tinha um endereço e um horário em mãos.

Era segunda-feira, a semana tinha acabado de começar e eu estava indecisa com a roupa que iria usar essa noite. Já passava das 19h e eu estava apenas com minha lingerie no corpo, sem uma opção de vestimenta que me agradasse. Pensando por mais um pouquinho, alcanço uma camisola de seda preta combinando com minha lingerie e a visto. Vou jogar um sobretudo por cima e abotoá-lo, nos pés vou calçar um scarpin também na cor preta e pronto. Tinha ficado uma divindade e meu gloss brilhando nos meus lábios apenas deu o toque final que eu precisava. 

Borrifei perfume em meu corpo e sorri, vendo meu reflexo no espelho. Não sabia onde iria, com qual dos cinco encontraria, muito menos o que faríamos. Apenas sabia que era tarde para voltar atrás e pior, eu não queria voltar. Estacionei meu carro em frente ao prédio luxuoso quando o relógio bateu exatas 20h. Meu nome estava na portaria e minha entrada foi facilmente liberada. Alguns moradores ou hóspedes, ainda não sei se isso é um hotel ou um prédio residencial, me encaravam de cima a baixo quando cruzavam meu caminho. Isso até entrar em um elevador particular e subir direto para um apartamento igualmente luxuoso.

— Senhorita Elektra, que bom que chegou. Já estava te aguardando.

Lá estava o cara que me entregou o cartão, Nanami estava sentado em um enorme sofá cinza segurando um copo de whisky enquanto me encarava. Esse loiro era a pura perdição em pessoa, vestido sempre em suas roupas formais que abraçavam muito bem seu corpo grande e bonito, ele era uma tentação para qualquer um que o olhasse. Era o tipo de cara que se pensava em formar uma família com ele, mas que você sabia que ele desgraçaria sua mente em segundos se assim quisesse. E eu queria, ah como queria. 

— Temos um acordo para fazer, certo? – Sento-me em uma poltrona ficando de frente para ele, seu olhar desvia para minhas pernas cruzadas — Como isso funcionará?

— Nós queremos você, os cinco, cada um à sua maneira. Jogue conosco querida Elektra, liberte nossos demônios juntamente dos seus. Pelo tempo que estivermos jogando queremos exclusivamente e ela é exigida para ambas as partes, você é só nossa e somos só seus durante esse tempo. Jogaremos Invictus se assim quiser e concordar e ao final garanto que não irá se arrepender de ter escolhido dizer sim. 

Jogar Invictus era algo perigoso em nossa associação. Quem participava era sempre levado a seus limites, em todos os aspectos existentes. Ao final, estaria tão extasiada que apenas conseguiria ansiar por mais, como um vício corrosivo que se espalha cada vez por cada célula de seu corpo. O jogo foi inventado muito tempo atrás, o mestre e o participante entravam no que os outros chamariam de relacionamento e tinham liberdade para sucumbirem a seus desejos mais perversos, juntos. 

Joguei invictus poucas vezes, mesmo sendo uma membro ativa do clube. Foram os dias mais loucos que experimentei em minha vida e aqui estava eu, embarcando em outra loucura novamente. Não sabia se iria me arrepender da decisão que tomei, a única coisa de que tinha certeza era que estava me afogando cada vez mais nos olhos azuis mais sedutores que já vi. Ele continua calado, apenas me encarando. Não sei bem como reagir e isso me deixa ansiosa, me fazendo balançar as pernas em um ato nervoso. Que claro, não passa despercebido por ele.

— Por que você é o primeiro? Não estou reclamando mas… acho que estou nervosa – Solto uma risadinha tentando amenizar o clima que está me esmagando 

The Game - Jujutsu KaisenWhere stories live. Discover now