0.4 NÓS VAMOS

78 12 8
                                    

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
LÍDIA
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Lídia estava tentando muito mesmo se dar bem com a sua cunhada, sabia como a loira era importante para seu irmão, e apesar de não demonstrar tanto, ela o amava. O problema é que para a advogada era muito difícil, já que a todo momento ela sentia como se estivesse traindo Tainá, e acaba comparando as duas involuntariamente.

Mas como estavam vivendo na mesma casa, obviamente tentava cada vez mais extinguir o clima tenso que ficava entre elas.

— Bom dia — Lidia desce para tomar café da manhã encontrando o casal anfitrião a encarando com um olhar quase que mortal — O que aconteceu?

— Nós vamos a um show hoje — Leo se limita a isso parecendo um pouco insatisfeito.

— Bom show? — a advogada tenta entender a situação, mas eles continuam a encarando — Eu ainda não estou entendendo o que está acontecendo.

— Quando ele diz que nós vamos no show, isso inclui você Lídia — Karoline explica para a cunhada.

— A não, obrigada, estou estritamente proibida de frequentar perigos noturnos — Lídia dá uma risada para o irmão, já que ele é o motivo dessa proibição, que por sua vez fica cabisbaixo.

— Eu estou te liberando essa noite — Léo falou tomando uma cotovelada da namorada — Quer dizer, você é adulta e tem que aproveitar sua vida, eu não sou seu pai e não vou ficar te segurando em casa. Só por favor, vai com calma.

— Que medo todo é esse que você tem de mim? — Lídia pergunta fazendo a cunhada soltar uma gargalhada.

— Você sabe muito bem, esteja pronta nove da noite, eu preciso treinar — ele já se levanta irritado se despedindo de ambas para ir em direção ao Centro de Treinamento.

Ficam sentadas na mesa de café da manhã às duas mulheres se encarando, o silencio constrangedor toma conta do lugar, só conseguem ouvir os barulhos das mastigações.

— Porque o Léo tem tanto medo de você? — a loira finamente quebra o silêncio — Desde que você chegou ele já repetiu umas 20 vezes para mim que você é problema.

— Eu fui uma adolescente difícil, tipo bem difícil mesmo, e acho que desenvolvi alguns traumas nele. Pobre Helena quando chegar na adolescência não vai poder fazer nada — a morena se limita a responder isso, não queria se alongar muito, principalmente por não ter tanta intimidade com a cunhada — Fica tranquila, eu estou celibatária agora.

— Eu acho que é bom você estar aqui, ele sentia sua falta — Karoline diz dando um sorriso tímido.

— Eu também senti falta — ela diz se lembrando da sua vida na Itália — Quer dizer, quando eu estava sóbria eu sentia falta, na maior parte do tempo eu não sabia nem que o meu nome era Lídia.

As duas ficam um tempo rindo e conversando até que Lídia de despede da cunhada e vai em direção ao escritório em que está trabalhando exercendo a advocacia. Ela nunca imaginou voltar para o Brasil e realmente advogar, ainda mais sendo atualmente uma advogada criminal.

Sua Lídia de alguns meses atrás iria entrar em colapso de ter que frequentar presídios, ou ter que atender ocorrências de madrugada. Ela estudou essa área pois gostava muito de estuda-lá, mas nunca realmente gostou da prática.

Mas como atualmente a garota não tinha opção, ela havia realmente vestido a camisa do direito criminal, nunca frequentou tantos presídios na sua vida em tão pouco tempo.

Léo Pereira odiava que sua irmã atuasse nessa área, na sua cabeça era muito perigoso, principalmente para uma mulher tão nova. Ele tentou de várias formas convencê-la a atuar pelo jurídico do Flamengo, o que foi imediatamente negado pela mesma, que nunca gostou de viver escorada no seu irmão.

Ela chega em casa exausta depois de um dia de trabalho, tudo que mais queria era tomar um banho quente e dormir até o dia seguinte. Mas aparentemente iria em um show, que ela não sabia nem quem iria cantar.

— Eu sei, eu tô atrasada, estou indo me arrumar — Lidia passa correndo pela sala batendo seu salto no chão e só consegue ver de relance o rosto transtornado do seu irmão.

Quando finalmente já está de banho tomado, ela percebe que não sabe para onde está indo, e por esse motivo não consegue escolher uma roupa para vestir.

— Karol — ela grita ao ver a loira passando no corredor, e logo colocando a cabeça para dentro do quarto para dar a devida atenção — Deixa eu ver sua roupa pra eu não destoar muito. Eu me arrumo para um show de rap, pagode, sertanejo?

— Vamos pra um show de rap, e você deveria se arrumar logo acho que seu irmão está prestes a cometer um crime — a cunhada ri da garota que está quase se descabelando — Coloca esse vestido tubinho mesmo, é bonito e casa com tudo, ainda mais com o corpo que você tem.

— Obrigada cunhada — sai quase que no automático e ela se sente verdadeiramente culpada por chamar qualquer outra de cunhada que não fosse a Tainá — Quer dizer, Karol.

— Me chama como achar melhor, eu não me importo — a boca da loira diz, mas seus olhos não negam sua felicidade ao ouvir essa palavra saindo da sua boca.

— Se meu irmão reclamar na minha cabeça da roupa eu vou falar que foi ideia sua — Lídia fala se encarando no espelho. Um tubinho preto simples, apenas com alguns brilhos desenhavam seu corpo de uma forma absurda.

— Se ele falar alguma coisa ele é um bobão ciumento porque você está perfeita Lídia — Karoline fala encarando seu corpo também pelo espelho.

— Você namora ele, ainda não percebeu que ele é um bobão ciumento? — a morena fala fazendo a loira gargalhar alto.

— O papo de vocês está bom? — Léo abre a porta do quarto encarando as duas conversando.

— EIIIII — elas gritam juntas dando um pulo no susto que levaram.

— Eu poderia estar pelada seu maluco — Lídia briga com ele levando sua mão no seu peito sentindo seu coração disparado com o susto.

— E você não está pelada? — Léo fala encarando o vestido que a irmã usava — Sério, a roupa de baixo antigamente era maior do que isso.

— Eu sei que você é velho, mas aqui já é 2024 vovô — Lídia diz, a parte mais divertida do seu dia era irritar seu irmão, ela sentia como se eles tivessem na adolescência de novo.

— Eu acho que ela está linda, além do mais se ela for trocar, vai ter que escolher e talvez o sapato não combine, então teria que trocar, os acessórios, talvez refazer a maquiagem — Karol defende a cunhada.

— Aí tá bom, vai com esse trapinho de tecido mesmo — Léo fala abrindo a porta para as meninas saírem — Já tenho amigos esperando e vocês estão de fofoquinha no quarto.

— Uii amigos, da próxima vez me avisa que eu chamo eles para ficarem de fofoquinha no meu quarto — Lídia fala só para irritar o irmão que bufa ao seu lado.

— Modos Lídia Pereira — ele murmura entre os dentes de uma forma que parecia que estava dando bronca em criança.

— Eu sempre tive — ela debocha rindo enquanto desce as escadas atrás dele.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
• OIIIII, ESPERO QUE ESTEJAM TODAS BEEM.

• VOTEM E COMENTEMMMM PARA EU SABER A OPINIÃO DE VOCÊS SOBRE A FIC,
É MUITO IMPORTANTE.

• BEIJOOOOS 🖤🖤

DOUTORA PROBLEMA || GABIGOLWhere stories live. Discover now