Capítulo 57.

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Bom, hoje era quinta, dia de curso.

Durante o curso foi tudo normal, tudo de boa, só tentei tirar umas informações com o irmão do Renato sobre onde eu poderia encontrá-lo, já que o GH falou que não ia deixar barato ele ter ido falar sobre ele pra minha mãe.

Falar na minha mãe, até agora nenhuma ligação, nada, só o que sei é que ela já foi embora, porque liguei pro porteiro e ele confirmou.

Eu não voltaria lá pro apartamento de jeito nenhum, mesmo ela não estando mais lá.

Eu tenho vergonha na minha cara, e se ela quis assim, tudo bem.

Estava sentada do lado de fora esperando o GH, já que hoje ele disse que não ia mandar nenhum vapor, porque iria me levar na praia aqui pela pista mesmo, já que tô enchendo o saco dele tem dias.

Mas ele estava demorando tanto, que eu não aguentava escutar minha barriga roncar, então fui andando até uma lanchonete simples que tinha mais a frente, e fiquei esperando eles fritarem meu pastel.

Quando ele terminou, me sentei ali mesmo em uma mesa que tinha do lado de fora, na calçada.

Quando dei a primeira mordida, vi um homem chegando e me encarando, pensei conhecê-lo, mas quando me dei conta do que estava acontecendo já era tarde demais, só senti um cano gelado na minha nuca, e meu corpo sendo mobilizado.

— Você vai ficar quietinha, vai entrar naquele carro ali sem alarde, se ligou? — Falou com uma voz grossa que me causou calafrios de tanto medo.

Olhei pra frente, pro lado, mas ali não tinha ninguém que pudesse estar prestando atenção em mim, apenas o senhorzinho da lanchonete, que olhava a cena toda assustado.

Malu: Por favor, vocês devem estar me confundindo. — Falei tremendo quando ele começou a empurrar meu corpo.

— Mulher do nosso inimigo, é nossa inimiga também, caralho. — Falou e me jogou no banco do carro, onde tinha outro homem armado.

Ali eu tinha certeza que iria morrer, eu só sabia chorar e me tremer, enquanto ouvia as risadas deles como se estivessem conseguido ouro, como se tivessem vencido uma guerra.

Eu só conseguia pensar em todos os meus planos, nas pessoas que eu amava, que eu talvez não fosse ver o meu afilhado nascer, era só coisa ruim que passava na minha mente...

Lembranças on.

Malu: Eu amo essa vista cara. — Falei olhando o Rio todinho.

GH: É linda pô, só perde pra minha mulher. — Falou me abraçando por trás.

Malu: Você expulsou os meninos mesmo pra me trazer aqui, tu é maluco. — Dei risada me virando pra ele.

GH: O que tu quiser, tu tem, já te falei isso.

Malu: Nunca pensei que fosse amar tanto você... não me arrependo de nada. — Falei entrelaçando meus braços no seu pescoço.

GH: Mato e morro por tu loira, tá no meu nome pra sempre. — Falou e eu enchi seu rosto de beijos, o abraçando forte.

Lembranças off. 📴

Senti um aperto no coração tão grande quando me lembrei dele, que parecia que me faltava ar.

Comecei a orar mentalmente e pedir proteção pra Deus e pro meu pai, enquanto via aqueles homens enormes com armas apontadas pra mim, podendo ser engatilhadas a qualquer momento.

Opostos.Where stories live. Discover now