Descobertas Inesperadas

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Um breve silêncio se fez entre as quatro, deixando o clima um pouco mais pesado do que deveria. Merida desviou os olhos para Regina e percebeu o leve desconforto que percorria o corpo da morena.

— Eu vou indo lá, Gina! — se despediu deixando um beijo na bochecha da médica — Não esquece do que te falei — Regina apenas assentiu antes de se despedir.

Mesmo que não estivesse muito confortável com aquela situação, Regina sabia que não podia simplesmente ir embora dali sem falar com as duas mulheres paradas mais a frente, principalmente com a morena. Sendo assim, em passos contidos, Mills se aproximou das duas.

— Não sabia que você vinha aqui hoje, Regis! — Fiona foi a primeira a quebrar o silêncio.

— Oi, Nona! Eu também não sabia, mas Merida me chamou para tratarmos de assuntos importantes e aqui estou eu — desviou o olhar para Emma, que ainda mantinha o vinco na testa — Você está bem, Emma?

— Sim! Apenas acordei um pouco enjoada hoje, achei que tinha passado, mas acredito que o efeito do remédio acabou e isso fez tudo voltar com força.

— Qual você tomou?

— Meclin, mas acho que o meu organismo não aceitou muito bem — fez uma leve careta e isso arrancou um largo sorriso de Regina.

— Vou te receitar o Dramin B6 então, talvez o seu organismo se adeque melhor a ele.

— Obrigada, Regina! — sorriu fraco, não entendendo ao certo o que estava incomodando-a tanto.

— Bom, Emma… — Fiona chamou a atenção para si novamente — Não esqueça dos documentos que lhe pedi. Pode encaminhá-los por e-mail, assim agilizamos o processo. Certo?

— Claro, claro! — por alguns instantes, Emma havia se esquecido de onde estava e do que tinha ido fazer ali — Enviarei amanhã, até o final da tarde, sem falta.

— Perfeito! — sorriu — Até mais, Emma! Regis, o Henry está com saudades, ligue para ele.

— Ligarei! Tchau, Nona!

Se despediram e, mesmo sem verbalizar, Regina e Emma seguiram juntas para o elevador. A morena apertou o botão e voltou a se posicionar ao lado de Swan. O silêncio era um tanto ensurdecedor e dizia para Regina que o único assunto existente entre elas era a gravidez. Respirou fundo e olhou para o envelope em sua mão. Merida estava certa, já estava na hora de viver amores que ela estava disposta a viver, com pessoas que fizessem seu coração acelerar com apenas um simples sorriso. Suspirou.

— Você deve vir muito aqui, né? — a voz de Emma saiu um pouco mais séria do que ela pretendia. Regina olhou em sua direção com o cenho franzido — Conhece a Fiona muito bem, pelo visto.

— Na verdade, não. Raramente venho aqui, só quando preciso resolver algo muito sério — a loira assentiu, mas não comentou nada — E sobre a Fiona, ela é minha irmã mais velha, então… Acho que deveria conhecê-la mesmo — completou com um pouco mais de humor.

— Não sabia que você tinha uma irmã — falou surpresa.

— Na verdade, eu tenho duas. Fiona é a mais velha e a Zelena é a do meio.

— Que bonitinho, você é a caçula! — Regina percebeu que o vinco na testa de Emma, finalmente havia desaparecido e o seu sorriso parecia mais sincero.

— Isso nem sempre foi uma coisa boa — riram — Mas e você, tem irmãos?

— Tenho duas também. A Mary é a mais velha e a Elsa é a caçula.

— E você gosta de ter irmãs, Emma? — sua pergunta saiu no mesmo instante que o elevador chegou no andar em que estavam.

— Elas são os meus maiores presentes — o tom amoroso em sua voz era palpável — Bom, pelo menos até agora — acariciou levemente a barriga.

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