Capítulo 1

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Isabella


A palavra de ordem: sobrevivência. Não conseguia imaginar em mais nada depois de ter-me casado. O meu pai é um dos capofamiglia mais conhecidos da máfia siciliana, também conhecida por Cosa Nostra. Decidiu que deveria desposar o — Don Salvatore De Luca, também conhecido como Il Principe. Sinto-me enojada, após ele ter-me proposto em casamento, só para que os Moretti firmassem aliança há muito cobiçada. Era o seu único objetivo! O papà só pensava nas vantagens de ter La Famiglia De Luca ligada a ele. Especialmente, após Salvatore tomar posse dos negócios.

Sentia-me nervosa por estar a fazer isto, depois da nossa noite de núpcias, mas não tinha hipótese. Não me via presa a um casamento com este arrogante Salvatore. Não conseguia entender como é que o meu pai teve a coragem de me vender em troca de lealdade do capo di tutti capi. Aquele monstro implacável, que todos temiam, após matar o seu pai a sangue-frio. Os seus pouco mais de trinta anos foram o que chamaram ainda mais a atenção do papà, poderia ter uma longa e duradoura vida ao meu lado.

Não podia negar, que ao observá-lo a dormir ao meu lado, parecia um anjo.

Pressenti que Salvatore dormia profundamente, sendo a minha única saída agora. Esta noite, ele pediu para que os aposentos não estivessem guardados. Tentei mover-me o menos possível ao sair do seu lado. Peguei no robe, repousado no fundo da cama. Vesti-o com calma para não fazer barulho. Calcei os chinelos e preparei-me para sair do quarto.

— O que pensas que estás a fazer? — A arma estava apontada à minha cabeça, a mão puxava-me para o corpo quente dele.

Engoli em seco. Necessitava de pensar numa forma de sair desta embrulhada. O meu corpo tremia por tudo o que era lado. Deixei descair a mão do puxador da porta.

— Queria um copo de água. — Solucei.

Apesar de ter crescido no meio, sempre tinham mantido as armas e todos os negócios longe de mim.

— Eu vou contigo buscar esse copo de água.

Baixou a arma até às minhas costas. Fez pressão para que eu andasse para a frente. Fiz o caminho até à cozinha com receio, pé ante pé. Enchi o maior copo que encontrei de água. Bebi-o todo de uma vez.

— Linda menina. — Sussurrou ao ouvido. — Se eu sei que tentas fugir, és uma mulher morta, Isabella.

A maneira sedutora como pronunciava o meu nome era das coisas mais queridas que ele fazia.

Foco, Isabella! Não podes deixar cair-te nos braços dele. Interiorizei.

Virei-me para a bancada, controlei as minhas lágrimas. Não tinha como fugir deste casamento forçado.


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