— Huh, que interessante! — murmurei analisando a arma na mão de Tej.

— O que aconteceu? — ouvi Toretto perguntar para o grupo que havia sido derrotado.

— Os capangas do Shaw apareceram e mandaram bala em todo mundo.

Deviam ter acertado a cara da Riley. — murmurei em português e o grupo me olhou estranho — Quê foi? Ninguém aqui fala português, né?

Eles gargalharam e negaram, me senti aliviada sabendo que poderia falar qualquer coisa em português e nenhum deles iria saber o que significava.

— Mas antes disso, ele nos deu uma dica. — Gisele mudou o rumo do assunto.

— Qual? — Dom perguntou curioso.

— O Braga. Ele tá trabalhando com o Shaw. — jogou um celular na mesa, a frente de Brian.

— Do que você tá falando? — Brian perguntou confuso.

— É verdade. O celular tá cheio de transações bancárias codificadas... ligação direta com o cartel do Braga.

— Quem é esse tal de Braga? — perguntei, sem saber de quem se tratava.

— Ele controla um dos maiores cartéis do México.

— E é meu antigo chefe. — Gisele completou. — Fazíamos transações codificadas assim para tirar dinheiro do país.

— Faz sentido. O Braga tava' controlando a Letty e agora está trabalhando com o Shaw...foi ele que apresentou os dois! — Brian disse.

— Se vocês sabem tanto sobre ele, onde é que ele está? — perguntei de forma óbvia.

— Ele tá numa prisão em Los Angeles.

— Como você sabe? — Tej perguntou.

Brian respirou fundo e todos nós trocamos olhares que traspareciam confusão e desentendimento.

— Brian colocou ele lá! — Dom respondeu.

— Valeu. Era esse o elo que nós queríamos! Se os dois estão trabalhando juntos, o Braga sabe o que o Shaw tá armando. Eu vou lá fazer uma visita.

— Para de doideira, amadinho! — pensei alto demais

—  Você é procurado, Brian! Na hora em que você pisar fora do avião, tá ferrado! Você não vai voltar. — Roman completou.

— "voltar"? Como é que ele vai entrar nos Estados Unidos? — Tej interrogou.

— Deixa isso comigo! — o loiro estava nitidamente nervoso e fora de si. Isso era loucura.

— Isso é loucura, Tej! — murmurei para Tej assim que voltamos para nossos afazeres tecnológicos.

— Ninguém aqui é certo da cabeça ninguém, Cecília.— murmurou de volta e eu respirei fundo.

-

— Tô com uma fome do caramba. — murmurei e Gisele riu enquanto passava ao meu lado.

— Aí, ô! — Tej gritou ao meu lado, fazendo com que minha atenção saísse do tablet e fosse para ele, ele foi em direção a Roman— Não pega nisso não! Essa parada aí não é brincadeira!

Quando percebi, era uma briguinha dele com Roman, ri baixinho ao perceber que aquilo era rotina e me afastei de onde estava e fui em direção a Dom.

Me encostei na parede enquanto ele mexia em um dos carros que estava ali. Sorri mínimo quando ele percebeu minha presença e sorriu.

— Ele nos achou por causa da sua ligação, não é? — me perguntou e eu respirei fundo, me lembrando que Hobbs me usou para achá-lo.

— É...foi sim. — sorri cabisbaixa e ele balançou a cabeça.

— Elena reclamava quase todos os dias que sentia a sua falta, sabia? — perguntou e eu sorri, por lembrar da loira. — Fica tranquila, ela está bem, em segurança! Vamos todos sair bem dessa missão e vocês vão se ver de novo.

— Aí, Dom! Oi, Cecília! — Han se aproximou de nós e eu, que estava de costas para ele, me virei sorrindo. Dom se aproximou e se juntou a nós, ficando ao meu lado. — Andei perguntando, falei com um pessoal e tô sabendo onde é que vai ser o racha hoje.

Antes de pudéssemos responder alguma coisa, fomos interrompidos por algo que perfurou a parede entre nós, olhei assutada de onde veio e vi Roman e Tej com aquela arma nas mãos.

Roman rapidamente jogou a arma na mão de Tej e os dois começaram a se acusar.

— Vou ali buscar minha alma e já volto pra continuarmos a conversar. — murmurei e saí andando de forma desnorteada até a mesa de equipamentos.

-

— Quase morri, duas vezes! — murmurei estressada quando chegamos ao quarto de hotel — Cê me falou que eu não ia pra campo, Hobbs!

— Não era pra você ir, mas tivemos um imprevistos. — retrucou e eu bufei cansada.

— Vou receber mais por isso?

— Não, amor!

— Então eu não quero. — cruzei os braços, o encarando sentado na cama.

Me aproximei dele, ainda de braços cruzados e suas mãos foram como imãs em direção a minha cintura. Me puxou para mais perto me abraçou, sua cabeça descansou em minha barriga e eu fiz um carinho ali.

— Sinto falta de momentos com você...— murmurou e eu percebi suas intenções.

— Preciso de um banho. — murmurei e me soltei de seu abraço, indo para o banheiro. — Mas depois eu sou toda sua.

Ele sorriu e balançou a cabeça, me seguindo para o banheiro, tirando o distintivo e o jogando em qualquer lugar e retindo a camisa coladinha que usava.

Sorri ao ver a cena e balancei a cabeça de forma negativa, lembrando de quando ficamos juntos pela primeira vez lá no Rio.












INEFÁVEL - LUKE HOBBSWhere stories live. Discover now