—Fecha isso, Elena, me deixa dormir por mais cinco minutinhos... — resmunguei após sentir uma claridade invadir o quarto, puxei a coberta para tampar o rosto, mas fui impedida.— Acorda, bela adormecida!
Abri um dos olhos e me sentei rapidamente na cama ao ouvir uma voz masculina que eu conhecia muito bem. Só então me lembrei que estava no quarto de Luke.
— Não tô afim acordar agora, muralha!
— Muralha? — perguntou e riu, puxando meu braço, me fazendo levantar contra minha vontade.
— Apelido carinhoso, bê! — murmurei coçando os olhos e logo me levantando para ir ao banheiro. — Tá lindo nessa blusinha colada!
Adentrei o cômodo e tranquei a porta, mas destranque e saí para buscar a bolsa com minhas coisas. Hobbs esticou a bolsa e eu sorri mínimo.
Voltei para o banheiro e tranquei a porta, começando a lavar o rosto, escovar os dentes e tomar um banho rapidinho para que tivesse a certeza que estava acordada.
Finalmente uma calcinha limpa.
— Aliás, você só tem camisa colada? Compra número menor, ou seus músculos estão sempre crescendo e elas ficam pequenas? — perguntei assim que voltei para o quarto e o vi terminando de arrumar a bagunça do quarto.
— Eu não vou te responder isso, em respeito a nossa relação.
Quando ele disse isso, me gerou um misto de confusão e minhas engrenagens mentais começaram a trabalhar. Qual relação? Tínhamos uma relação? Amizade? Não fazia sentido na minha confusa cabecinha juvenil.
— Tá acordada? — estralou os dedos na frente de meu rosto, me tirando de meus devaneios, balancei a cabeça, tentando ignorar meus pensamentos intrusivos, porém eles falaram mais alto.
Me estiquei na ponta do pé e tentei ao máximo igualar nossas alturas, Hobbs se aproximou e me segurou pela cintura, achando que eu fosse cair e me olhou preocupado.
—O que foi? Aconteceu algo? — perguntou com um olhar de preocupação em seu rosto.
Balancei a cabeça de forma negativa e aproximei meu rosto do seu, juntando nossos lábios num selinho demorado. O homem demorou para racionar o que estava acontecendo, mas assim que separei nossos lábios, ele me puxou de volta para um beijo de verdade.
Seu aperto com uma das mãos em minha cintura era forte e a outra mão foi para o meu rosto, segurando com a maior delicadeza possível.
Assim que o ar fez falta, nos separamos e começamos a nos encarar, eu sorria de orelha a orelha e Hobbs me encarava com uma feição carinhosa.
Nosso momento foi interrompido pelo seu celular tocando, ele enfiou a mão no bolso da calça e pegou o celular bufando e o atendeu, fui em direção a cama e me sentei ao lado da mesinha de cabeceira, conectando o celular no carregador e o carregador na tomada.
Peguei o controle da televisão e Hobbs ainda estava no telefone, liguei o televisor e comecei passando os canais a procura de algo interessante para assistir aquela hora da manhã.
— Eu tenho que ir trabalhar, mas vou pedir para mandarem um café da manhã pra você, tá bom? — comentou, desligando o telefone e o colocando de volta no bolso, parou em minha frente e eu concordei.
Hobbs veio em minha direção e curvou o seu corpo sobre o meu na cama, me dando um selinho inesperado, mas que eu recebi de muito bom grado.
— Qualquer coisa me liga, ou liga pra Elena, tá bom? — perguntou baixinho.
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INEFÁVEL - LUKE HOBBS
Romanceinefável adjetivo de dois gêneros 1. que não se pode nomear ou descrever em razão de sua natureza, força, beleza; indizível, indescritível. 2. que causa imenso prazer; inebriante, delicioso, encantador. Com a chegada de Hobbs e sua equipe no Brasil...